quarta-feira, 13 de abril de 2016

O próximo passo


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Se aproxima o Dia da Verdade, o dia do julgamento por um grupo de brasileiros, eleito pelo povo, cujo passado recente  vem sendo marcado por um comportamento decepcionante. Será que, neste momento onde o futuro do Brasil se desenha, para pior ou para melhor, prevalecerá o sentimento do estadista ou do esperto? Ou ambos?

Dilma cai ou continua liderando o país ladeira abaixo?

Deposta a presidente, imensa responsabilidade recai sobre os ombros  dos dois partidos líderes da oposição que ora se forma, o PMDB e o PSDB. Nenhum destes partidos poderá liderar o governo isoladamente, uma vez que somente em módulo de “salvação nacional” permitirá à  Nação superar o trauma que enfrenta.

Não se iluda o observador, ao presumir um desdobramento tranquilo, conforme ocorreu após a deposição de Fernando Collor. O fato de ser tênue, senão inexistente, o apoio partidário e popular do político alagoano, permitiu às forças políticas nacionais manter seu ritmo institucional, sem sofrer o choque da deposição.

Tal não será o caso quando do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O Partido dos Trabalhadores detêm relevante apoio popular e parlamentar, e, mesmo derrotado, saberá contrariar e obstruir as iniciativas que se seguirão à renovação do Executivo.  Ter-se-á ganho uma batalha, mas não a guerra. Esta continuará, sem os limites e restrições impostos à um governo, pois  ter-se-á  um PT aguerrido tendo por arsenal propostas populistas e enganadoras  oferecidas no parlamento, nas fábricas, nas ruas e no campo.

Somente um governo forte e coeso poderá enfrentar o desafio que se desenha.  A ser empossado, Michel Temmer estará fadado ao fracasso, pessoal e partidário, caso não garanta uma maioria estável em ambas as casas do Congresso. Para tal, a aliança com o PSDB, o DEM e a REDE torna-se essencial  à implementação de programa que permita  reverter a desordem política, econômica, financeira e moral que ora assola o país.

A janela de oportunidade para que o Brasil reinstale políticas confiáveis, tanto no cenário interno como no externo, se encerra em 2018 quando das novas eleições presidenciais.  Caso persistam manobras políticas estéreis e não programáticas, relegando a segundo plano a recuperação econômica e moral do país, dificilmente evitar-se-á o retorno de Luis Inácio da Silva à liça presidencial.


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