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Adquirindo maior velocidade, a rebelião dos jovens Palestinos se alastra. Ocupada há mais de 40 anos por tropa estrangeira, seus jovens, desenganados pelas descumpridas promessas de liberdade repudiam o status quo e exigem sua independência.
O Tratado de Oslo de
1993, engendrado por Isaac Rabin (assassinado por um conterrâneo radical) e
Yasser Arafat (vítima de causas desconhecidas apesar de vestígios de
Polônio, altamente radioativo) visando a pacificação, não
resistiu ao tempo. Portanto, foram atendidas as forças interessadas
na total absorção das “terras bíblicas” por elas tidas como
pertencentes à Israel. Não tardou esforço pacificador se esgarçar;
em setembro de 2000, quando da propositada e provocadora invasão da
esplanada do templo muçulmano de Al Aqsa pelo então recém
empossado primeiro ministro, general Ariel Sharon e seu séquito,
eclodiu a Segunda Intifada, ou Rebelião.
Prossegue,
assim, a ocupação da Cisjordânia e o bloqueio de Gaza, território
sobre o qual dever-se-ia instalar o estado Palestino de acordo com as
Nações Unidas. Estrangulados pelos ubíquos postos de controle que
restringem a circulação de bens e pessoas, ameaçados por constante
intervenção armada nas suas cidades, e, ainda, espoliados pela
continua invasão e apropriação de suas terras por levas de colonos
Israelenses, cria-se um quadro insustentável para seus habitantes..
Não
bastasse o sofrimento imposto pela ocupação militar, Israel
persegue a politica de de-arabização de Jerusalém Leste mediante
iníquas posturas municipais e ações coordenadas com as forças de
segurança. Vale lembrar que a parte Leste da cidade de Jerusalém,
onde se concentra a população árabe da cidade, foi designada pelas
Nações Unidas como capital do novo Estado Palestino.
Assim
colocado o problema, justificado pela simples observação dos fatos,
difícil será retirar aos Palestinos o direito moral e político de
luta contra uma ocupação inaceitável face aos princípios da
civilização Ocidental. De fato, a Lei Internacional concede aos
oprimidos o direito de rebelião armada.
Por
resultado, tem-se o crescente reconhecimento internacional do Estado
Palestino, o qual, se ainda despossuído de fronteiras físicas, as
têm como conquista moral. Tem obtido das Nações Unidas o
reconhecimento de sua direito de existir, ainda limitado pelos os
vetos apostos pelos Estados Unidos em apoio incondicional do
invasor. De seu lado, Israel enfrenta crescente opróbrio na
comunidade Ocidental, esmaecendo-se a imagem outrora heroica que
marcou seus primeiros passos como nação.
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