Hillary, até o momento, comanda os votos de 288 delegados,
enquanto Trump se contenta com 250. A vitória caberá a quem contar, ao término
da eleição, com 270 ou mais delegados.
Mas o embate está longe de terminar. Fatos inesperados
favorecem este ou aquele candidato. Neste momento, Donald Trump colhe frutos
inesperados; a pneumonia escondida de Hillary, e, mais grave, os atentados
terroristas perpetrados em território americano
por muçulmanos. Estes últimos eventos se encaixam como uma luva no gesto
acusador do empresário-candidato.
Noutra dimensão, os candidatos enfrentam, não tão somente
seus adversários, mas, sim uma imensa rejeição daqueles que, em condições
normais, iriam às urnas. Pelo contrário, espera-se forte abstenção, tanto no
campo Republicano quanto no Democráta.
Até que ponto a manifesta apatia e antipatia política poderá
contaminar o próprio processo eleitoral, não apenas no que tange o voto
universal mas, também, o comportamento dos delegados estaduais?
A disputa eleitoral norte-americana é decidida, não pelo voto popular mas, sim, pela maioria destes. Calculado por estado, a totalidade de seus delegados votará no candidato que conquistar a maioria simples do voto popular. Manda a tradição que, ao somar-se o total de votos dos delegados país afora, seja indicado o futuro presidente.
Mas os tempos mudam. Na falta de imposição formal, nada
parece assegurar que o ganhador a nível estadual "leve tudo", como tem ocorrido no passado.
Para alguns observadores, não seria impossível romper-se com a tradição, vindo
alguns delegados a desprezar a maioria constatada na urna estadual e decidir,
por conta própria, a qual dos dois candidatos conceder os seus votos. Tal não acontece desde 1836.
A significativa rejeição que paira sobre Hillary e Trump permite a hipótese de comportamento atípico; se não provável, torna-se possível. Neste caso, tudo indica que, caso haja o rompimento dos usos e costumes, seja Donald Trump o mais prejudicado.
A ver...
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