Pelo contrário, o uso político da empresa, coloca em risco nosso desenvolvimento econômico, nossa grade energética, nossa segurança como país soberano e autônomo. Trata-se de questão de Segurança Nacional, que exige a atenção prioritária daquelas instituições à ela afetas.
A manipulação do preço do diesel e da gasolina como instrumento anti-inflacionário desafia a mais benévola análise. Uma vez capturado por esta armadilha, o Governo torna-se cada vez mais incapaz de trazer de volta o justo preço dos derivados de petróleo, face ao impacto político negativo decorrente dos aumentos de custos básicos para a economia e seu impacto na inflação. Fica refém de sua esperteza.
A significativa perda de caixa e lucro pela Petrobrás reduz sua capacidade de inovar, explorar e produzir, tornada-a de gigante para franzino agente neste mercado altamente competitivo. O recente leilão de Libra demonstrou sua fragilidade, sendo o valor pago no limite mínimo da licitação. Nenhum outro lance foi apresentado, a não ser o do vencedor; triste e perigosa realidade, revelando a fragilidade da empresa.
A nomeação da Sra. Graça Foster foi passo importante para a moralização da empresa, porém não é claro quanto sua indicação possibilitou, até este momento, a despolitização da Petrobrás. A relevante queda no lucro da empresa, atingindo 42% no último semestre evidencia a inadequação do modelo político-gerencial da empresa. A importação diária de petróleo, ao ritmo de 500 mil barris por dia sepulta o mito da auto-suficiência propalada pelo governo Lula, gerando enorme ônus.
Assim, torna-se imperativo o imediato ajuste dos preços aos níveis internacionais para o restabelecimento da rentabilidade minima necessária ao cumprimento de seus objetivos e, ainda mais premente, sua viabilidade financeira. Urge, também, uma análise isenta da produtividade desta empresa, comparando-a aos padrões internacionais, onde trava a sua luta.