Depois de ter a UNESCO e a Assembléia Geral das Nações Unidas
concedido à Palestina o status de membro permanente (a ser validado pelo Conselho de Segurança), o Parlamento
Britânico votou, por esmagadora maioria, recomendação ao Primeiro
Ministro para que reconheça a Palestina como estado independente.
Culminando esta sucessão de medidas em defesa do Estado Palestino,
tem-se a Suécia oficializando o seu reconhecimento oficial.
Israel reagiu convocando seu
embaixador em Stocolmo. Resta a dúvida se darão à Suécia a
alcunha de Estado Anão. Seu aliado, os Estados Unidos, expressam seu
desagrado, por considerar a iniciativa escandinava “precipitada e
contrária às negociações de Paz em curso”. O observador, entre
atônito e curioso, se pergutará como pode haver precipitação
depois de 40 anos de negociação por uma Paz que nunca é concedida
pela parte preponderante?
Israel, ao permitir as recentes expansões imobiliárias em
Jerusalem Muçulmana e na
Cisjordânia, parece usar a santa Bíblia como se documento
cartorial fosse, com validade indiscutível e atual. Não
concede, sequer, um respeitoso hiato face às treis mil mortes
Palestinas e 73 Israelenses. Sem pejo, o
governo Netanyahu não hesita em expandir o seu “espaço vital”.
Já, seus aliados em Washington murmuram frases ininteligiveis,
que sugerem, mas não confirmam, um protesto contra esta permanente apropiação de terra alheia.
Será o reconhecimento da Suécia o início de um movimento
internacional? Se assim for, aumenta a probabilidade de atingir-se a
Paz na Palestina, por aumentar a pressão, não só sobre Israel mas,
sobretudo, sobre os Estados Unidos. Razoavel será reconhecer que a
retirada deste foco infeccioso reduzirá em muito a febre que ora
assalta o Oriente Médio.
Contudo, a diplomacia norte americana, auxiliada pela
bisbilhoteira NSA, já estará em campo, antecipando e neutralizando
a adesão de outros estados à iniciativa Suéca. Deixarão claro a seus interlocutores que
trocar “a simpatia” de Washington pelo agradecimento da
Palestina não parece ser escambo de valor.
A ver...
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