quinta-feira, 18 de julho de 2013


rjnoticias.com

O protesto a frente da casa do Sr. Sérgio Cabal vem reunindo centenas de pessoas ao longo das semanas. Constata-se assim que a mobilização política afasta-se, cada vez mais, dos Partidos, e encontra sua motivação na repulsa dos hábitos duvidosos dos governantes.

O desencontro, cada vez mais visível entre o discurso e a prática, vem desmontando o edifício democrático, pois o voto anteriormente concedido hoje é repudiado na rua. As ações que se seguem à posse do cargo de dirigente violentam o promessa eleitoral. As manifestações de pouco caso, e até de desprezo pelo eleitor, evidenciadas pelas festas Parisienses, pelos lenços na cabeça, pela proximidade com empreiteiras corruptas, pelos helicópteros milionários, pelas incestuosas   relações com o transporte público terminam por minar a confiança no instrumento primordial para o exercício democrático, ou seja, o voto.

A classe política, com honrosas exceções, não parece dar-se conta do perigo que corre. A desmoralização das instituições democráticas abre as portas para um novo Messias, ofertando a salvação e a regeneração do caminho a ser trilhado pela Nação. Tal mensagem poderá ter efeito hipnótico, sobretudo na juventude, menos experimentada no campo das desilusões, mais crente e confiante em formulas redentoras que restabeleçam o Brasil em novo rumo, rumo que talvez prescinda da Democracia.

Fica, assim, para os mais velhos (mas não tão velhos assim), sofridos e desapontados pelas mensagens milagrosas do passado, porém igualmente indignados com a corrupção política e financeira, lembrarem aos nossos jovens dos perigos da impraticabilidade utópica, da solução enganosa que leva à dês-estruturação política e econômica do país.

Faça-se já a reforma política para recuperar-se  o respeito ao voto, aos Partidos, aos políticos. Que a ficha-limpa seja de aplicação universal, que os partidos não sirvam de balcão de negócios, que a imunidade e a impunidade  sejam contidas, que o financiamento de campanha seja público e modesto, que o senador suplente seja eleito, que o código processual seja revisto assim reduzindo os infindáveis recursos. Estas medidas, e muitas outras devem ser impostas ao Congresso pela determinação da opinião pública que se manifestem nas ruas, nas praças e nas redes Sociais.

Um balizamento ético e moral se impõe ao Governo, para resguardarmos a Democracia, e defendê-la, não apenas dos maus políticos e das frágeis regras que conspurcam as Instituições, mas também  daqueles incontroláveis movimentos de massa cuja liderança ingênua ou maliciosa poderá colocar a Nação em perigo.

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