segunda-feira, 20 de julho de 2015

Considerações sobre os três Poderes

Resultado de imagem para a estatua da Justiça em brasilia

Em 1964, as Forças Armadas instalaram o regime militar,  assim dando ao Executivo a supremacia sobre os demais poderes da Republica. Naquela época, destacou-se Humberto de Castello Branco,  transformando  o país num Estado honesto e racional. Sofria, porém,  do pecado original; o da ditadura. Somente em 1995 a instituição da Presidência reconquistou o respeito da Nação, danificada que foi pelos governos Sarney e Collor de Mello.. Tanto Fernando Henrique Cardoso como Luiz Inácio da Silva , ambos nos seus primeiros turnos, e  cada qual com suas características, conquistaram respeito e admiração da grande maioria dos brasileiros e até mesmo em foros internacionais.

Contudo, a visão atual da Presidência, como Instituição basilar da República, deixa a opinião pública desnorteada e decepcionada. Prisioneira das consequências por ela mesmo criadas, debate-se a Presidente para reverter o rumo desastroso  por ela encetado. Mergulhada no caos orçamentário, desprezando com arrogância conselhos inestimáveis, Dilma Rousseff vê-se diante da possibilidade de perder o Brasil o seu investment grade, prejudicando o influxo essencial de divisas para o saneamento da balança de pagamentos. Ainda, a inflação por ela alimentada anula e reverte os benefícios sociais gerados pelos governos precedentes, assim traindo sua base eleitoral.

Ainda, a Instituição do Legislativo não mais oferece a imagem de sólida pilastra sustentando o edifício do Estado. Longe disto.  O país, já ferido por uma constituição cognominada de “Cidadã” revela a imperfeição de oferecer mais direitos do que obrigações. Desta forma avilta a equação cívica, onde todo beneficio deve ter por base um sacrifício, por tênue que seja.

Soma-se, ainda, à imperfeição conceitual a desestruturação moral de relevante parte dos parlamentares, infectando partidos e lideranças. A inversão de valores, revelada pela constante e crescente busca de vantagens materiais e de poder a qualquer preço macula a  imagem do congressista onde sua atuação precípua é a de legislar para o bem comum.

Unem-se os partidos bem como separam-se, vendendo seus compromissos eleitorais por  minutos de televisão. Triste quadro; o PT cindido e desorientado, o PMDB pobre em projetos de governo e rico em ambição de poder pelo poder, e  o PSDB promovendo o “quanto pior, melhor” na esperança de um impeachment.


Porém, talvez tanto mal venha para o bem. Confrontada com a epidemia de imoralidade, vê-se, hoje, a Justiça sobressair como a mais respeitada das Instituições. No rastro do Mensalão, quando as portas da prisão se abriram para acolher, pela primeira vez, uma súcia de políticos, observa-se uma continuidade moralizante na operação Lava Jato. Tanto no primeiro caso como no atual, o Supremo Tribunal Federal sustentou e vem sustentando a progressão da Justiça, sem a qual não pode haver Nação respeitada e democrática. Parece nítido o gradual e crescente  desmoronamento da impunidade, até então armadura intransponível do corrupto e corruptor. Quem sabe, será a partir deste  momento que o Brasil começa a voltar-se para primeiro mundo?

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