HELP, I need somebody,
HELP! E assim, Dna. Dilma, valendo-se dos Beatles,
lança-se mundo afora em busca de ajuda contra o Golpe que não é
golpe. E que mundo procura? O Bolivariano, o Terceiro Mundo, os
BRICS? Não.
Não hesita em esquecer
seus discursos inflamados, onde repudiava qualquer ingerência
estrangeira em assuntos internos brasileiros por atropelar a
Soberania Nacional. Os Maduro e os Morales para ela, neste momento
crucial, de nada servem; pelo contrário, apela para a terra dos
“homens de olhos azuis”.
É lá que a ex
guerrilheira busca apoio para a “sua” democracia; no New York
Times, no Economist. Mas isto sem lhes contar tudo que deveria, pois
o único golpe que sofre é aquele com que agride a verdade. Em suas queixas nada fala sobre ter o Supremo Tribunal
Federal validado o processo de impeachment por 8 a 2, tribunal este
composto por 11 juízes, dentre os quais 8 indicados por presidentes
Petistas. Escamoteia a verdade ao calar sobre as “pedaladas”, a
incúria com os gastos públicos, o dinheiro sujo que lhe mantêm no poder e nada diz sobre os diversos
requerimentos de impeachment que seu próprio partido interpôs contra
presidentes passados.
Falta, ainda, a etapa
crucial do julgamento pelo Senado. As alternativas parecem ser; a
primeira negando o impeachment, assim dando continuidade ao governo
Dilma. Este, tendo perdido boa parte de sua base aliada, pouco ou
nada poderá realizar até o término de seu mandato.
A segunda, vencedora a
proposta de retirada da Presidente, tornar-se-á viável conter a infecção
que sofre o país, livrando-o do vírus do populismo desagregador,
salvando-o do estado comatoso em que se encontra.
Para tal, somente uma
maioria parlamentar poderá viabilizar reformas nos campos político,
fiscal e administrativo. Trata-se de dar substância ao processo
eleitoral e partidário, de ordenar a estrutura fiscal e desinfectar
as entidades públicas das práticas nocivas que deturpam seus
objetivos, preservando, contudo, os avanços sociais iniciados no
governo Fernando Henrique Cardoso. Se assim for, razoável será
estimar-se uma retomada de confiança dos agentes econômicos, a
qual, a exemplo da Argentina, permitirá a inversão da atual
tendência negativa da economia.
Caso concedido o
impeachment, parece descabido levar adiante o processo no Tribunal
Superior Eleitoral. Uma destituição cumulativa, a do Vice
Presidente, hoje líder do maior partido brasileiro, causaria o
agravamento da instabilidade politico-econômica do país, levando,
muito provavelmente, ao limite, senão além, as tensões sociais
que já se fazem sentir.
Cabe indagar aos
políticos que defendem este caminho, que premio pretendem ao pescar
em águas tão turvas. Mais prudente e sensato, e de maior interesse
do país, parece ser a busca de um governo de coalizão, unindo as principais forças políticas em torno de Michel Temer.
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