Angela Merkel |
Três países são povoados pela raça
germânica: a Alemanha, a Áustria e, talvez surpreendente para alguns, a
Inglaterra. As observações que se seguem se atêm à primeira nação, deixando
para outra oportunidade comentários sobre as demais. Ainda, os comentários a
seguir tratam de política externa. Não menospreza o texto as inestimáveis
contribuições do povo alemão nos campos da filosofia, da ciência, das
artes, da literatura, elementos de aperfeiçoamento da civilização Ocidental.
Os alemães, liderados pelos Prussianos, de credo
Protestante, constituem uma raça disciplinada, auto afirmativa,
decidida, eficiente, e tendente à inflexibilidade.. Para eles o
individuo está subordinado à grandeza da nação (Deutchland über alles...).
Estas qualidades, excepcionais quando se trata de pessoas, não se traduzem bem
na linguagem diplomática. Tanto acreditam em sua superioridade que
somente com dificuldade conseguem ceder à opinião alheia. Quando tratando com
outros povos, tendem ao exercício da lógica fria e precisa, relegando à nível
inferior os arroubos subjetivos das raças menos aquinhoadas.
A Alemanha de Frau Angela Merkel
exerce, no momento, primazia sobre a União Européia. Apesar de
observações históricas, quando Berlim engendrou noções de preponderância e
superioridade sob o comando de Otto von Bismark e sucessores,
resultando em comoção e destruição, talvez o devido peso, excluindo-se o
aspecto militar, não esteja sendo atribuído aos perigos que decorrem da
atual e solitária liderança Teutônica sobre a União Européia.
A indiscutível eficácia da economia
germânica, é responsável pela única nação da UE a manter o nariz acima do
nível da enxurrada provocada pela a Grande Recessão norte americana. Cercada
que se encontra por países submersos e semi-submersos, é natural a percepção de
auto-superioridade por parte de seus dirigentes. Esta crescente diferença torna
progressivamente mais difícil a eficácia do diálogo entre líder e liderados. Projetando
suas qualidades de ordem, disciplina, e auto sacrifício tão exigido, inclusive,
pela derrota e devastação em duas grandes guerras, talvez
Berlim considere, erroneamente, natural e factível a adoção de suas
características pelos demais povos do Continente.
Á médio prazo, esta política não
parece ter sustentação, visto que, em vez de suscitar admiração, observa-se
crescente animosidade para com o governo Alemão. As populações dos países
do Sul Europeu, entre os quais inclui-se a França, parecem
ressentir-se , progressivamente, contra os diktats de
Berlim. Por consequência torna-se provável que as eleições do Parlamento
Europeu. se não as nacionais, reflitam crescente repúdio à ordem unida
fiscal, e sua irmã gêmea, a crescente disparidade de riqueza dentre os povos.
O surgimento e o fortalecimento de
partidos opostos à União Europeia, direitistas na ideologia mas populistas na
economia, tais como o Front National, revelam, também, rejeição às forças ultra
conservadoras além Reno. Vislumbra-se a incipiente dinâmica da desagregação.
Vale a atenção do leitor para o trecho final do Editorial do New York Times, publicado após a conclusão e apresentação da Coluna acima:
Vale a atenção do leitor para o trecho final do Editorial do New York Times, publicado após a conclusão e apresentação da Coluna acima:
...Chancellor Angela Merkel of Germany, the one who should be most dedicated to European unity, declared after the deal was sealed that its “advantages far outweigh the disadvantages.”
The one advantage of the agreement reached early Monday is that it buys some time. But unless that time is used to discuss how to really reduce the Greek debt and restore its moribund economy to life, it will not be long before eurozone leaders are locked in another agonizing debate about what to do. Germany and its allies have driven a hard bargain, but in forcing Greece to submit they have not resolved the crisis of the monetary union or advanced the European project.
Nenhum comentário:
Postar um comentário