Se aproxima o Dia da Verdade, o dia do julgamento por um
grupo de brasileiros, eleito pelo povo, cujo passado recente vem sendo marcado por um comportamento
decepcionante. Será que, neste momento onde o futuro do Brasil se desenha, para
pior ou para melhor, prevalecerá o sentimento do estadista ou do esperto? Ou
ambos?
Dilma cai ou continua
liderando o país ladeira abaixo?
Deposta a presidente, imensa responsabilidade recai sobre os
ombros dos dois partidos líderes da
oposição que ora se forma, o PMDB e o PSDB. Nenhum destes partidos poderá
liderar o governo isoladamente, uma vez que somente em módulo de “salvação
nacional” permitirá à Nação superar o
trauma que enfrenta.
Não se iluda o observador, ao presumir um desdobramento
tranquilo, conforme ocorreu após a deposição de Fernando Collor. O fato de ser
tênue, senão inexistente, o apoio partidário e popular do político alagoano,
permitiu às forças políticas nacionais manter seu ritmo institucional, sem
sofrer o choque da deposição.
Tal não será o caso quando do impeachment da presidente Dilma
Rousseff. O Partido dos Trabalhadores detêm relevante apoio popular e
parlamentar, e, mesmo derrotado, saberá contrariar e obstruir as iniciativas
que se seguirão à renovação do Executivo. Ter-se-á ganho uma batalha, mas não a guerra.
Esta continuará, sem os limites e restrições impostos à um governo, pois ter-se-á
um PT aguerrido tendo por arsenal propostas populistas e enganadoras oferecidas no parlamento, nas fábricas, nas
ruas e no campo.
Somente um governo forte e coeso poderá enfrentar o desafio
que se desenha. A ser empossado, Michel
Temmer estará fadado ao fracasso, pessoal e partidário, caso não garanta uma
maioria estável em ambas as casas do Congresso. Para tal, a aliança com o PSDB,
o DEM e a REDE torna-se essencial à
implementação de programa que permita
reverter a desordem política, econômica, financeira e moral que ora assola
o país.
A janela de oportunidade para que o Brasil reinstale
políticas confiáveis, tanto no cenário interno como no externo, se encerra em 2018
quando das novas eleições presidenciais. Caso persistam manobras políticas estéreis e
não programáticas, relegando a segundo plano a recuperação econômica e moral do
país, dificilmente evitar-se-á o retorno de Luis Inácio da Silva à liça presidencial.
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