A história da Marinha
Brasileira é admirável. Durante a Guerra do Paraguay chegou a ser
a segunda maior marinha do planeta. Foram notáveis os feitos
d'armas, tal como Riachuelo e a forçada da passagem em Humaitá, rompendo a
última defesa estratégica de Solano Lopes.
De lá para cá, pouco
tem sido feito. O raro troar de seus canhões tem sido, não contra
inimigos. mas sim em manobras e disputas no âmbito da política
interna. É bem verdade que, ao surgir ameaça externa denominada a
Guerra das Lagostas, a Marinha teve imediata resposta, enviando
varias belonaves para fazer face à marinha francesa nas costas do
Nordeste brasileiro. A pronta iniciativa levou o General De Gaulle a
recuar, e optar pela negociação. Estabeleceu-se, assim, um
equitativo tratado de pesca atendendo os interesses das duas nações
sem macular a soberania nacional.
Já, a ameaça
existente quando da Guerra Fria parece ter findo, ainda que as
manobras conjuntas com a esquadra Norte Americana são de inegável
interesse, seja pelo treinamento dos ativos navais, seja pela
familiarização com novas técnicas, ainda fora de nosso alcance.
Do ponto de vista
estratégico, levando-se em conta a extensão do mar territorial e os
interesses econômico em sua plataforma continental, torna-se
evidente a necessidade de uma esquadra moderna e multifacetada,
capaz de cumprir, com sucesso operações tanto de defesa quanto de
ataque.
No entanto, as notícias
que chegam ao público não são estimulantes. O estado deplorável
do porta aviões São Paulo, ex "Foch" da marinha francesa, parece não
permitir sua utilização, sequer para navegar por conta própria. Ainda,
ignora-se o andamento do projeto para a construção de submarinos
(projeto também francês) convencionais e nucleares. Em todos estes
casos a falta de recursos financeiros é apontada.
Porém, o que mais surpreende o observador é o fato de estar a Marinha desenvolvendo um motor nuclear para suas naves há, talvez, vinte anos, sem que leve o projeto a bom termo. A sua conclusão proporcionaria um salto estratégico na formação de sua força naval e a defesa de seu imenso território marítimo.
Neste período, a minúscula (tanto em território quanto em população) e empobrecida Coreia do Norte consegue desenvolver foguetes e bombas nucleares.
A alegada falta de recursos financeiros não é convincente.*
Porém, o que mais surpreende o observador é o fato de estar a Marinha desenvolvendo um motor nuclear para suas naves há, talvez, vinte anos, sem que leve o projeto a bom termo. A sua conclusão proporcionaria um salto estratégico na formação de sua força naval e a defesa de seu imenso território marítimo.
Neste período, a minúscula (tanto em território quanto em população) e empobrecida Coreia do Norte consegue desenvolver foguetes e bombas nucleares.
A alegada falta de recursos financeiros não é convincente.*
Dentre deste quadro de
projetos inacabados e de desconhecida maturação, chega a notícia
que o Brasil estaria considerando a compra de duas fragatas
britânicas, excluídas de sua frota por ter chegado à obsolescência.
Até que ponto dispersão destes recursos se justifica tendo em
vista os projetos anteriores à espera de conclusão?
* Desconhecida é a
influência protelatória eventualmente exercida pelos Estados
Unidos
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