domingo, 10 de abril de 2016

As Primárias Republicanas

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Grand Old Party
Aos observadores, que seguem as conquistas e agruras desta Terra, cabe avaliar quais os efeitos que as preferências políticas dos candidatos norte-americanos, sejam eles Republicanos ou Democratas, podem trazer a este mundo globalizado.  Uma vez eleito o vencedor, à cada ação sua corresponderá não apenas uma mas diversas reações, cada qual com o potencial de alterar o futuro dos habitantes deste planeta. E destas escolhas dependerá o bem estar, seu e dos seus.

Resultado de imagem para foto de trumpDo lado Republicano observa-se, a dança  destes candidatos. Donald Trump intimida pela sua aparência  violenta e pela sua aparente falta de sequência e lógica ao desfiar suas intenções. Sua política externa parece mais Pomba do que Gavião, preferindo o desengajamento, reduzindo drasticamente o que descreve como “a tarefa de polícia do Mundo”. Promete aniquilar o ISIS, porém também defende restabelecer  boas  relações com a Rússia de Wladimir Putin. Sua política  de comércio internacional promete um neo isolamento, remetendo aos tempos mercantilistas e restritivos das barreiras alfandegárias.

Pretende estancar, com muro e intimidação, o fluxo de imigrantes, oriundos do México e a América Central, não causando ao Brasil maiores temores. Surpreendentemente, em questões de luta contra as carências na saúde, Trump promete “aperfeiçoar” o atual sistema., colocando-se mais próximo a Obama do que do Tea Party. Revela, assim,  quão inesperadas são suas crenças.
Parece ser  um dos mais controversos candidatos à presidência dos Estados Unidos.

Já, o Senador Ted Cruz, membro do radical Tea Party e Evangélico convicto, revela princípios, aspirações e comportamento bem diverso de seu oponente.

Resultado de imagem para foto de Ted CruzNaquilo que mais interessa ao observador distante, Ted Cruz revela, em seu Site de campanha eleitoral, disponível na Internet,  uma propensão à contundência. Com evidente desprezo pelos ensinamentos que as desastradas aventuras de George W. Bush trouxeram ao país e ao mundo, o jovem descendente de cubanos emigrados, revela-se mais realista do que o rei, mais “americano” do que os americanos.

Propõe a seguinte trilogia como base para sua política externa:

  • Para resguardar, defender nosso país devemos exercer nossa liderança no mundo.
  • Devemos defender ferozmente* nossos aliados e nossos interesses.
  • E devemos avaliar cada desafio sob a ótica do que interessa aos Estados Unidos. O que é melhor para a America será melhor para o mundo.
Tal atitude impositiva traduz sua preferência pelo uso da força para a solução dos conflitos internacionais. Assim, exibe sua falta de familiaridade com o que seja o mundo além das fronteiras do Texas, seu estado de residência e adoção.  

Talvez seduzido pela empolgante imagem do cowboy, este Texano sente-se impelido para a luta entre o Bem e o Mal, e parece levar ao excesso uma visão maniqueísta. Exibe sua profunda crença em poder exportar e impor às terras longínquas os métodos, costumes e crenças de sua terra adotiva**, desconsiderando as reações negativas de aliados, neutros e inimigos.  A frase “o que é bom para os Estados Unidos é bom para o mundo”, desafia o bom senso, tendo em vista a variedade de realidades geopolíticas, culturais, econômicas, etc...

Talvez, sob a influência de sua fé, onde o Estado de Israel adquire especial importância, promete Ted Cruz, explicitamente, rasgar o tratado antinuclear recém celebrado com o Irã, desprezando as consequências desestabilizadoras de tal iniciativa. Pretende inverter a política de Barack Obama de aproximação e pacificação. Talvez esqueça ser Teerã o maior inimigo do ISIS e da Al Qaeda.  Parece preferir os caminhos do conflito àqueles da conciliação.

Sem maior detalhamento, poderá o leitor avaliar este político  talentoso, porém, talvez,  limitado na sua experiência e cultura para o exercício da presidência da maior potencia do planeta. Vale o ditado inglês, quando comparando-se Donald Trump e Ted Cruz: “cuidado com aquilo que desejas”.***

* fiercely, significando um grau aquém de ferociously, e vários graus acima de determinadamente.
** Nasceu no Canadá  de pai cubano e  mãe norte-americana

***Be careful  what you wish for.

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