Em 1964, as Forças Armadas instalaram o regime militar, assim dando ao Executivo a supremacia sobre
os demais poderes da Republica. Naquela época, destacou-se Humberto de Castello
Branco, transformando o país num Estado honesto e racional. Sofria,
porém, do pecado original; o da
ditadura. Somente em 1995 a instituição da Presidência reconquistou o respeito
da Nação, danificada que foi pelos governos Sarney e Collor de Mello.. Tanto
Fernando Henrique Cardoso como Luiz Inácio da Silva , ambos nos seus primeiros
turnos, e cada qual com suas
características, conquistaram respeito e admiração da grande maioria dos
brasileiros e até mesmo em foros internacionais.
Contudo, a visão atual da Presidência, como Instituição
basilar da República, deixa a opinião pública desnorteada e decepcionada.
Prisioneira das consequências por ela mesmo criadas, debate-se a Presidente
para reverter o rumo desastroso por ela
encetado. Mergulhada no caos orçamentário, desprezando com arrogância conselhos
inestimáveis, Dilma Rousseff vê-se diante da possibilidade de perder o Brasil o
seu investment grade, prejudicando o influxo
essencial de divisas para o saneamento da balança de pagamentos. Ainda, a
inflação por ela alimentada anula e reverte os benefícios sociais gerados pelos
governos precedentes, assim traindo sua base eleitoral.
Ainda, a Instituição do Legislativo não mais oferece a
imagem de sólida pilastra sustentando o edifício do Estado. Longe disto. O país, já ferido por uma constituição
cognominada de “Cidadã” revela a imperfeição de oferecer mais direitos do que
obrigações. Desta forma avilta a equação cívica, onde todo beneficio deve ter
por base um sacrifício, por tênue que seja.
Soma-se, ainda, à imperfeição conceitual a desestruturação
moral de relevante parte dos parlamentares, infectando partidos e lideranças. A
inversão de valores, revelada pela constante e crescente busca de vantagens
materiais e de poder a qualquer preço macula a imagem do congressista onde sua atuação precípua
é a de legislar para o bem comum.
Unem-se os partidos bem como separam-se, vendendo seus
compromissos eleitorais por minutos de
televisão. Triste quadro; o PT cindido e desorientado, o PMDB pobre em projetos
de governo e rico em ambição de poder pelo poder, e o PSDB promovendo o “quanto pior, melhor” na
esperança de um impeachment.
Porém, talvez tanto mal venha para o bem. Confrontada com a
epidemia de imoralidade, vê-se, hoje, a Justiça sobressair como a mais
respeitada das Instituições. No rastro do Mensalão, quando as portas da prisão
se abriram para acolher, pela primeira vez, uma súcia de políticos, observa-se
uma continuidade moralizante na operação Lava Jato. Tanto no primeiro caso como
no atual, o Supremo Tribunal Federal sustentou e vem sustentando a progressão
da Justiça, sem a qual não pode haver Nação respeitada e democrática. Parece
nítido o gradual e crescente desmoronamento da impunidade, até então
armadura intransponível do corrupto e corruptor. Quem sabe, será a partir deste
momento que o Brasil começa a voltar-se
para primeiro mundo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário