sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Curtas

Bitcoins

Foto: Bitcoin
Bitcoin

Alertado por esta coluna, constata o leitor a fragilidade desta moeda recém inventada, colocada aos pés do altar da Inovação, tão na moda nos dias de hoje.

450 milhões de dólares sumiram. Estavam investidos, por centenas de usuários/especuladores, nesta moeda virtual. A principal empresa operadora do mercado do Bitcoin acaba de confessar sua inépcia no controle das negociações realizadas por seu intermédio, redundando no espetacular prejuízo que pouca surpresa causa. Mr. Karpeles, o responsável pelo rombo, pede desculpas...


Quadrilha


Quadrilha pobre
Aconteceu o esperado. Aceitando o plenário do STF o  direito aos embargos infringentes, abriu-se a porta para a reversão do movimento moralizador comandado pelo Ministro Joaquim Barbosa.  Mais uma vez, o bacharelismo, ou o preciosismo da interpretação legal jogou por terra o desgastante e patriótico esforço de pôr término à impunidade.  Assim decidido,  a prisão permanece, mas a cadeia não, pois os condenados mais importantes, mais responsáveis e mais repugnantes do ponto de vista moral, terão vida fresca durante o dia. Fingirão trabalho honesto, mas, na realidade voltarão ao covil onde se armam golpes futuros, valendo-se do entrosamento, convergência e cobiça que caracteriza toda quadrilha. 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Ainda Ucrânia



Ukraine


Conforme antecipado por esta coluna, tornam-se graves as conseqüências da tomada de poder pela rebelião em Kiev. Numa tentativa objetiva de identificar os fatos relevantes, com base em informação divulgada pela imprensa Ocidental, segue o relato do ocorrido:   

Antecedendo, por poucos dias a derrubada do governo, fora celebrado acordo entre representantes da União Européia, o governo Yanukovych e a oposição, ficando estabelecido uma trégua e posterior eleições para a designação de novo governo. Havia, também, o apoio tácito do governo Russo. Contudo, seguiu-se o descumprindo do acordo; a facção rebelde, liderada por um ex boxeador,  apossou-se  do Parlamento levando, pela intimidação, ao impeachment do então presidente.
Abandonando a postura prudente de exigir o cumprimento do acordo e a convocação de novas eleições, as nações líderes  Ocidentais, no afã de ver seus aliados no governo de Kiev, reconheceram o governo rebelde, desprezando a consulta prévia ao povo ucraniano.

Sem pretender defender o governo Yanukovych,  fontes de referência confiáveis revelam estar a Ucrânia a beira de abismo econômico desde 2008, quando seu PIB teve queda de 17%, levando a  recessão e o desemprego às massas trabalhadoras.  Prece, assim, que a demonização do atual presidente deva ser compartilhada com seu antecessor.   Como paliativo o Ocidente oferece 15 bilhões de dólares, através do FMI, obedecendo sua liberação em parcelas à adoção de reformas na economia. Já a Russia ofereceu ao governo deposto  a mesma quantia,  “no strings attached”. Ainda, Moscou oferece energia a preço muito inferior ao mercado.      

Quem ganhará a Ucrânia, é a pergunta que fica. Não no sentido proprietário, mas no da influência. Pedro o Grande começou e Catarina II completou a conquista de parte do país incluindo a Criméia. A influência Russa naquela região terá perto de 400 anos. Nunca a Ucrânia esteve sob a órbita Ocidental.  

Para melhor entender o que ora acontece, é preciso colocá-lo no contexto  da “nova guerra fria”, onde o enfraquecimento contínuo do poder Russo abre, para o líder  Ocidental e seus aliados,  acesso a maior área terrestre do planeta, onde as riquezas são incalculáveis, onde os dividendos geopolíticos são infindáveis. Ucrânia e Bielorrússia representam  a porta de entrada para a submissão da Rússia, já fragilizada pelas múltiplas etnias que compõe boa parte de seu território. A repetição das rebeliões, por minoritárias que sejam, nas diversas sub republicas que povoam a Rússia, favorecerão a inserção gradual do Ocidente em terras jamais atingidas. Esta estratégia de longo prazo  trará conseqüências tão longínquas quanto o próprio cerco à China.   

Lastreando este objetivo, nota-se na imprensa Ocidental um verdadeiro tsunami mediático, eivado de  informações, avaliações e interpretações negativas para com a Rússia e seus governantes, e cuja unanimidade faz transparecer hábil orquestração.  Segmentos da opinião pública, ainda hoje,  consideram aquele país como sendo comunista e ditatorial, apesar de ser capitalista e obedecer um calendário eleitoral (verificado pela União Européia). Sua imprensa é livre e  seus cidadãos gozam de plena  liberdade de ir e vir. Porém, é um governo de tendência autoritária, fruto de história ininterrupta de governos autocráticos, desde os Tsares aos ditadores Comunistas. São diferentes, sim, porém não mais expansionistas. Pelo contrário, concederam independência a dezenas de republicas Soviéticas que antes compunham o império que, com mão de ferro, era regido por Moscou.  

Assim assistimos um conflito surdo, nas sombras de objetivos recônditos. Jogo de profissional. Porém, convêm lembrarmos que o xadrez joga-se a dois.  Acuado o Urso reagirá?  Qual a intensidade da provocação tolerada, qual levará à resposta militar?

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Perigo a vista



Mapa da Ucrânia (Europa)
Ucrânia na Europa

A rebelião que sacudiu Kiev, alastrando-se depois para outras cidades do Oeste do país promete um futuro atribulado. Um presidente, democraticamente eleito foi expelido do poder por violento movimento de rua.

O estopim resultou da negativa do presidente Yanukovych em assinar acordo de estreita colaboração com a União Européia.  O fez por considerar que tal cooperação lhe obrigava aceitar leoninas condições impostas pelo FMI. Alegou que as condições levariam à Ucrânia  excessivos sacrifícios econômicos  por longo período. O governo optou, portanto, por aceitar a oferta Russa, onde a manutenção do custo subsidiado de energia provida por Moscou seria mantida e acompanhada de  empréstimo de 15 bilhões de dólares.

Tem-se, assim, a gênese da rebelião. A subseqüente escalada do protesto, ignorando a mão estendida pelo governo, chegando a oferecer o cargo de Primeiro Ministro para os rebeldes, não mais pode ser  contida. A determinação dos revoltosos, insuflada pela decisão da União Européia de impor sanções ao governo Yanukovych  por resistir a violenta baderna, reforçou a  recusa da oposição a qualquer forma de diálogo. 

Acentuando ainda mais a ingerência externa, o presidente Obama usou sua já conhecida (ainda que algo desmoralizada) “linha vermelha”. Não a cruze, advertiu e adicionou lenha na fogueira, sem esclarecer exatamente qual o  limite desejado.  Assim, a rebelião, fortalecida pelo apoio das potências ocidentais, recusou transigir, negociar. Resultou no repudio ao processo democrático que deveria de desenrolar dentro do plenário do Congresso Ucraniano. 

Fim de estória, ou término de seu primeiro capítulo? Confrontado com iminente perigo, o presidente Yanukovych foge para Kharkiv, no outro estremo do país, onde conta com forte suporte político; qual o próximo passo para o presidente deposto?

O desenrolar deste conflito esconde outro de maior importância. Camufla o braço de ferro que ora coloca os Estados Unidos e seus aliados Europeus num lado, e no outro, a Rússia. A partir do colapso da União Soviética, a OTAN, braço armado das potencias Ocidentais, criada para contenção do colosso Soviético, obedece a política emanada de Washington que  pretende cercar a Rússia ainda que esta  não mais ofereça perigo. Seu objetivo é o de enfraquecer, continuamente, a Rússia, por possuir ela o armamento nuclear capaz de lhe contestar as ambições.

Pretender atrair a Ucrânia para a esfera de influência Ocidental traz sérios riscos, uma vez que a disputa se coloca no campo de interesse vital para a segurança de Moscou. Age o Ocidente, leia-se os Estados Unidos, com extrema imprudência. A interferência nesta região cria um desequilíbrio vicioso nas relações dos dois campos, podendo derivar para o confronto armado. Talvez  o Departamento de Estado americano desdenhe o fato de ser a Ucrânia o berço da nação Russa; seu profundo peso simbólico não deve ser ignorado.


Impossível que Washington ignore que a perda da Ucrânia levará Wladimir Putin a temer destino semelhante para seu vizinho ao Norte . O desaparecimento destes dois estados-tampão, Ucrânia e Bielorrússia, desmantelará o frágil equilíbrio nas fronteiras dos dois blocos, negando a importância  que, há séculos, a diplomacia internacional dedica à prudência desta formulação.   Oportuno será lembrar o ocorrido na Georgia, em 2008, onde a presunção de apoio norte-americano  estimulou o então presidente Saakashvili a atacar a Ossétia do Sul, também área de vital interesse Russo. A resposta Russa foi  imediata e armada.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

CURTAS


Ministro Marco Aurélio Mello é o relator do processo| Foto: Carlos ...
Marco Aurélio Mello
Pata de cavalo, bola de roleta e cabeça de Juiz, nada menos previsível. E assim foi, quando da decisão do Ministro Marco Aurélio Mello, ao permitir o reinício dos pagamentos nababescos à tribo dos operosos funcionários do parlamento. Esta conclusão do inconstante Ministro interrompe a prévia e sábia decisão de impor o limite constitucional a estes proventos privilegiados e ilegais. Ainda, o voto de Sua Excelência onera desnecessariamente o Estado, por antecipar-se ao iminente julgamento do plenário supremo.    


Presidente da Ucrânia acusa oposição de tentativa de golpe - Rádio ...
Rebelião
Estranha a oposição unanime da imprensa Ocidental ao governo Ucraniano. Uma observação objetiva revela diversas iniciativas do presidente Viktor Yanukovytch na direção da conciliação, incluindo a oferta de um Primeiro Ministro a ser escolhido pelos revoltosos. Foi recusada. Depois de uma semana de trégua, e sem atender os apelos ao diálogo,  lançam-se os rebeldes em nova investida. Matam 7 policiais e perdem 15 homens. No entanto, a imprensa Ocidental, uníssona, mantém seu viés. Até que ponto o conflito Ucraniano nada mais é do que um peão na surda luta que os Estados Unidos e seus aliados travam para o enfraquecimento da Russia?



Abaixo as máscaras. O governo acerta (!) ao propor máscaras como agravante de crime. O cidadão que assim se esconde adquire uma inaceitável impunidade. O exemplo dos Black Blocks já demonstrou que a mascara separa o protesto violento da contestação pacífica.


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Comentários sobre "Mais Médicos"

Maria Isabel escreveu: "Os contratos foram feitos com a OPPAS, da mesma forma que são feitos com outros países. É um contrato diferente, pois eles vem para regiões específicas, um contrato provisório, com o objetivo de resolver problemas urgentes, onde nossos médicos não quiseram, ou não puderam ir. Se desejarem ficar mais terão que fazer o revalida. (os Médicos sem Fronteiras tb não fazem o revalida, e atuam tb no Brasil). Todos sabemos que Cuba tem suas próprias leis, diferentes das nossas, não há falta de transparência: eles atuam da mesma forma em países após catástrofe, ou guerra etc. e são especializados em medicina familiar. Os sistema democráticos, (ao qual estamos quase chegando) tem diferentes relacionamentos com regimes ditatoriais, vide China. Pessoalmente acredito que vá funcionar o Mais Médicos aqui no Brasil. Espero que sim, como outros programas sociais."

Carlos Alexandre escreveu: "Por que a falta de transparência nos contratos? Por que a falta de isonomia citada por vc? Por que a dispensa do exame Revalida? Por que a retenção do passaporte? Tudo muito estranho e incompatível com um regime democrático."

Luiz escreveu: "Dez mil por mês, sem desconto do INSS, sem imposto de renda é bastante razoável... Creio que poderia interessar...infelizmente não se aplica aos brasileiros."


O Brasil e o Mercosul



Mercosul
A idéia era boa, porém com forte dose de utopia. Criar-se um bloco econômico, composto de diversos e díspares países, cujos comércios externos gozassem de tarifa e política comercial comuns, não seria fácil. O tratado previa, ainda, a coordenação das políticas macro-econômicas e setoriais de seus membros, tendo por objetivo alavancar suas economias.

Além, e subjacente ao objetivo econômico, o Mercosul, como forma de assegurar a perenidade do tratado (e conseqüente confiabilidade), inclui uma clausula política,  impondo aos membros submissão ao regime Democratico.

Contudo, tanto no quesíto econômico quanto no político, o Mercosul está transformando a esperança, quando de sua concepção, em frustração crescente.   Ainda sendo o quarto parceiro comercial do Brasil, as importações Argentinas  decaem em ritmo assustador, fruto das mentes atrapalhadas que regem a economia Platenha. Tarifas crescentes, barreiras fito-sanitárias, empecilhos burocráticos e administrativos reduzem continua e significativamente os benefícios esperados desta união tarifária. Ainda, do ponto de vista político, os desmandos do neo-Peronismo tão inexplicavelmente preferido pelo povo Argentino, promete futuro cada vez mais sombrio. Relutando administrar sua economia de forma objetiva e realista, a Sra. Cristina Kirshner se emaranha em névoa de manipuladas verdades, e promete a seu país profunda crise.

Já, como mais recente parceira, a Venezuela,  além do crescente descalabro econômico em que se encontra, envereda nitidamente para a opção ditatorial, seguindo o roteiro tão repetido de governos que buscam no totalitarismo o suporte aos excessos sócio-populistas. O extraordinariamente medíocre Sr. Maduro não soube reverter o quadro econômico que já se desenhava desde o regime de Hugo Chaves. Financeiramente combalida, Caracas dificilmente saldará, nas condições aprazadas,  suas dívidas para  com o Brasil. Ainda, o desrespeito Bolivariano para com a  Cláusula Democrática torna-se cada vez mais nítido.

Assim, é premente a revisão, pelo Itamaraty, de nossa relação com estes dois países, e influir sobre o Planalto os necessários ajustes e correções. Tendo por base o descumprimento das cláusulas econômicas e políticas que regem o Tratado pelas nações acima citadas, Brasília deve libertar-se  dos constrangimentos que hoje lhe tolhe a busca de soluções alternativas para re-potencializar seu comércio externo  mediante acordos bilaterais com parceiros de relevância. No momento, o Brasil encontra-se  comprometido e constrangido pela proverbial  bola de ferro Bolivariana e Peronista  que tem atada ao pé.


Se o atual nexo das relações exteriores merece crítica, esta se aplica, sobretudo e claramente,  àquele observado no contexto Latino Americano, onde a ideologia suplanta os reais e permanentes interesses do Brasil. Importante acentuar a responsabilidade direta da Presidente do Brasil e de seu assessor para assuntos deste hemisfério, Sr. Marco Aurélio  Garcia,  na escolha de política externa despida da necessária objetividade, que se vê toldada pelo ímpeto político partidário. O preço já pago, e a ser pago pelo país, exige a atenção cuidadosa e providências urgentes que revertam o rumo até hoje trilhado.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Curtas



Tombini angustiado











Reservas Cambiais

O Presidente do Banco Central ameaça  usar nossas reservas cambiais para conter a alta do dólar. Esquece que a alta da moeda Americana resulta do mau desempenho fiscal, a conseqüente pressão inflacionária, nossa recém fragilidade na Balança comercial e de Contas Correntes. Se o Sr Tombini jogar  contra o mercado, sem insistir na correção de rumo, vamos acabar sem reservas e o dólar nas nuvens. Está no caminho errado.


                                                      
Terrorismo e Black Bocks

CONTRAHISTORIA: SOLIDARIDAD CON LOS ANARQUISTAS EN EGIPTO Y EL MUNDO ...Não precisamos nem devemos importar legislação anti-terrorista para combater arruaceiros. Aplique-se a eles o Código Penal, com as adições que se fizerem necessárias. Já a enorme abrangência das leis anti-terroristas pode aplicar-se contra qualquer manifestação legitima, permite a intrusão na vida privada do cidadão, invade suas comunicações e seus bens. Temos dois exemplos perigosos: os Estados Unidos e o Egito; o primeiro atropela a privacidade, desnudando o cidadão. Mas não interfere na política. Já o Egito usa a lei para fins políticos, inclusive encarcerando jornalistas, políticos e, quando convém, fechando agentes da mídia. Cuidado...



O Mapa dos Abusos


O abuso sexual  está em toda parte. Porém, mapa recentemente publicado, revela que os países Protestantes e mais desenvolvidos são os que mais sofrem deste desvio de comportamento. Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, Nova Zelândia e a ex colônia África do Sul colocam em destaque o Bloco Anglo Saxão; os escandinavos Suécia e Finlândia, também lá estão, no topo; a Alemanha também faz parte dos líderes.  Já os países Católicos, com exceção da Espanha, são bem mais calmos. Será que as exigências Calvinistas tornam as relações mais complexas, impondo barreiras e frustrações? Será que a confissão Católica e a continua absolvição desarma a culpa, facilitando o relacionamento?  Ou será que o sangue Latino, com todo seu fervor, derruba barreiras e aproxima os seres?  A estudar...


Mais Médicos

Não fosse o estigma “comunista” que acompanha os médicos Cubanos, é provável que a resistência encontrada por parte próspera da sociedade, não existisse.  

Parecem ser duas as questões mestras que regem a avaliação deste projeto:  a primeira se prende à urgente necessidade de prover apoio médico nas áreas, até hoje esquecidas, por este e  governos anteriores; a segunda se refere ao mecanismo engendrado pelo Governo.

A primeira questão parece merecer apoio inconteste, pois não cabe a dúvida que, em muitos municípios deste país continental, o apoio médico ainda é cruelmente inexistente.  A presença de um médico em paupérrimas comunidades, será um alento. Salvará vidas, atenuará sofrimento, ensinará higiene, e será estimulo para comportamento sanitário em benefício de todo o município.
A falta de estrutura nestas inóspitas regiões, não justifica o abandono do programa. Um Médico, com seu estetoscópio e seus conhecimentos, poderá transformar-se em núcleo de gradual aperfeiçoamento.  De qualquer forma, a falta dele será a pior das alternativas.  

A segunda  questão refere-se ao “modus operandi” instituído pelo Governo. Este peca, de início, por falta de transparência em grau que aproxima-se do embuste.  A forma de pagamento aos médicos recrutados em Cuba é, sem dúvida, uma aberração (apesar de serem ignorados os detalhes contratuais).  No caso, a ilha Castrista assume a forma de uma empresa de terceirização; recebe do Brasil R$ 10.000,00 e repassa a seu funcionário/médico a quantia de aproximadamente R$ 2.400,00 mensais (entre recebimento no Brasil e pagamento à sua família em Cuba).  Qual a razão para os R$ 7.600,00, por médico, que chegam aos cofres de Havana, tal qual um absurdo e inexplicado royalty sobre  o trabalho humano?

Ainda, esta fórmula peca na sua essência, pois desconsidera  a conveniência de isonomia contratual  dentre os médicos, Cubanos e de outras nacionalidades, recrutados pelo Programa Mais Médicos.  Resta a dúvida se, ao ser contratado, o jovem Cubano mereceu um relato realista das condições de trabalho que aqui enfrentará, condições estas, em muitos casos, piores do que as que conhece no interior Cubano. Tudo indica que a relutância no cumprimento do contrato aumentará, na medida em que as dificuldades no exercício de sua missão venha a deteriorar a relação custo/benefício.  Num eventual quadro de frustração profissional,   acentuada pelo salário incompleto que recebe,  é razoável prever-se uma crescente deserção.

Contudo, o contencioso cabe aos médicos Cubanos.  De fato não nos diz respeito.  A barreira lingüística será rapidamente superada, pela semelhança dos idiomas;  o nível profissional  parece compatível  com a baixa sofisticação do ambiente; a falta de estrutura  ambulatória ou hospitalar terá o médico como estímulo para sua reversão.  A pergunta que se impõe é: o programa é do interesse de relevante parte da população brasileira? A resposta é um claro Sim.  

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Comentários recebidos sobre "As vítimas, os policias e os bandidos" e "Morte e advertência"


Artigo perfeito, "imejorable"!  Nada a acrescentar.  Vou distribuir.
Antonio

Concordo 100% com você. Está na hora de chamar a imprensa e as ONG’s à responsabilidade para que parem de chamar bandido de coitadinho.
Abs
Philip

Anna Maria escreveu: "O cinegrafista morreu .Aposto q nenhuma Ong ou direitos humanos vá pelo menos dar condolência a família e quem lançou vai ser solto.Pêsames para o povo brasileiro a parte que paga impostos e decente e vive risco de vida todo dia"

Antonio Elias escreveu: "Essa morte caiu como uma bomba pros black bostas!! Esperem que verão a reação agora! Canalhas e covardes!!"

Lucy escreveu: "Revoltante! Cadeia e pena pesada para os culpados! O Governo tem que tomar uma atitude contra esses bandidos infiltrados nas manifestações, ou é o Governo que patrocina, com o objetivo de amedrontar e esvaziar as manifestações?"

O caos é completo. A polícia desgovernada, cada um por si matando ou torturando qualquer um . O estado de direito, desabou...Os imbecis "ativistas" ficam muito preocupados por que o pobre black bloc foi preso. E nenhum desses jovens pensa que tem importância se morrer esse cinegrafista. E ainda ameaçam os jornalistas que vão para a porta da DELEGACIA."

João Henrique escreveu: "Concordo plenamente. Os policiais principalmente. Afinal, o morteiro, foguete ou qualquer outro nome que queiram dar àquele projétil-assassino tinha como mira o grupo de policiais..."

Está mais do que na hora de criar-se uma ONG efetiva e eficiente na defesa das vítimas. Já estamos cansados de ver bandidos protegidos por ONG's que se intitulam de "defensores dos direitos humanos".
Samuel  


Desta vez, ao contrário do que as esquerdas desejavam, o mártir não foi morto pela policia mas sim pelos baderneiros. O tiro saiu pela culatra. Se o morto em vez de reporter fosse um policial ninguem estaria comovido. Como se a vida de um policial devesse valer menos que a dos outros. Uma vergonha haver gente que pense assim. Inclusive essa imprensa chapa branca, ou melhor, chapa vermelha, comunista!...Philip


Artigo perfeito, "imejorable"!  Nada a acrescentar.  Vou distribuir....Antonio



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Morte e Advertência

Santiago Andrade








Hoje faleceu um trabalhador, um jornalista, um pai de família. Seu nome Santiago Andrade.

Sua perda fere seus entes queridos, fere seus colegas, e, muito especialmente, todo Carioca. Fere também a sociedade, fere o cidadão que protesta contra a violência.

Fere, ainda, aqueles que concedem ao protesto violento, aos Black Bocks e seus seguidores, uma legitimidade indevida. Aqueles que justificam lançar coquetails Molotov sobre policiais e os que estão em seu entorno.

E fere aqueles profissionais e  meios de comunicação que sistematicamente veem na polícia o inimigo e nos seus adversários a nobreza do ato corajoso. Hoje devem reconsiderar, rever este viés que se revela nítido, tão nítido como irresponsável. Pecam na busca do sensacionalismo que subverte a objetividade, e contamina a verdade.

Pois o ato que matou Santiago, nada teve de corajoso. Foi solerte. Foi à socapa. O rojão foi colocado de forma a ferir quem ferisse. A morte veio não por acaso, mas pelo intuito de causar o mal. Pelo prazer do enfrentamento à ordem, sem medir consequências.

Que tão triste acontecimento sirva de lição.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

As vítimas, a polícia e os bandidos


Onde Começa o Inferno : foto Howard Hawks, John Wayne


Está na hora para a imprensa, escrita e televisada, constatar, divulgar e acentuar que as vítimas são os civis, os jornalistas e, muitas vezes,  os policiais. Não os bandidos.

Há poucos dias, a soldado PM Alda Rafael Castilho foi assassinada por bandidos. Não foi em confronto armado; foi tiro pelas costas, enquanto conversava com colega. Hoje um Black Bloc lançou um rojão com o visível intento de ferir; teve sucesso. Sua vítima, o jornalista Santiago Andrade, está em estado de coma entre a vida e a morte. No Flamengo, jóvens roubam um casal ancião.

A má vontade da imprensa (ou será apenas de jornalistas fora de controle?) é tamanha que grande rede de notícias televisiva noticiou em primeira mão (?) ter sido a bomba lançada pela polícia. O vídeo divulgado sobre o fato desmente tal acusação.

Em grau menor, porém de enorme perigo potencial, jovens  ladrões perseguem idosos e demais incautos na vizinhança da Avenida Rui Barbosa e do contíguo aterro. Todo bom carioca conhece quão provável é a morte ou grave ferimento como resultado desta bandidagem.

Após diversos incidentes e exercendo direito de defesa, não somente auto-defesa, mas para proteção dos pais, avós, irmãs e irmãos ameaçados, grupos de jovem patrulham a redondeza afim de dissuadir  os pivetes e seus orientadores de suas práticas criminosas.

Recente incidente que redundou na detenção de ladrão, com ficha extensa na polícia, terminou com o meliante atado a um poste. Houve excesso, não na imobilização do gatuno, mas na forma com que foi despido e preso pelo pescoço. Não  é procedimento recomendável, mas não anula a evidência de fato incontestável: a sociedade tem que se proteger. Se a polícia não tem condições de fazê-lo, se a Justiça não consegue condená-lo, cabe ao cidadão o direito de proteger sua liberdade de ir e vir, sua propriedade, sua segurança.  

Afinal, o ladrão em questão não era nenhum coitadinho, e sim um criminoso reincidente. Não era vítima de uma sociedade cruel, pois faz ele parte de ínfima minoria, onde a maioria torna-se cidadão de valia para a pátria. Que melhor exemplo do que homens como o Ministro Joaquim Barbosa, que superando todos os obstáculos, sociais e raciais encontra o caminho que orgulha os brasileiros? Às ONGs cabe a defesa dos injustiçados, mas não dos criminosos.  Deve abandonar o “coitadismo”, e concentrar seus esforços na redenção das crianças,  jovens e de boa índole.

Levar os rapazes à Delegacia por patrulharem, desarmados, em defesa de seus entes queridos é uma inversão de valores. A Polícia, ao ameaçá-los com o crime de formação de quadrilha revela não apenas  uma compreensão deturpada mas sugere uma farsa onde, por falta de capacidade de proteger o cidadão, prefere intimidá-lo para esconder sua ineficácia.

Todavia, seria injusto ignorar a pressão que as autoridades policiais enfrentam, dado à extensão de sua área de atuação (com relevante contingente direcionados às UPPs), aos salários exíguos, à falta de treinamento apropriado e, talvez, o mais nefasto fator, à constante e acerba crítica a que são submetidas pela imprensa e por determinadas  ONG’s.

Neste momento vale a lembrança de velho filme de faroeste, onde, premido pela incontida bandidagem em seu pequeno e poeirento vilarejo, o insuperável John Wayne convoca cidadãos voluntários, prega-lhes uma estrela ao peito, e diz: "Vamos botar os bandidos na cadeia, pessoal. É o lugar deles."  

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Oposição em ação



Tanto Aécio Neves como Eduardo Campos surgiram na mídia esta semana. Parece que a campanha eleitoral está começando de verdade.  Simultaneamente, constata-se o cansaço do PT, perseguido por tantos reveses que esgarçam sua imagem,  anteriormente tão favorita.

Eduardo Campos se muda hoje « CelebsPE by Antônio BernardiA deterioração da economia nacional, escancarada pela inabilidade de atingir-se metas tão importantes quanto a da inflação, promete ao eleitor a redução de seu poder de compra, sentida diuturnamente em sua ida aos mercados e feiras. Os  gastos incontidos da maquina pública que impede atingir-se o Superávit Primário essencial à contenção de nossa dívida pública, prometem futuros impostos.  A visível e divulgada fuga dos recursos públicos pelos ralos da incompetência e da corrupção deixa de ser exceção para torna-se regra. O lento e contínuo desdobramento da Novela do Mensalão, mantém desperta a atenção do cidadão, anulando qualquer  justificativa que possa amainar a culpa Petista. E, desastre que fere fundo a alma da Presidenta, o recente Apagão que sugere a ausência de medidas preventivas essenciais à confiabilidade energética do país.

Tanto um como outro, os já declarados concorrentes à presidência do Brasil, lança-se ao ataque. O Governador de Pernambuco, foi contundente. O Brasil “esta saindo dos trilhos”, esta “mofando” o que exige sangue novo, novas idéias para recolocá-lo no rumo. Como primeira saraivada, vá lá que seja. Faltam muitíssimos detalhes quanto às alternativas que oferecerá ao público. 
Fotos de Aecio Neves / Imagenes de Aecio Neves - Galeria de Fotos
No Paraná, Aécio assestou suas baterias, criticando os excessivos gastos do Executivo, repudiando a multiplicação dos Ministérios como emblema da incapacidade gerencial do Executivo. Salientou a incapacidade do governo em concluir obras como a transposição do rio São Francisco. Criticou o número absurdo de ministérios. Falou de impunidade. Mas faltou substância; nem um nem outro ofereceu propostas mais concretas. É um primeiro “round”.


Contudo, foram tímidos os candidatos no ataque frontal à corrupção. A prevalecer esta omissão, um clima de desconfiança poderá resultar, colocando em dúvida os propósitos éticos oposicionistas. E, ainda, nenhum dos candidatos mencionou, explicitamente,  a Bolsa Família...

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Comentários sobre  "Hollywood e Palestina"

Haveremos de discutir mais profundamente....por concordar com "quase" tudo!
Abraço
Toti

NR   Gostaria de conhecer suas discordâncias, Toti, para avivar o debate

Não tenho conhecimento suficiente sobre a empresa em pauta. O que me estranha é que todos os artigos relativos a palestinos se negam a comentar a questão do reconhecimento e o direito de existir do estado de Israel. Este sim é o ponto crucial para a possibilidade de paz ha região. Samuel 

NR     Obrigado pelo comentário Samuel. Tenho entendido que a OLP reconheceu o Estado de Israel quando dos Acordos de Oslo, em 1995. Já a posição do Hamas, que controla Gaza,difere. Condiciona o reconhecimento de Israel ao reconhecimento recíproco do Estado da Palestina


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

CURTAS


Doravante, o Blog publicará, episodicamente, o que chamaremos de CURTAS. Serão breves comentários sobre eventos e curiosidades que nossa imaginosa tropicália, ou ainda, os horizontes mais longínquos nos oferecem.     


          







     1.       Merece especial destaque mais uma de nosso legislativo federal. Em seção de homenagem ao presidente do Supremo Tribunal Federal um membro da Mesa ofereceu ao público singular manifestação de cafagestagem. O Nobre (?) deputado André Vargas do PT, visivelmente alterado, gesticulava de forma grosseira, erguendo o punho outrora usado pelos comunistas, tirando o seu selfie, enquanto exibia um sorriso desconectado do cérebro.  Parabéns, Câmara dos Deputados.


   2.       O apagão de hoje não se justifica. O que falta é manutenção e investimento  preventivo. Numa época de viagem a lua, de satélites espiões, de microcomputadores, não é cabível inexistir sensores que possam, antecipadamente, identificar a fragilidade de determinada conexão no sistema de transmissão elétrica.


  3.       Cabe torcer pela Óleo e Gás Participações (ex OGX) em sua tentativa de retomar a pesquisa por petróleo na bacia de Campos. Por mais irritante e megalomaníaco que o jovem Eike possa ser,  mais importante é o sucesso de um empreendimento útil para o país.


  4.       Do outro lado do Atlântico, temos dois líderes políticos mudando de rumo. Enquanto Angela Merkel, premida pelos Sociais Democratas, abandona o discurso radical de direita, o francês François Hollande reconhece que seu esquerdismo tem que ser atenuado. Poder-se-ia concluir que, nas democracias desenvolvidas,  o excesso ideológico, seja de direita, seja de esquerda,  gera a reação política que impõe a correção de rumo. É a busca pelo Centro.