sábado, 2 de abril de 2016

Rompimento e aliança



Resultado de imagem para foto temerA recente deserção do PMDB das hostes governistas, permite importante alterações no quadro político brasileiro. À permanecerem isolados, cada partido, em sua política paroquial, poucas mudanças advirão. Pelo contrário, a se formar uma aliança das Oposições, ter-se-ia quadro favorável à solução, em prazo breve, de diversos gargalos institucionais e administrativos. 


Já, do lado do PT, sob o comando do ex presidente, alinham-se,  além do partido, agremiações agressivas, que se designam, habitualmente, o prefixo SEM, sem terra, sem teto, e outras. Este líder, bem como muito de seus comandados, há muito, tem por prioridade proteger-se da Espada da Justiça.

No momento,  Michel Temer controla os seus com dificuldade, enquanto Aécio Neves parece oscilar entre nada fazer e nada dizer. Lícito temer-se que ambos tenham em comum, não iniciativas em busca de corrigir os imensos erros trazidos pelo PT, mas sim, manobrar de forma a melhor se tostar ao Sol do Poder.

Com notável habilidade, a nova administração PTista revela Lula como presidente de fato.  Impôs o tema do dia, trazendo consigo correligionários e adversários. Impeachment é o que se fala, apaixonadamente. Dilma se diz prestes a ser defenestrada por um golpe de Estado,  e a  Oposição se deixa atrair para um diálogo uni-temático,  onde se limita a negar a afirmativa adversária.

Merece consideração a alternativa de abrir-se outras frentes que desequilibrem o ímpeto estratégico do PT. Em vez de lutar no terreno escolhido pelo adversário, que o  embate se trave em topografia que mais lhe prejudique.

Resultado de imagem para foto aécioParece ter chegado a hora  do PSDB implementar projeto de forte presença mediática. Vale lembrar o exemplo de Carlos Lacerda, levando diretamente ao povo, sua mensagem. Chamar à sua atenção os desmandos e prejuízos causados pelo Partido dos Trabalhadores. Pregar para os indecisos, e não, apenas,  para aqueles que já comungam com sua posição. Não faltará quem ofereça ao partido, honestamente, espaço televisivo ou impresso para esta ofensiva.

Propõe-se falar o idioma das ruas, não de forma  chula, mas com respeito e seriedade:

“A alta inflação corrói o salário do trabalhador. O que Lula e Dilma dizem dar, por um lado, pelo outro tiram, ao tornar o Real mais fraco.

O desemprego que oprime a massa trabalhadora decorre, não de forças ocultas, mas, sim,  da corrupção e prejuízos que o PT e aliados trouxeram às empresas como a Petrobrás, a Eletrobrás e as empresas que lhes prestam serviços.

O dinheiro que foi para as bolsas dos corruptos é dinheiro que saiu do bolso dos que precisam de comida, saúde, educação e transporte.

O povo sofre o desemprego e o aumento da inflação, perde assim seu poder de compra.

A queda dos lucros causada pela  perda de poder de compra da população,  leva as empresas a fecharem suas portas e despedirem seus funcionários.

Os juros e a inflação disparam, levando à classe média à ansiedade e sofrimento, tornando impossível completar o pagamento do já foi comprado, do eletro doméstico, do carro, da própria casa.

Lula é contra a Lava Jato, enquanto a Lava Jato é contra o ladrão poderoso que nunca antes foi para a cadeia. Agora  vão, e hão de pensar duas vezes antes de meter a mão no bolso do trabalhador.”


E por aí vai. Sem dúvida outros e melhores tópicos podem e devem ser levantados em praça publica e cadeias de televisão.  Não se trata de uma aula de economia; longe disto. Trata-se de levar ao povo estes e outros  assuntos  que lhe interessam de perto, no bolso, no dia a dia.  Declarações sobre um impeachment que muitos não sabem sequer soletrar nem pronunciar são inócuas a menos que seja apresentado de forma simples; o impeachment vai acabar com a carestia e vai fazer a economia e o emprego crescer. Esta mensagem  teria por missão soterrar  a de Lula, vítima de um golpe que não existe. 

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