São muitas as Alianças que povoam o planeta. A mais conhecida é a OTAN, aliança militar, que inclui diversos países europeus, comandados pelos Estados Unidos. É uma espécie de “Nações Unidas Alternativa”, sobrepondo-se ao Conselho de Segurança quando conveniente a Washington. Seus mais fiéis componentes, fora a Grã Bretanha, são os países da Europa do Leste, ainda gratos aos Estados Unidos pela vitória sobre o Comunismo. Já os da Europa Ocidental são menos constantes na sua fidelidade.
Outra aliança, menos falada por ser quase implícita, é a que
une a China e a Rússia, a qual se manifesta de maneira mais clara nas
discussões no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Tem por adubo o receio
dos Estados Unidos. Cada qual é a maior potência militar no seu continente, a
Rússia na Europa e a China na Ásia. Contudo, parece ser uma aliança instável, face à imensa fronteira
que separa os dois países, fruto de incontáveis contenciosos no passado. Tanto
esta como a OTAN são as Alianças nucleares, com o poder de destruir o planeta.
Importante é lembrar a aliança “indissolúvel” de Israel com
Estados Unidos, ainda que, habitualmente, de uma só mão. O primeiro faz o que quer e o segundo acompanha, muitas
vezes, a contragosto. Tem por base,
sobretudo, o apoio da grande maioria do Congresso norte-americano. A fidelidade de Washington é inabalável, evidenciada
pelos seus vetos no Conselho de
Segurança, desafiando, por vezes, a coerência de seu discurso que pretende a imparcialidade.
Existe aquela entre o Japão e a América do Norte (Canadá e
México que perdoem a apropriação indébita do Continente); neste caso o primeiro
faz o que o segundo quer, em reverência que presta ao imenso mercado consumidor
e segurança, nuclear se necessário for.
Aliança semelhante une Seul à Washington, endemicamente ameaçada pela
imprevisível Coréia do Norte, único país sujeito a surtos psicóticos. Ainda,
face à exuberância econômica e militar
do Império de Meio, estas alianças são reforçadas pelas bases militares que concedem aos Estados Unidos.
Quanto às micro alianças dificilmente visíveis na America
Latina e África e Oriente Médio, fica seu relato para momento mais propício,
quando atingirem real significância..
Finalmente chegamos àquela mais relevante e menos comentada:
a Aliança dos Povos de Língua Inglesa. Abrange, evidentemente os países que compartilham o idioma anglo-saxão, e cuja população e domínio político pertençam monoliticamente
aos descendentes dos povos da Grã
Bretanha. Os Estados Unidos, o Reino
Unido, o Canadá, a Austrália e,
finalmente a Nova Zelândia compõem esta fraternidade, unida por profundas raízes culturais.
Fica a pergunta: até onde vai esta Aliança? Solidariedade
militar é indiscutível, porém que mais?
A recente divulgação da bisbilhotice Canadense, que teria se aproveitado
da tecnologia intrusiva da NSA americana para espionar assuntos minerais brasileiros, de extremo interesse de Ottawa,
parece validar a teia de interesses comuns que a lhe dão substância. Lógico
será presumir que a Austrália (nossa forte concorrente no campo da mineração) e sua
vizinha Nova Zelândia compartilhem deste privilégio.
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