sábado, 20 de janeiro de 2018

Vem pra Caixa, vem!


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Ao triste espetáculo político que assola a nação adiciona-se a suspeição de uma senhora que ocupa a Vice presidência da Caixa Econômica. Acusada de iniciativas questionáveis no exercício de sua função, a Procuradoria Geral da República solicitou seu indiciamento. Era a ponta de um iceberg. Logo em seguida constatou-se que outro grupo de Vice Presidentes da mesma instituição teriam pecado de forma similar. Ocorre que estes "banqueiros" lá foram colocadas graças à pressão de partidos políticos.

Algumas perguntas vêm à mente: primeiro, qual a política de recrutamento a ser seguida por um banco? Experiência, ficha limpa, competência técnica, atitude pro-ativa? E à quem deve lealdade, este novo candidato: ao banco ou ao partido político que o indica? No caso de conflito de interesses, será ele leal à instituição ou à seus padrinhos?

Poucos se dão conta de quão sensível e exigente é a administração de uma banco. Para cada Real de capital, um banco opera com R$ 20, ou mais, de dívida (geralmente na forma de depósitos, títulos de dívida, etc...). Isto significa que uma ou diversas operações que venham a causar uma perda de 5% da “carteira” será suficiente para comprometer o seu capital próprio e, portanto a sua solvência. 

Para assegurar a competência de gestão a admissão dos quadros dirigentes obedece normas claramente estabelecidas pelo Banco Central afim de resguardar a eficiência e lisura do sistema bancário, tanto o particular quanto o estatal. 

Para tal fim, os bancos sofrem inspeções regulares pelas autoridades monetárias. Lhes é exigida auditoria independente dos seus relatórios financeiros e de seu patrimônio.

Conquanto a política operacional da instituição financeira estatal  deva ser orientada pelo interesse público, sua execução deve seguir as práticas bancárias essenciais à sua segurança e perenidade. Entregar sua direção à equipe cuja competência seja fragilizada por imposições políticas deste ou daquele partido, sujeito à prioridades próprias e não institucionais, resultará, invariavelmente em enormes perdas. 

Pairam dúvidas sobre o que ora ocorre na Caixa Econômica. A eventual aplicação politizada de recursos, sem obediência às técnicas necessárias à segurança e ao bom andamento de suas aplicações prejudicaria não apenas seus clientes mas, dado à sua relevante dimensão, a eficiência do sistema bancário como um todo. 

A conferir...







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