sábado, 28 de outubro de 2017

O Estado Paralelo


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O Rio está perdendo a guerra contra o crime. Traficantes e milicianos exploram seus súditos de forma impiedosa, onde a transgressão às “suas” regras é paga com a morte. A expansão do crime organizado vem se manifestando vertical e horizontalmente.

Na primeira dimensão, amplia-se, continuamente, sua atuação criminosa. Esta não se limita ao tráfego de drogas; desde o gato na Internet, o transporte intra-muros, o bujão de gaz, tudo paga o seu quinhão ao poder dominante.O rol das drogas negociadas revela constante expansão; na cocaína, na heroína, no crack, nas anfetaminas e outras que o futuro próximo trarão.

Por expansão horizontal entende-se a ampliação geográfica e política que hoje caracteriza o crime Carioca. Não apenas as favelas caem, uma a uma, sob o jugo criminoso, mas, de forma crescente, as áreas adjacentes, pouco a pouco, passam a sofrer a influência do crime. A atividade comercial, o trânsito, e o próprio direito de ir e vir deixa de ser assegurado ao cidadão, submetida que está à ação crescente de criminosos nos bairros outrora “livres”.

Ainda nesta categoria horizontal, se verifica a co-optação da maquina política pelo crime, não apenas nos distritos sob seu domínio, mas ampliando-se, pelo uso eficaz das imensas somas que controla, sua influência na composição das Assembleias municipais e estaduais. A gravidade de tal tendência já vem sendo analisada e temida pelas forças de segurança nacional.

Assim pode-concluir que a cidade do Rio de Janeiro encontra-se sob a tutela de dois poderes distintos, o primeiro, o Estado Legítimo; o segundo, o Estado Paralelo. Formam-se, assim, as condições que definem o estado de guerra.

Ao Estado Legítimo cabe a reação e o desmonte da “rebelião” comandada pelo Estado Paralelo. Dá-se pela mobilização das polícias Militar e Civil, com pontual apoio das Forças federais. Ocorre que a eficácia destes meios é endemicamente pervertida pela chamada “banda podre” das polícias, onde a cumplicidade com o tráfego se constata. Assim sendo, estando o Rio de Janeiro em estado de guerra, aqueles elementos que colaborem, direta ou indiretamente, com o Estado Paralelo devem ser formalmente considerados traidores, ficando sujeitos à julgamento e às penas de leis aplicáveis em caso de guerra pela Justiça Militar do Exercito.

Sobre as cabeças destes lacaios do Estado Ilegítimo pairam as mortes de inumeros civis e de 112 companheiros de corporação.



Um comentário:

pamelaulery disse...

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