terça-feira, 15 de maio de 2018

Ventos eleitorais



Resultado de imagem para fotos de urnas americanasSe por um lado o Comunismo se desmoralizou com a derrocada da União Soviética, por outro, a subsequente concentração de renda  vem levantando sérias questões quanto ao futuro solidário oferecido pelo Capitalismo.

Nos centros  do capitalismo moderno, os Estados Unidos e a Europa, tal concentração vem causando crescente mal estar social e político. No primeiro vê-se os primórdios de uma rearrumação partidária onde parcelas relevantes de eleitores não mais se sentem representados pelo comando partidário tradicional. Buscam candidatos novos ao sistema.

Especialmente no Partido Democrata americano observa-se crescente insatisfação com o desmantelamento do "Safety Net" outrora erguido pelo New Deal, hoje em vias de extinção. Ainda, é estatisticamente evidente que a classe média norte americano vê sua renda estagnada ao longo de década sem que o topo da pirâmide partidária, os Big Bosses, pouco fazem para reverter a tendência.

Os atuais líderes, afinados com a aristocracia política da Nova Inglaterra, parecem ter por objetivo  primordial exercer o domínio político, relegando à menor prioridade o alívio das agruras econômicas que afligem a maioria do eleitorado.

Tal insatisfação busca em candidatos externos ao "sistema" um novo caminho, um novo líder político. A eleição de Donald Trump reflete, sobejamente, a rejeição ao establishment. O surpreendente desafio à Hillary Clinton pelo Senador Bernie Sanders nas primárias Democratas reflete, também, crescente rejeição.

Já, na Califórnia, onde muitas vezes o futuro dos Estados Unidos se desenha, começa um movimento de repúdio, tanto à esquerda quanto à direita. "O sistema está manipulado", rigged, palavra pesada que cheira à fraude, é o tema predominante. Novos partidos ameaçam surgir.

Em junho próximo os americanos vão as urnas eleger seus Deputados. A ver...





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