Entremeada com os mais
diversos conflitos na região, a questão Palestina parecia
esquecida. Porém, alguns novos fatos recolocam o drama que uma
ocupação por 50 anos traz de volta à atenção pública. O
questionamento vem sendo validado por três destacados personagens.
Bernie Sanders |
O primeiro, Bernie
Sanders, de profissão judaica, candidato à concorrer pelo partido
Democrata norte-americano na disputa presidencial dos Estados Unidos,
defende a necessidade de vir o país adotar posição equitativa na
solução daquele conflito. Assim, nega que tal venha ocorrendo na
politica externa norte-americana, repudiando o viéz claramente
pro-Israel por ela seguido. Exige sua inserção formal e explicita
na plataforma do partido Democrata, seja ele vencedor nas Primarias
ou não.
Hillary Clinton |
Ao fazê-lo, Mr.
Sanders rejeita, por desproporcional, o apoio da Secretaria de Estado
Hillary Clinton em prol de Israel, quando do conflito na Faixa de
Gaza. De fato a morte de milhares de civis, a destruição da
infraestrutura, das residências e estabelecimentos públicos nenhuma
relação teve com os pequenos danos causados pelos foguetes
artesanais do Hamas. Protesta, também, contra a expansão dos
assentamentos Israelenses no minguante território Palestino.
Dificilmente as
pretensões de Sanders serão acatadas pela direção partidária, já
tendo a Sra. Clinton manifestado sua repulsa. Deixa contudo forte
marca, não apenas na área política mas, também, na consideravel população judaica que habita os Estados Unidos.
Gen Moshe Yaalon |
O segundo personagem
nada mais é do que o ministro da defesa de Israel, o general Moshe
Yaalon, que acaba de demitir-se do governo de Benjamim
Netanyahu. Rebelou-se contra a crescente polarização defendida pelo
Premier na questão Palestina. Considera-a nociva à segurança
futura do estado de Israel a indicação do falcão Avigdor Liberman para o gabinete.
O terceiro personagem é
o General Yair Golan, vice comandante do Exercito Israelense,
acusando o governo Netanyahu de adotar práticas reminiscentes dos
tempos da Alemanha Nazista. Em quantos aspectos a política nazista
de “Lebensraum” se assemelha à gradual tomada das terras
Palestinas?
O testemunho destes
senhores acentuam a gravidade da continuidade e, ainda, do
agravamento deste contencioso já condenado pelas Nações Unidas,
pela União Européia, e pela Lei Internacional. A persistir o regime
Israelense nesta direção, aumenta a probabilidade de escalada da
violência, que se adiciona ao caldeirão que hoje caracteriza o
Oriente Médio. Até quando resistirão os Palestinos aos apelos dos
radicais do Estado Islâmico?
O fato de ser Israel
uma potencia nuclear, tanto pode ser visto como uma defesa à sua
integridade quanto um elemento propicio à escalada da violência
nuclear. O vertiginoso aumento no acesso à tecnologia possivelmente
levará, em poucos anos, ao arsenal nuclear não-estatal. A
prevalecer o conflito nas terras santas, recusando-se Israel a
reconhecer e conceder a liberdade aos milhões de Palestinos e o
direito à sua terra natal, ao terrível Holocausto poderá juntar-se
Armaguedon.
Benjamin Neatnyahu |
Longe de serem
anti-semitas, àqueles que defendem a paz e concórdia na Palestina
são os verdadeiros amigos de Israel, por constatarem a enorme perda
de respeito e admiração que lhe vem trazendo no cenário
internacional esta ocupação tão cruel. A constante tentativa de
Netanyahu, seja em acusar àqueles que dele discordam como
anti-semitas, seja de maus judeus, não mais encontra terreno firme.
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