Comparações e conclusões
Parece
estranho lembramos que um presidente da FIFA e um presidente do Brasil teem algo
em comum.
Dele não
diferiu o ex Presidente. Percebendo a força do voto nos forii internacionais decidiu
arrebanhá-los, para surpresa da diplomacia tradicional brasileira. Esta, criada
e treinada nas décadas que abrangeram a Guerra fria e seu término, deve
adaptar-se ao novo equilíbrio geopolítico, que reconhece ter o voto de Angola o
mesmo peso que o aposto pelo Reino Unido.
No momento em que as organizações multilaterais assumem crescente importância na determinação da política internacional, onde a crescente globalização político-econômica torna-se cada vez mais visível, observa-se a diluição do voto qualitativo. Deixa, assim, aos países mais poderosos a escolha de, ou aceitar as novas regras do jogo no convívio internacional, ou atropelá-lo através do uso crescente das decisões unilaterais ou de pequenas alianças. Ainda, recairá sobre o Conselho de Segurança das Nações Unidas tensões crescentes, onde o realinhamento de interesses soberanos far-se-ão sentir.
Tais
tensões poderão colidir com os interesses do Brasil, pois sua interdependência
com as nações poderosas não se extinguirá no tempo. Pelo contrário, deverão se
acentuar. É, portanto, razoável
concluir-se que, apesar de ter o Brasil atingido uma vantagem no
tabuleiro, verá, também, o aumente de sua responsabilidade. Sem
desdenhar a política de agregação das nações menores, a maturidade no trato com
as grandes nações é essencial, sem o que os avanços ora conquistados serão
exauridos em tentativas pouco realistas no jogo de poder internacional.
Caberá ao Itamaraty
e ao Sr. Roberto Azevedo, no seu campo específico, consolidar este passo a frente bem como a gradual
expansão de nossa influência mundo afora.
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