Preliminarmente, justo dizer-se que o ataque perpetrado pelo Hamas contra a população civil israelense merece repúdio. Atingir civis é indesculpável e só pode ser considerado como terrorismo. No foro íntimo sente-se a agressão de civis, adultos e crianças, como se pessoal fosse. Sejam eles Judeus, sejam eles Palestinos.
Contudo, torna-se necessária à compreensão geopolítica dos eventos que levam à atual tragédia, observando com a perspectiva necessária que lhe permita a compreensão de tão longo conflito. Como consequência necessário é lembrar-se ser a faixa de Gaza uma prisão a céu aberto onde 2,5 milhões de homens, mulheres e crianças vivem enclausurados por décadas sem crime ter sido cometido. Este fato não pode ser ignorado ou minimizado. Torna-se fator relevante, se não preponderante, na análise da evolução da violência naquela região.
Israel, como carcereiro daquela urbe, habitada por 2,5 milhões de civis não deveria se surpreender com reações violentas dos encarcerados.
Certamente, uma visão histórica mais ampla favorece uma compreensão do tão complexo conflito entre Palestinos e Israelenses, entre Árabes e Judeus. Porque tal persistência no ódio que separa as duas raças e as duas crenças?
A Palestina, dominada e administrada pela Grã Bretanha desde a derrota do Império Otomano em 1918, era, na época, habitada majoritariamente pelos Árabes. A reversão teve seu início quando do movimento Sionista nos anos pós Primeira Guerra Mundial, dando substância ao conceito de retorno dos Judeus à região. Conquanto o Sionismo era na sua essência pacífico e de viés socialista, desenvolvendo os kibutzim em relativa harmonia À mesma época também teve início dos movimentos terroristas judaicos, Irgun¹ e Stern². Estes cometeram inúmeros atentados e assassinatos em busca violenta da criação de um Estado Judeu. Dentre estes, destaca-se a explosão do Hotel King David ferindo e matando 91 hospedes e empregados. O responsável pelo ato terrorista, Menachen Begin, líder do Irgun, tornou-se, anos mais tarde, presidente de Israel.
Tanto os Ingleses dominantes quanto os Árabes majoritários foram constantemente fustigados, como método necessário ao domínio judaico da Palestina. Ainda que tais tentativas à época fossem infrutíferas, já, com o término da 2a. Guerra Mundial quando o sofrimento do povo Judeu nas mãos Nazistas foi conhecido a opinião das potencias Ocidentais reverteu³, evoluindo para a criação do Estado de Israel.
Por resultado ocorreu marcante alteração populacional na região que hoje abriga os limites do Estado de Israel, revelando a expulsão do povo Palestino que lá preponderava a partir da Diaspora da população judaica imposta pelos Romanos no Século 6 AD. Ou seja, faziam 15 séculos que a maioria Árabe dominava a região, condição revertida pela política e pela força em menos de 54 anos (1946 a 2000).
Apoiada pela nações Ocidentais como reação e compensação aos imensos sofrimentos da etnia Judaica durante a 2a. Guerra Mundial, a criação da nova Nação recebeu apoio quase unânime, porém com a abstenção da Grã Bretanha³. Esta, então dominante na região, previa conflitos e instabilidade face à contestação da população Árabe já habitando a região e amplamente majoritária.
Uma vez criado o Estado de Israel, realizou-se a expulsão da maior parte dos Palestinos residentes em Israel aterrorizados por práticas de "limpeza étnica", encenando uma versão árabe da Diaspora judaica. Muitos instalaram-se na Cisjordânia vizinha. Em sentido oposto, iniciou-se crescente atividades terrorista por parte dos Árabes. Criava-se, assim, o quadro que perdura até os dias de hoje.
Tem-se hoje na região, uma configuração étnica altamente instável, cuja normalidade só poderá será atingida pela concessão à ambas a partes territórios de inquestionável soberania. Este conceito já fora criado pelas Nações Unidas quando da emergência de Israel. Contudo, em clara aliança, Estados Unidos e Israel impediram os esforços necessários ao cumprimento da decisão majoritária.
A celebração do Acordo de Oslo 2 em 1995, na presença de Bill Clinton, celebrado por Shimon Perez, Isaac Rabin e Yasser Arafat foi frustrada pelo assassinato do então Primeiro Ministro de Israel, o General Isaac Rabin, pelo extremista israelense Ygal Amin. Destituídos os Palestinos de sua esperança de autonomia, reestabeleceu-se naquelas terras a opressão e a reação, ambas entregues à violência.
O quadro acima Israel revela uma condição anômala por ser o Estado Ocupante, tendo sob sua responsabilidade o bem estar de sua população. Por outro lado, tem-se a severidade da ocupação israelense onde as mortes violentas de parte a parte refletem domínio e reação. Ainda, tornando-se Israel, por sua recém aprovada constituição um Estado Judeu e não mais laico, terá por efeito pressionar as outras etnias e religiões, acentuando diferenças potencializando hostilidade.
A interrupção deste círculo vicioso torna-se imperativo para a Paz mundial, pois um conflito hoje geograficamente contido poderá, por seu conteúdo religioso, alastrar-se no Oriente Médio e alhures. O bom senso demanda a intervenção das grandes potências em novo esforço de paz na região. Um novo "Acordo de Oslo" se impõe, onde Israel e o Estado Palestino dar-se-iam as mãos sob o beneplácito imprescindível dos Estados Unidos.
1) (Encyclopedia Britannica) Irgun committed acts of terrorism and assassination against the British, whom it regarded as illegal occupiers, and it was also violently anti-Arab. Irgun participated in the organization of illegal immigration into Palestine after the publication of the British White Paper on Palestine (1939), which severely limited immigration. Irgun’s violent activities led to execution of many of its members by the British; in retaliation, Irgun executed British army hostages. On July 22, 1946, Irgun blew up a wing of the King David Hotel in Jerusalem, killing 91 soldiers and civilians (British, Arab, and Jewish). On April 9, 1947, a group of Irgun commandos raided the A
rab village of Deir Yassin (modern Kefar Shaʾul), killing about 100 of its inhabitants.
2)According to Yaacov Shavit, professor at the Department of Jewish History, Tel Aviv University, articles in Lehi (Stern) publications contained references to a Jewish "master race", contrasting the Jews with Arabs who were seen as a "nation of slaves".[47] Sasha Polakow-Suransky writes that "Lehi was also unabashedly racist towards Arabs. Their publications described Jews as a master race and Arabs as a slave race." Lehi (STERN) advocated mass expulsion of all Arabs from Palestine and Transjordan,[48] or even their physical annihilation.[49]
3) Porém, a Grã Bretanha, profunda conhecedora das conflitantes correntes raciais e culturais na região, optou por abster-se quando da votação nas Nações Unidas concedendo a criação do Estado de Israel.
Um comentário:
Falácia de Petição de Princípio
" a faixa de Gaza uma prisão a céu aberto onde 2,5 milhões de homens, mulheres e crianças vivem enclausurados por décadas sem crime ter sido cometido. Este fato não pode ser ignorado ou minimizado. Torna-se fator relevante, se não preponderante, na análise da evolução da violência naquela região. "
Dubai:
Área: 35km2
População: 3.137.463
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Faixa de Gaza:
Área: 365km2
População: 2.229.000
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Quatar
Area: 11.581 km2
Populaçao: 2.795.484
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Monaco:
área: 2,02km2
populaçao: 39.150
Monaco é o país com a maior densidade populacional no
mundo: 19.000 hab/km2
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Portanto, o pressuposto / premissa de que a vida em Gaza é ruim porque há pouco espaço, é uma falácia de petiçao de princípio, onde a premissa é igual à conclusao.
A vida em Gaza é ruim porque vivem para o ódio. Os sentimentos são ruins, porque aspiram ao totalitarismo mussulmano.
Monaco é um jardim. Gaza é o que é pelo que foi e por ter sido como foi é.
Israel fornece os serviços públicos ...
Se toda a ajuda internacional para a Palestina se tivesse convertido capital empregado em atividades pacíficas e produtivas a faixa de gaz seria um paraíso. Receberam por dentro, desde 1992, mais de 40 bilhoes de dólares. Por fora nao sei quanto, mas deve ser muito.
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Terrorismo Judeu
Churchill, comentando os atos terroristas do Irgun e do Stern, simplesmente disse que
embora lamentáveis, ninguém poderia aquilatar as reações de quem tivesse sido vítima do Holocausto.
Mas é preciso lembrar que, realmente, os árabes e judeus viviam em Paz na Terra Santa até cem anos atrás quando os fanáticos Palestinos resolveram cometer os atos terroristas de degola de judeus, porque havia a declaração de haveria no futuro em algum lugar uma terra para os judeus.
Um dos líderes palestinos viria a ser nomeado pelos ingleses Grão Mufti de Jerusalem, tendo passado anos em Berlin ao abrigo doa nazistas e com estes comungando do ódio pelos judeus.
Consta que teria visitado campos de
morte com Himmler ...
Esses palestinos realmente não prestam.
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