domingo, 5 de março de 2017

O dilema francês


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François Fillon
Mais um mês e quinze dias e o primeiro turno das eleições francesas ter-se-á realizado. Contudo, o quadro que define o centro direita francês não está definido. A prevalecer a atual conformação, François Fillon, seu candidato, não reúne suficiente preferência para chegar ao segundo turno. Com seus 17% de intenção de voto, situa-se, neste momento, em terceiro lugar, bem próximo ao quarto.

À sua frente, Marine le Pen (27%) e Emanuel Macron (24%) navegam tranquilos em direção ao segundo turno. A se desenrolar este cenário, a disputa será entre a extrema direita do "Front National", e da terceira via socialista do “En Marche”.

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Allain Juppé
Após longa hesitação, o comando do Les Republicains contempla, seriamente, a substituição do candidato Fillon por Allain Juppé, tarimbado politico, hoje prefeito de Bordeaux. Em apoio a esta opção, a direção partidária baseia-se nas últimas pesquisas que lhe concedem 24,5%, desde que ausente o até agora desafortunado candidato. Nesta configuração, Le Pen ganharia o primeiro turno, porém Juppé parece ter a vitória assegurada na etapa seguinte.


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Macron e le Pen
Resta convencer o candidato sitiado à renunciar à sua candidatura. Caso o arranjo não se complete, a França parece destinada a ser comandada por uma virago estremada prestes a derrubar o edifício Europeu ou por um quase imberbe aprendiz de feiticeiro pronto para engendrar novos experimentos.


Porém, sendo a política imersa em circunstâncias imponderáveis, mais vale colocar a barba de molho e conter prognósticos impetuosos. No entanto, o futuro da França iluminada parece estar em jogo. 

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