quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A vez dos jovens

Reuters

Adquirindo maior velocidade, a rebelião dos jovens Palestinos se alastra. Ocupada há mais de 40 anos por tropa estrangeira, seus jovens, desenganados pelas descumpridas promessas de liberdade repudiam o status quo e exigem sua independência.

O Tratado de Oslo de 1993, engendrado por Isaac Rabin (assassinado por um conterrâneo radical) e Yasser Arafat (vítima de causas desconhecidas apesar de vestígios de Polônio, altamente radioativo) visando a pacificação, não resistiu ao tempo. Portanto, foram atendidas as forças interessadas na total absorção das “terras bíblicas” por elas tidas como pertencentes à Israel. Não tardou esforço pacificador se esgarçar; em setembro de 2000, quando da propositada e provocadora invasão da esplanada do templo muçulmano de Al Aqsa pelo então recém empossado primeiro ministro, general Ariel Sharon e seu séquito, eclodiu a Segunda Intifada, ou Rebelião.

Prossegue, assim, a ocupação da Cisjordânia e o bloqueio de Gaza, território sobre o qual dever-se-ia instalar o estado Palestino de acordo com as Nações Unidas. Estrangulados pelos ubíquos postos de controle que restringem a circulação de bens e pessoas, ameaçados por constante intervenção armada nas suas cidades, e, ainda, espoliados pela continua invasão e apropriação de suas terras por levas de colonos Israelenses, cria-se um quadro insustentável para seus habitantes..

Não bastasse o sofrimento imposto pela ocupação militar, Israel persegue a politica de de-arabização de Jerusalém Leste mediante iníquas posturas municipais e ações coordenadas com as forças de segurança. Vale lembrar que a parte Leste da cidade de Jerusalém, onde se concentra a população árabe da cidade, foi designada pelas Nações Unidas como capital do novo Estado Palestino.

Assim colocado o problema, justificado pela simples observação dos fatos, difícil será retirar aos Palestinos o direito moral e político de luta contra uma ocupação inaceitável face aos princípios da civilização Ocidental. De fato, a Lei Internacional concede aos oprimidos o direito de rebelião armada.

Por resultado, tem-se o crescente reconhecimento internacional do Estado Palestino, o qual, se ainda despossuído de fronteiras físicas, as têm como conquista moral. Tem obtido das Nações Unidas o reconhecimento de sua direito de existir, ainda limitado pelos os vetos apostos pelos Estados Unidos em apoio incondicional do invasor. De seu lado, Israel enfrenta crescente opróbrio na comunidade Ocidental, esmaecendo-se a imagem outrora heroica que marcou seus primeiros passos como nação.



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