domingo, 8 de julho de 2018

Cartas dos leitores re: Embraer




VEJAM A SEGUIR, COMENTÁRIOS RECEBIDOS DE LEITORES SOBRE O ASSUNTO EMBRAER




Pedro,

A sua análise está perfeita, meus parabéns.
Talvez você ainda pudesse ter dado maior ênfase ao valor do acervo tecnológico acumulado na própria Embraer e nas empresas a montante na linha de produção dos aviões, ao longo dos mais de 40 anos de existência da Embraer, que foi criada em 1.969, situando-se em São José dos Campos precisamente para ficar ao lado do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), que tinha sido criado em 1950 e, depois, foi alcançando a sua excelência internacionalmente reconhecida graças a uma estreita interação com a Embraer.
A construção de aviões em São José dos Campos estimulou o desenvolvimento da tecnologia nacional nos campos da ciência dos materiais, eletrônica de instrumentação e controle, mecânica fina e de precisão, mecânica dos fluidos, etc. É, portanto, inegável que, na estruturação desse complexo industrial, foi decisiva a participação do Estado, com sua capacidade de investimento e compra de equipamentos e, principalmente, sua liberdade para reinvestir parte dos lucros na transferência e adaptação de tecnologias provenientes de países desenvolvidos, assim como na formação de engenheiros, técnicos e operários especializados. Foi assim que se consolidou no Brasil uma importante indústria de equipamentos eletromecânicos, criaram-se firmas de engenharia e formaram-se milhares de engenheiros e técnicos altamente qualificados, não apenas no campo da construção de aeronaves, mas também em diversos segmentos industriais nas áreas da construção mecânica e da eletroeletrônica. Até as indústrias de autopeças e de eletrodomésticos progrediram muito no Brasil,  graças a tecnologias desenvolvidas no ITA. 
Penso que o “ativo imaterial” representado pelo know-how acumulado nesse “Vale do Silício brasileiro” vale muito mais do que o capital aí investido.
Se a Embraer for vendida, os novos controladores não terão nenhum interesse por contratar serviços com firmas de engenharia locais, muito menos por adquirir componentes fabricados no Brasil, exatamente como fizeram os grupos estrangeiros que compraram as empresas brasileira do setor elétrico.  
Como você diz no artigo, “a venda desse extraordinário núcleo tecnológico redunda em amputar-se o futuro”.

Abraço,

Joaquim

Seja bem-vinda a NovaFrenteNacionalista Pedro & Joaquim!!! Sucesso!!!Posso repassar pro Ciro Gomes? Brincadeiras à parte, acredita viável contratar a Boeing para ser agente de vendas de uma (ainda então ) concorrente? ABS cb

Claudio


Caro Pedro.
A forte queda das ações da Embraer logo após o anúncio do acordo parece sinalizar que o negócio não foi bom.para ela.
Acredito que novas etapas do processo pode permitir melhorias a favor da Embraer e do Brasil. 
Concordo que já está na hora de o Brasil perder o complexo de vira-lata e perder o medo de ser Grande. 
ABS

Alberto


 Pedro,
O que me surpreende é que 
se não me engano, um dos sócios 
da Embraer sendo a Dassault, ela não tenha
tentado interferir neste negócio. Teria ela 
Interesse nessa divisão da empresa?
Abs

Philippe


Pedro querido.
Mais um excelente artigo de grande alcance.
Cortaram mais uma perna de nosso crescimento.
Somos predestinado mesmo, ao subdesenvolvimento. Tudo que criamos e que representa lucratividade, dura pouco e é transferido para os gerentes globais.
Perdemos mais um fator de exibição ao Mundo da nossa capacidade técnica industrial, num fator comercial de longo e profundo alcance, inclusive de segurança do país.
Lamento essa vil transferência não somente de capital mas de um grande “know-how” que conseguimos exibir para os países desenvolvidos.
Continuaremos uma republiqueta instável política e economicamente falando.
Parabéns por suas sábias e bem colocadas letras.
Grande e fraternal abraço desse leitor que o admira,

Paulo


                      Pedro
Queria deixar um comentário com relação ao seu artigo sobre a EMBRAER , que estou plenamente de acordo, mas não consegui.
Antigamente tinha um item – comentários – que se clicava nele  e escrevia o comentário. Agora aparece google, pede senha , etc ,etc.....Pra que facilitar se pode complicar....
Queria mencionar o fim das ENGESA, onde trabalhei, também ação dos americanos.
Me instrua o que se faz para  “comentar” seus artigos.
Abraços

Alexandre












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