domingo, 28 de junho de 2020

Novos rumos?

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A semana se encerra com duas ocorrências simultâneas e promissoras.

A primeira foi a designação do novo ministro da Educação; a segunda foi o início de uma  relação pacífica e construtiva entre o Presidente Bolsonaro e  os outros dois Poderes.

Justo supor-se que o abandono da pugnacidade que vem caracterizando o atual governo se deva à ameaças que surgem no horizonte político e judicial.  Diversas ocorrências parecem convergir de forma a aconselhar Jair Bolsonaro a adotar o desarmamento político,uma vez que deverá, em futuro próximo, conquistar compreensão e apoio do judiciário e parlamento.

Quanto ao Judiciário, desafios despontam:

- As ações em andamento no Supremo Tribunal  sobre as agressões à estabilidade democrática envolvendo pessoas próximas ao poder,

- O caso Queiroz, tendo sua esposa como co-adjuvante, ameaçando a incolumidade do Senador  Bolsonaro.

- Adicione-se, ainda, as declarações comprometedoras feitas e por fazer, do advogado Frederico Wassel. De índole extrovertida e loquaz (e talvez vingativo), transita pelo instável campo das meias verdades e meias mentiras.

A mudança de rumo, que a nação espera persistir parece resultar tanto da influência militar quanto da equipe econômica, ambos setores em busca de tranquilidade.

Razoavel supor-se que a constatação pelo estamento militar que o rumo anterior se aproximava do ponto de ruptura, onde a confrontação prometia por resultado o esgarçamento senão o colapso institucional.

Ainda, a  necessidade imperiosa  de obter-se maioria parlamentar para a passagem das reformas fiscal e administrativa, essenciais ao enfrentamento da recessão post-pandêmica passa pela imprescidível distenssão política.

Quanto à posse do Ministro da Educação, dentro do espírito de distender os ânimos, esta parece revelar o abandono da indesejável preferência  ideológica que tráz no seu bojo a discórdia. Assim, a escolha de Carlos Alberto Decotelli difere daquela de seus antecessores, ambos  técnica e conceitualmente despreparados para o cargo.

A  seleção de um dos mais importantes ministros do governo, é lastreada em formação  robusta, como o de mestrado obtido na Fundação Getúlio Vargas, escola impecável. Já o contraditório sobre aspectos de seu curriculum-vitae, estes não parecem invalidar sua capacitação.

Hoje se atravessa momentos difíceis onde a concórdia torna-se essencial à solução dos desafios que o país enfrenta. Porém, o exemplo que favoreça o diálogo deve fluir do topo da piramide para que a confiança mútua seja fortalecida.









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