Como estarão depois do Covid 19?
"However, with the exception of those in East Jerusalem, no-one in the Palestinian areas has started receiving Covid vaccines."
Esta pequena notícia, quase despercebida na imprensa internacional, revela o que pode tornar-se um genocídio, um flagelo contra uma raça, uma nacionalidade.
As populações Palestinas, encarceradas e empobrecidas após mais de sete décadas nos Guetos de Gaza e Cisjordânia ainda não receberam as vacinas contra o Covid 19 essencial para protegê-las contra a pandemia que assola o mundo desde janeiro de 2020.
Hoje, 31 de janeiro de 2021, as autoridades israelense não consideraram necessário ou importante enviar sequer uma vacina para proteção de um povo que mantêm enclausurado e que diz habitar em território que lhe pertence.
Ora, se lhe pertence, torna-se responsável por ele. A incompreensível (e intolerável) indiferença pela vida de alguns milhões de homens, mulheres e crianças, de pais, mães e avós, revela um desprezo pela dignidade humana que faz lembrar épocas sombrias que a humanidade não quer repetir.
Já, do outro lado das porteiras que fecham tanto o trânsito quanto a compaixão, que separa regiões livres das dominadas, parece reinar a indiferença ou um recôndito "death wish", onde Israel escancara sua eficiência anti-viral, exibindo índice de vacinação que lidera em eficácia os demais países do globo.
Há alguma coisa de muito errado dentre os homens ditos civilizados, onde sequer existe um brado de alerta, assim revelando tolerância indesculpável daqueles que apregoam um mundo melhor.
E o que nos conta este relato? Que um povo perseguido por sua raça, vitima de um Holocausto, não se julga responsável pela vida de quem não lhe convêm.
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Onde estarão as múltiplas entidades voltadas aos Direitos Humanos? Onde estarão as Nações Unidas? Onde estarão os Estados UNidos, tão cioso na defesa dos direitos humanos quando assim lhe convêm?
Não raro, é na crise que o Diabo aparece, naqueles momentos em que a inteligência humana mais dificuldade têm para subverter a realidade através da hipocrisia.
A Palestina, oprimida, debilitada, aprisionada não pode ser esquecida em momento tão grave pelos homens de bem, de consciência, e de respeito humano, sejam eles Cristãos, Judeus, Muçulmanos.
3 comentários:
Pedro, gostaria de lembra-lo que ha muitos anos o territorio de Gaza foi devolvido aos palestinos e não ha nenhuma autoridade israelense noeste territorio. Assim cabe as autoridades palestinas tomarem conta de sua população. Lembre-se que recebem fortunas de donativos da Europa e de diversas instituições no mundo.
Por outro lado a Cisjordancia é governada por uma autoridade palestina que não faz eleições ha muitos anos e mantem o povo todo sob seu domínio.
Israel para este efeito não tem nenhuma responsabilidade sobre o saude do povo palestino.
Ainda assim seus hospitais atendem gratuitamente inumeros palestinos que viajam a Israel para cuidar de problemas de saude. Não sei se ainda funciona um hospital próximo a fronteira da Siria que atendia basicamente ao povo e soldados da Síria quando esta passou por uma revolução interna.
E COMPLETAMENTE INACEITÁVEL, O FATO DE ISRAEL DAR AS COSTAS PARA A POPULAÇÃO OPRIMIDA DOS PALESTINOS. O QUE O POVO ISRAELITA SOFREU NO HOLOCAUSTO, NÃO SERVIU DE LIÇÃO, E ATÉ HOJE ELES NÃO OFERECERAM NENHUMA AJUDA PARA QUE OS PALESTINOS FOSSEM VACINADOS. ATÉ QDO ELES VÃO NEGAR TRATAMENTO CONTRA O COVID. ESTÃO ESPERANDO QUE TODA A NAÇÃO SE CONTAMINE, COMO UMA SOLUÇÃO FINAL PARA ESTA NAÇÃO ????
Samuel, obrigado pelas observações. O território foi devolvido aos Palestinos, mas o território de Gaza é, de fato uma prisão. O mesmo ocorre na Cisjordânia. Israel tem a opção de derrubar as grades e devolver-lhes a autonomia política, administrativa, econômica e financeira, sem o que não terá condições de proteger-se da pandemia. S.M.J.
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