sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A Suécia no Oriente Médio

Depois de ter a UNESCO e a Assembléia Geral das Nações Unidas concedido à Palestina o status de membro permanente (a ser validado pelo Conselho de Segurança), o Parlamento Britânico votou, por esmagadora maioria, recomendação ao Primeiro Ministro para que reconheça a Palestina como estado independente. Culminando esta sucessão de medidas em defesa do Estado Palestino, tem-se a Suécia oficializando o seu reconhecimento oficial.


Israel reagiu convocando seu embaixador em Stocolmo. Resta a dúvida se darão à Suécia a alcunha de Estado Anão. Seu aliado, os Estados Unidos, expressam seu desagrado, por considerar a iniciativa escandinava “precipitada e contrária às negociações de Paz em curso”. O observador, entre atônito e curioso, se pergutará como pode haver precipitação depois de 40 anos de negociação por uma Paz que nunca é concedida pela parte preponderante?


Israel, ao permitir as recentes expansões imobiliárias em Jerusalem Muçulmana e na Cisjordânia, parece usar a santa Bíblia como se documento cartorial fosse, com validade indiscutível e atual. Não concede, sequer, um respeitoso hiato face às treis mil mortes Palestinas e 73 Israelenses. Sem pejo, o governo Netanyahu não hesita em expandir o seu “espaço vital”. Já, seus aliados em Washington murmuram frases ininteligiveis, que sugerem, mas não confirmam, um protesto contra esta permanente apropiação de terra alheia.


Será o reconhecimento da Suécia o início de um movimento internacional? Se assim for, aumenta a probabilidade de atingir-se a Paz na Palestina, por aumentar a pressão, não só sobre Israel mas, sobretudo, sobre os Estados Unidos. Razoavel será reconhecer que a retirada deste foco infeccioso reduzirá em muito a febre que ora assalta o Oriente Médio.


Contudo, a diplomacia norte americana, auxiliada pela bisbilhoteira NSA, já estará em campo, antecipando e neutralizando a adesão de outros estados à iniciativa Suéca. Deixarão claro a seus interlocutores  que trocar “a simpatia” de Washington pelo agradecimento da Palestina não parece ser escambo de valor.



A ver...

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