O espetáculo foi deprimente. As fundamentadas denuncias envolvendo o atual presidente trouxeram vergonha e desalento aos cidadãos, à Pátria. A moralização do Brasil é essencial.
Neste momento, dois imperativos parecem
guiar a nação. O primeiro será o de assegurar sua viabilidade
econômica através das reformas econômicas, que possibilitem o
equilíbrio do Orçamento e a produtividade de sua força
trabalhadora. O segundo será a depuração das práticas corruptas
que infectam a atividade política no país e aviltam o equilíbrio
social . Um depende do outro. Ambos objetivos só podem ser
alcançados em ambiente político estável.
O recente embate no Superior Tribunal
Eleitoral demonstra a importância destes desafios. Conquanto as pessoas de bem
naturalmente inclinavam-se para a condenação da chapa Dilma-Temer,
colocando o impositivo moral acima dos demais, por outro lado, frágil
será o pilar da Ética em país desorganizado e economicamente
inviável. A absolvição foi uma derrota moral.
Porém, como muitas vezes na história
dos conflitos, por vezes melhor será retirar-se do campo de
batalha, para depois, em melhores condições, ganhar-se a guerra. A
derrubada de Temer no julgamento do TSE poderia transformar-se em
vitória de Pirro, pois as múltiplas variáveis que acompanhariam a
escolha dos eventuais sucessores à presidência poderiam impor ao
país, nas suas sucessivas fases, um labirinto político de alto
custo e imprevisíveis consequências.
Vencedora a tese da deposição,
impor-se-ia à nação, no espaço de 16 meses, três chefes
executivos; o primeiro, o presidente da Câmera, o
segundo a ser eleito indiretamente, o terceiro em sufrágio direto.
Três novos nomes se sucederiam no governo do Brasil, cada qual com
sua visão, cada um com sua agenda. A verificar-se tal cenário
criar-se-ia, de imediato, clima de profunda instabilidade, a mais negativa das circunstâncias para a retomada do
investimento e a pacificação social.
O restabelecimento da paz institucional neste período que antecede as próximas eleições parece prudente e desejável. Tal tranquilidade, acompanhada da melhoria que já se observa no comportamento da economia, permitirá maior probabilidade de sucesso eleitoral em
outubro de 2018 bem como a varredura cívica dos dejetos deixados por
aqueles que tanto enganaram o povo.
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