Foi uma derrota, ou
mais que isso, foi uma catástrofe política. Ao término das
eleições municipais, ao baixar a poeira do conflito eleitoral, o
país constata que o PT não mais existe. Este debâcle teve dois
atores principais, Lula, no seu afã pelo poder, procurou no dinheiro
ilícito o suporte para a sua ascensão, e Sergio Moro, o juiz
probo, desprezando ameaças, enfrentando o mastodonte político,
julgou.
A repulsa ao PT
demonstrou quão tênue se tornou a imagem do partido que se dizia do
povo. Revelou que a ele não cabia a presunção de inocência. Pelo
contrário, a rejeição foi clara. Caiu por terra a repetida
afirmação que o povo não sabe votar; soube muito bem que a
corrupção lhe fere a moral e lhe esvazia o bolso.
Ainda, a rejeição ao
PT legitimou o impeachment de Dilma. Os milhões de eleitores que se
negaram a votar na estrela vermelha validaram a decisão do parlamento. Os três maiores colégios eleitorais do Brasil
dificilmente darão seu apoio a um retorno de Lula, se livre estiver
em 2018. Já, aqueles que bradam ter sido um golpe perdem
sustentação.
Mas nem tudo são flores. A abstenção, votos nulos e brancos superaram 20%, revelando um eleitorado descrente da classe política. São perto de 30 milhões de brasileiros que perdem confiança no processo democrático. Tornam-se vulneráveis ao messianismo e às aventuras políticas.
Mas nem tudo são flores. A abstenção, votos nulos e brancos superaram 20%, revelando um eleitorado descrente da classe política. São perto de 30 milhões de brasileiros que perdem confiança no processo democrático. Tornam-se vulneráveis ao messianismo e às aventuras políticas.
Difícil saber até que ponto a restrição às contribuições milionárias até então concedidas pelas empresas serviram para arrefecer o ânimo dos eleitores. Até que ponto o dinheiro curto inibiu a eficácia dos currais eleitorais? Interessante entender como PT perdeu sua sustentação no Nordeste brasileiro, enquanto o PSDB conquistava de roldão o voto paulistano.
Já, o Rio enfrenta, novamente, o neo-brizolismo de Marcello Freixo e o desarranjo que o acompanha. Herdeiro do sucumbido PT, o PSOL emerge como seu sucessor, oferecendo as mesmas receitas que levaram o Rio de Janeiro e o Brasil à bancarrota financeira e cívica.
Já, o Rio enfrenta, novamente, o neo-brizolismo de Marcello Freixo e o desarranjo que o acompanha. Herdeiro do sucumbido PT, o PSOL emerge como seu sucessor, oferecendo as mesmas receitas que levaram o Rio de Janeiro e o Brasil à bancarrota financeira e cívica.
Resta, assim, como
duvidosa tábua de salvação, o bispo Marcello Crivella. Ainda que
envolto o eleitor na insegurança de quais suas prioridades face a
proximidade de uma organização trilionária alimentada pela fé
religiosa, resta ao Carioca tão somente e encomendar seu alma e seu
voto à proteção divina.
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