François Fillon |
Mais um mês e quinze dias e
o primeiro turno das eleições francesas ter-se-á realizado.
Contudo, o quadro que define o centro direita francês não está
definido. A prevalecer a atual conformação, François Fillon, seu
candidato, não reúne suficiente preferência para chegar ao segundo
turno. Com seus 17% de intenção de voto, situa-se, neste momento,
em terceiro lugar, bem próximo ao quarto.
À sua frente, Marine
le Pen (27%) e Emanuel Macron (24%) navegam tranquilos em direção ao
segundo turno. A se desenrolar este cenário, a disputa será entre a
extrema direita do "Front National", e da terceira via socialista do
“En Marche”.
Allain Juppé |
Após longa hesitação,
o comando do Les Republicains contempla, seriamente, a substituição
do candidato Fillon por Allain Juppé, tarimbado politico, hoje
prefeito de Bordeaux. Em apoio a esta opção, a direção partidária baseia-se nas últimas pesquisas que lhe concedem 24,5%, desde que
ausente o até agora desafortunado candidato. Nesta configuração,
Le Pen ganharia o primeiro turno, porém Juppé parece ter a vitória
assegurada na etapa seguinte.
Macron e le Pen |
Resta convencer o
candidato sitiado à renunciar à sua candidatura. Caso o arranjo não
se complete, a França parece destinada a ser comandada por uma virago
estremada prestes a derrubar o edifício Europeu ou por um quase imberbe aprendiz de feiticeiro pronto para engendrar novos experimentos.
Porém, sendo a política imersa em circunstâncias imponderáveis, mais vale colocar a barba de molho e conter prognósticos impetuosos. No entanto, o futuro da França iluminada parece estar em jogo.
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