domingo, 26 de janeiro de 2020

HOLOCAUSTO



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Com justiça, cumpre-se neste ano solenidade que homenageia as vítimas do Holocausto.Tamanho genocídio racial não encontra similar na história mundial. A indignação mescla-se com a incompreensão de como sociedade tão civilizado tenha sido palco para semelhante barbaridade. 

Hoje compreende-se que a degradação dos valores e costumes não se dá de um momento para o outro mas sim sorrateiramente, lentamente, propelida pela manipulação da opinião pública, embasada na raiva, no medo e na vingança que lhe trazem a história, e, forçoso dizê-lo, pela concepção distorcida e megalômana de ser o "Ariano" um povo eleito e superior.

O Holocausto(1) que se seguiu aos eventos relatados encontra origens, inicialmente, no anti judaísmo que dominava não só a Alemanha mas todos os países Cristãos, tendo por base dois fatores:
  • a diferença de seus costumes e religião
  • a história de Cristo e seu martírio conforme ensinada pela Igreja à época.
É verdade que era grande a diferença na intensidade praticada desta rejeição racial, sendo tênue na Grã Bretanha e aguda no Império Russo. Contudo, o caso Alemão revela idiossincrasias próprias.

A derrota em 1918 e as condições impostas por seus vencedores levou a Alemanha à ruína econômica. França e Inglaterra, contornando as ideias liberais e condescendentes de Woodrow Wilson, foram implacáveis. A república de Weimar que sucedeu ao Império, ao alijar os antigos protagonistas, foi dominada por políticos de extração judaica que tiverem a habilidade de instaurar a democracia numa sociedade até então autoritária.

Contudo, em busca de "responsáveis!" pela derrota no campo de batalha e do desastre econômico que se seguiu, a culpa foi posta aos pés da nova elite política alemã. Simultaneamente, infectados pela vitória Bolchevique na Rússia surgem na Alemanha os movimentos contestatários comunistas, ameaçando a sociedade de índole ordeira e conservadora. Sob o Primeiro Ministro Philipp Scheidemann, alemão de extração judaica, a República de Weimar se mostra incapaz de restabelecer a ordem política e econômica.

A classe média empobrecida e os milhões de soldados desmobilizados e desiludidos tornam-se eleitores e, em 1933, elegem Hitler ao parlamento tendo por base sua mensagem de ordem e progresso. A sucessão de eventos a partir de sua promoção de deputado à Primeiro Ministro (Chanceler) inicia o processo que terminaria em catástrofe.

Tendo por base a ânsia de normalidade do povo alemão, bem como o desejo de vingança pelo debacle de 1918, dois culpados são designados: as nações vencedoras, como inimigos externos, e os Judeus, como inimigos internos. 

Já sob o comando Nazista seguiram-se, no campo nacional, a promulgação de leis e  regulamentos e, ainda,  práticas criadas para subjugar e manietar a população judaica-alemã:
  • tornava-se cidadão de segunda classe, cujos direitos eram inferiores aos do povo alemão
  • sua propriedade era sujeita à confisco
  • seu livre trânsito era suspenso 
  • a etnia vitimada era encarcerada ou assassinada, dentro e fora dos campos de concentração.
Já no front externo, a busca por mais território tornou-se a prioridade. Atropelando as fronteiras internacionalmente aceitas, desrespeitando direitos históricos, aprisionando os habitantes invadidos, a maquina militar lançou-se em busca do “lebensraum” (2), ou seja mais espaço e riqueza para seu povo às expensas do povo invadido. Não tardou em  subjugar a Checoslováquia. A sequência é bem conhecida dos leitores.

Voltando ao presente, observamos esta terrível história; que ela não se repita, nem com o povo judeu, nem com qualquer outro povo.




  1. Dicionário Google: Sacrifício, praticado  em que a vítima era inteiramente queimada.
  2. Lebensraum: espaço vital

2 comentários:

Maggui de Broux disse...

Muito bom artigo Pedro!
Adoro ler suas publicacoes, so me falta tempo! Um abraco Maggui

pedro leitão da cunha disse...

Feliz de tê-la por leitora. Forte abraço,

Pedro