Logo após
a derrubada das torres gêmeas as
organizações anti terroristas americanas iniciaram uma operação
mundial para cortar as fontes de dinheiro para as operações
terroristas. O Patriot Act estabeleceu critérios dentro de
fronteiras, a partir do qual movimentações de recursos com montante
e destinos relevantes passariam pelo crivo das agências de
inteligência, estas lideradas pela NSA, o FBI e a CIA.
Como
segundo passo, a operação visando transparência nas operações
financeiras estendeu-se ao âmbito internacional; uma série de
tratados bi e multilaterais foram concluídos, em busca de
similaridade e convergência no esforço anti-terrorista. Destacam-se
o grupo dos “Five Eyes”, constituído pelos países de origem
anglo-saxônica bem como os membros da União Européia. Na América
Latina e na Ásia, face ao peso da pressão de Washington, os
governos foram adaptando-se aos objetivos do governo norte-americano.
Assim,
iniciou-se a desmantelamento dos paraísos fiscais, que prosperavam
graças à confidencialidade de suas contas bancárias. Destaca-se,
dentre estes a Suiça, cujo impacto sobre sua economia pela perda do
sigilo bancário ainda merece cuidadoso estudo.
É
claro que algumas áreas geográficas ainda fogem à disciplina
desejada por Washington, porém o cerco vai se fechando.
Permanece,
contudo a grande brecha da moeda virtual, onde o anonimato e a
instantânea liquidez das aplicações prevalece. Sua geografia é
etérea, seus operadores, algoritmos. Dentre elas, segundo o Google,
exitem 857 moedas virtuais, a preponderante é o Bitcoin, criado por
gênio japonês e posteriormente internacionalizado. Hoje, sua
opacidade oferece impenetrável proteção.
O
valor atual dos Bitcoins disponíveis evoluiu de 10 bilhões de
dólares em julho de 2016 para 45 bilhões de dólares em junho de
2017, ou seja, neste período 35 bilhões de dólares procuraram refúgio dos
curiosos olhares da Justiça. Sua volatilidade é vertiginosa; hoje
seu preço é US$ 2.685,00 tendo variado, no dia, em 5,9%. Nos
últimos 12 meses, alvo de intensa e excepcional procura, a moeda
valorizou-se em 365%.
O
que terá propiciado tal expansão de operações e tamanha
valorização do Bitcoin? Dois fatores parecem ter contribuído para a excepcional procura. Ambos, inter-relacionados, compartilham o
''timing” com:
O
término da confidencialidade nos paraísos fiscais e
O
desnudamento da bilionária corrupção que macula o Brasil.
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