terça-feira, 30 de junho de 2020

VARIAS




Indicado para Ministro da Saúde, Decotelli se afoga na manipulação de seu curriculo. Novos nomes surgem, dentre eles o do Sr.Santana, apoiado pela ala militar do governo, O Sr. Santana, hoje no segundo posto daquele ministério merece, dentre suas qualificações menciona-se ser ele amigo dos filhos do Presidente.

Resultado de imagem para fotos bolsa de valores

A IPO da Via Varejo (Casas da Banha + Pontofrio) comandado pela XP, catapulta o preço das ações através de turbinagem de  notícias sobre a empresa "através de canais". Antigamente isso, talvez, se chamasse "interferência intencional". Em pouco tempo, segundo jornal especializado, as ações da Via Varejo  teriam passado de R$ 4,10 no início de abril para R$ 15,62. Teriam valorização de   281%.  Interessante...


Bibi Netanyahu, Premier de Israel, promete anexar parte do território legalmente Palestino. Aproveita a Pandemia para "passar esta boiada" (sic Salles). Trump lhe dá total apoio. Já, a União Europeia protesta..A operação segue os passos de um senhor muito agressivo quando, nos idos de 1938, incorporou, na marra, os Sudetos,  estes território da Checoslovákia. 


Resultado de imagem para foto do coronavirus

A "gripezinha" ja matou mais de 58.000 cidadãos brasileiros e parece não dar sossego por enquanto. Ainda, a Cloroquina, arma secreta do Planalto para derrotar o inimigo viral,  foi recém banida do Hospital Einstein, este, sim, de reputação indiscutível.  Resta saber se o eleitorado  vai se lembrar disto em 2022?

Resultado de imagem para foto biden

Com a queda de prestígio eleitoral do Donald, o novo esporte favorito dos analistas políticos é o de  adivinhar como os Democratas governarão os USA. Mais específicamente, como serão as relações de Washington  com o governo Bolsonaro? Será o Brasil prejudicado? A ver...

Blog de Geografia: Mapa do Afeganistão

Grande reboliço sobre ter a Rússia pago bonus aos Talibãs para atacarem tropa americana no Afeganistão. Contudo, nos idos dos anos 1990, os norte-americanos, em operação simétrica, supriam os mesmos guerreiros afegãos com armas sofisticatas para que  abatessem os soldados russos. Indignação e hipocrisia não raro andam juntas.




domingo, 28 de junho de 2020

Novos rumos?

Resultado de imagem para foto bolsonaro e decotelli


A semana se encerra com duas ocorrências simultâneas e promissoras.

A primeira foi a designação do novo ministro da Educação; a segunda foi o início de uma  relação pacífica e construtiva entre o Presidente Bolsonaro e  os outros dois Poderes.

Justo supor-se que o abandono da pugnacidade que vem caracterizando o atual governo se deva à ameaças que surgem no horizonte político e judicial.  Diversas ocorrências parecem convergir de forma a aconselhar Jair Bolsonaro a adotar o desarmamento político,uma vez que deverá, em futuro próximo, conquistar compreensão e apoio do judiciário e parlamento.

Quanto ao Judiciário, desafios despontam:

- As ações em andamento no Supremo Tribunal  sobre as agressões à estabilidade democrática envolvendo pessoas próximas ao poder,

- O caso Queiroz, tendo sua esposa como co-adjuvante, ameaçando a incolumidade do Senador  Bolsonaro.

- Adicione-se, ainda, as declarações comprometedoras feitas e por fazer, do advogado Frederico Wassel. De índole extrovertida e loquaz (e talvez vingativo), transita pelo instável campo das meias verdades e meias mentiras.

A mudança de rumo, que a nação espera persistir parece resultar tanto da influência militar quanto da equipe econômica, ambos setores em busca de tranquilidade.

Razoavel supor-se que a constatação pelo estamento militar que o rumo anterior se aproximava do ponto de ruptura, onde a confrontação prometia por resultado o esgarçamento senão o colapso institucional.

Ainda, a  necessidade imperiosa  de obter-se maioria parlamentar para a passagem das reformas fiscal e administrativa, essenciais ao enfrentamento da recessão post-pandêmica passa pela imprescidível distenssão política.

Quanto à posse do Ministro da Educação, dentro do espírito de distender os ânimos, esta parece revelar o abandono da indesejável preferência  ideológica que tráz no seu bojo a discórdia. Assim, a escolha de Carlos Alberto Decotelli difere daquela de seus antecessores, ambos  técnica e conceitualmente despreparados para o cargo.

A  seleção de um dos mais importantes ministros do governo, é lastreada em formação  robusta, como o de mestrado obtido na Fundação Getúlio Vargas, escola impecável. Já o contraditório sobre aspectos de seu curriculum-vitae, estes não parecem invalidar sua capacitação.

Hoje se atravessa momentos difíceis onde a concórdia torna-se essencial à solução dos desafios que o país enfrenta. Porém, o exemplo que favoreça o diálogo deve fluir do topo da piramide para que a confiança mútua seja fortalecida.









sábado, 20 de junho de 2020

Dose Dupla

Queiroz, ex-assessor de Flávio, é preso no interior de São Paulo ...


O que caracteriza uma boa ficção, dentre outros aspectos,  é a intensidade do relato, cheio de surpresas, tensão, perigos iminentes, escapadas, etc... Pois, no caso da presidência Bolsonaro a realidade supera a ficção, trazendo a baila personagens que bordejam o absurdo, alocuções que trancendem a verosimilhança, e gestos surrealistas que desafiam o crível.

Encurralado por seus próprio atos e palavras, Jair Bosonaro traz sobre si uma crescente onda de rejeição por aqueles que o apoiaram nas primeiras horas, que veem o governar como uma atividade a exigir o conhecimento, a calma, o bom senso que permitam a identificação, a análise e a implementação de iniciativas em beneficio da República e de seu povo.

Nada mais longe do que hoje se observa  no país. Na semana que se encerra duas ocorrências derramam sobre a sociedade a intranquilidade  que decorre de decisões e ações do primeiro mandatário.

A expulsão do Ministro Weintraub põe a nú a incompetência que envolve  sua nomeação. Tendo por galardão intelectual sua filiação às teorias de Olavo de Carvalho, onde o mundo terra-planista exige o combate às ameaças conspiratórias de forças globais inominadas, (ou nem tanto, uma vez que as Nações Unidas é identificada como o foco contaminador) o Ministro da Educação não teve tempo de cuidar de sua Pasta. Ocupado estava em identificar e combater os inimigos do governo, onde os Minstros do Supremo Tribunal Federal despontavam,  face à oposição destes às mensgens anti constitucionais que dele emanavam.

Não soube avaliar a realidade, traço constante do atual governo, e viu-se interpelado e ameaçado pelo ápice do Judiciário. Nem ele nem seu mestre, o Presidente, tiveram a força necessária para resistir a indignação moral e o repúdio legal. A demissão tornou-se necessára, mas não antes de,em fuga precipitada, embarcar o Sr.Weintraub, ainda com a imunidade que lhe dava o cargo ministerial, rumo aos Estados Unidos para reunir-se com seu mentor. Tenta escafeder-se de suas reponsabilidades legais, mas resta a dúvida se terá sucesso pois suspeita-se sua cumplicidade na disseminação de fake news e ameaças às intituições.

Porém, nesta semana quase burlesca, mais haveria de surgir...

Na esteira deixada por incúria prenha de consequências, onde as denuncias de "rachadinha" atingiam o Senados Flavio Bolsonaro  ao encerrar-se 2019, foram elas desprezadas revelando a crença que tanto o poder como o tempo apagariam as pegads da eventual impropriedade.

Mas assim não foi. De ferida à câncer cresceu o episódio, hoje alastrando-se em incontida metastase; Desde os emaranhados da reles gatunagem, onde o funcionário é obrigado de compartilhar seus ganhos com o chefe, até a suspeita associação com a criminalidade miliciana, o quadro torna-se cada vez mais sombrio.

Apos esconder-se durante perto de um ano em propriedade pertencente a advogado da família Bolsonaro, exilado no  modesto interior  pouco propício para escolha de temporada lúdica, Fabricio Queiroz é descoberto pela Polícia Federal. As revelações porventura obtidas, dele e da ainda foragida esposa, prometem angustia nos andares superiores da República, e, que se diga, da cidadania atônita.

Cabe um apelo cívico e construtivo: Presidente Bolsonaro, governe sem atrito dentro dos limites  constitucionais, onde os Poderes da República se respeitem e onde as divergências se contenham nos limites do vernáculo respeitoso. A Nação agradece.

domingo, 14 de junho de 2020

142


Constituição Federal: muito falada, pouco conhecida


O número mais em voga no país é o 142. Na análise e interpretação formal das entranhas constitucionais decidir-se-á a estabilidade e confiabilidade da democracia brasileira. Diz-se, nos bastidores do Executivo,  que seu texto constitucional abre as portas ao golpe militar, oferecendo a qualquer um dos Poderes da Repúblca, em caso de anomia institucional, o direito de convocação das Forças Armadas para o restabelecimento da Ordem.

A  fragilidade deste ítem constitucional reside na interpretação que permite sua aplicação, a qual pode ser subvertida por impulsos de interesse próprio, onde um Executivo, já contaminado pela militarização, e, apesar da insignificância cultural de um ex-tenente no comando do estamento militar, questiona em sua jornada autoritária os freios institucionais representados pelo Congresso e o Supremo Tribunal Federal.

Hoje se observa  que sete oficiais generais, além do Vice Presidente,  compõem o governo Bolsonaro, muitos ainda na  Ativa, além de centenas de quadros subalternos disseminados nas mais diferentes atividades, desde a Previdência  ao Ministério da Saúde, atividades pouco castrenses.

Já, em diversas ocasiões, advertências ameaçadosras  foram expressas por estes militares com o intuitode intimidar os demais Poderes: "não queremos golpe, mas não estiquem a corda...",  "se assim for, as consequências serão imprevisíveis..."...não vejo motivo (?) para isso (golpe militar)... ".

Estas e outras declarações não excluem a posssibiidade de um Golpe, pelo contrário, todas sugerem que as  "condições", se não existem no momento, poderiam eventualmente exitir para embasar o atropelo constitucional. Nenhum comentário emanado dos generais foi taxativo, tal como: "nenhuma circustância justifica a interrupção do processo democrático na sua plenitude por iniciativa das Forças Armadas;  são elas contrárias a qualquer ato que o  interrompa."

Dentre os generais no ministério Bolsonaro, ainda que a maioria está na reserva, alguns ainda são da  ativa, tal qual o Gen. Braga Neto. O contrasenso se acentua quando um general comanda a Casa Civil e outro, especializado em logística, não em saude, lidera o  Ministério da Saúde no auge de uma pandemia.

Diante deste quadro insólito no Executivo tem-se os demais Poderes, o  Supremo Tribunal Federal e o Congresso. O primeiro já age em defesa dos princípios constitucionais e democráticos, cuja preservação vem unindo as diversas correntes conceituais que o compõe.  Já a Câmara e o Senado tem por dever, além de rechaçar manobras anti-democráticas, redesenhar o texto do artigo 142 da Constituiçãod  de forma clara, que afaste a dubiedade que hoje se constata na sua interpretação. Ainda cumpre ao Congresso legislar que a reforma definitiva seja obrigatória ao militar que participe do Poder Executivo ou dos demais Poderes.

A progredir a militarização do governo, difícil será não tecer um paralelo com o movimento Chavista venezuelano, ainda que no outro extremo do espetcro político, onde a cooptação militar terminou por viabilizar a  instalação de uma ditadura. O risco aumenta face às sérias dificuldades que a República haverá de enfrentar nos próximos meses e anos, onde os desafios causados pela pandemia e pela consquente desesruturação econômica serão substanciais.









sexta-feira, 5 de junho de 2020

Geo-política Revisitada

Mapa Mundi com nome de todos os paises e capitais (com imagens ...

Que novo mundo emerge após a Pandemia? Talvez mais calmo para cuidar de suas feridas; talvez mais ativo para acelerar sua recuperação econômica, talvez mais raivoso por ter perdido muito tempo.

O planeta iniciou a década atual com quatro blocos de poder: Os Estados Unidos e seus  escudeiros, dentre os quais os países Anglo Saxões, Israel e o Japão. Ainda,  a União Europeia post Brexit; a Rússia; e a China.

Já, a India, populosa demais para ser satelite e pobre demais para ter protagonismo, altera sua preferência entre Washington e Moscou, enquanto evita as ameças chinesas.   Enquanto o Paquistão islâmico oscila entre um Washigton desconfiado  e Pequim interessado por seu acesso ao Oceano Indico, evitando a perigosa passagem pelo estreito de Malaca. Ambos são potencias nucleares, e manobram com o benefício da indefinição.

Quanto ao Oriente Médio e regiões adjacentes, cuja inconstância e instabilidade política, étnica e religiosa lembra os Bálcãs das primeiras décadas do Século XX, reflete os interesses conflitantes de potências externas como os Estados Unidos, Rússia e China. Somente a União Europeia se mantém discreta, dada à dílução de seu potencial determinismo internacional, inibida pela diversidade nacional, cultural e política que a compõem.

Esta região, maior produtor mundial de petróleo, o ouro negro condenado à irrelevância, porém ainda não hoje, desestabilizada no rescaldo da intervenção norte-americana pela desestruturação da solução Curda, pelo aprofundamento da brecha entre Sunitas e Xiitas, pelo contínuo expansionismo israelense com o beneplácito de Washington, pelo despertar político-militar da Arábia Saudita, por um Irak ambivalente em sua proximidade com os Estados Unidos e o Irã, e por uma Síria, apoiada pela Rússia, afirmando sua soberania sobre as forças rebeldes a um enorme custo humantário.

Em seu entorno, as potencias emergentes, Turquia e o Irã, fazem valer o seu peso na balança político-militar. O primeiro, ainda que membro da OTAN, mantém seus objetivos regionais a despeito de interesses norte-americanos. O segundo demonstra surpreendente resiliência política e capacidade tecnológica, dentro de quadro claramente hostíl à Washington e seus aliados. Em ambos os casos mantêem relações próximas com Moscou.

A África, a grande esquecida a não ser quando eventos ferem os interesses ocidentais,  ainda se recupera de logo período de submissão imperial; é uma colcha de retalhos onde diferenças étnicas e diversidade religiosa resultam em caleidoscópio de infinita variança. A mais relevante e bem vinda novidade decorre do interesse crescente da China por suas matérias primas, o que, por sua vez, promete levar outros blocos à competição.

Na América do Sul, históricamente sob a tutela indireta dos Estados Unidos,  observa-se iniciativas políticas da Rússia, usando a Venezuela para fustigar os Estados Unidos como no passado fizera com Cuba. Já a China acentua sua influência econômica, sobretudo junto ao Brasil e Argentina. 

Face ao desequiíbrio das forças tradicionais causado pela notável expansão do poderio econômico e militar da China,  ajustes estratégicos pós-pandêmicos se impõem ao adentrar o mundo na segunda década do Século XXI.

As fortes mudanças no quadro internacional trazidas pela eleição de Donald Trump, onde os interesses nacionais suplantam o compartilhamento de interesses internacionais, impõem uma reavaliação dos efeitos de tal política junto aos demais polos geo-políticos. Tal revisão afeta as relações, tanto econômicas quanto políticas, com os demais blocos.  Destaca-se o contencioso Estados Unidos-China. O neo-isolacionismo que ora se instala em Washington acirra a competição e, face à seu inigualável poder, leva à imposições estremadas que favoreçam tanto o congelamento competitivo, negando o mercado norte americano aos produtos chineses, quanto ao uso de instrumentos econômicos como a manipulação de tarifas bem como ao impedimento regulatório de fluxos monetários e comerciais.

O perigo reside na intransigência e abrangência negocial. Se tal redundar na interrupção do crescimento econômico chinês ou negação ao acesso de imprescindível matéria prima por pressão externa norte-americana, terse-ia, talvez por involuntário erro de cálculo, a geração de um casus belli. Senão um conflito generalizado, “incidentes militares” poderiam ocorrer cujo desdobramento seria imprevisível.

Tal hipótese agravar-se-ia na busca por alianças, estas constrangidas pelo teor nuclear do potencial conflito. Para onde penderiam as demais potencias nucleares? A  Rússia,  formidável potencia militar, tornar-se-ia o fiel da balança? Ou Moscou prefereria vender caro sua neutralidade? E a União Europeia, arriscaria uma renovada destruição, de sua gente e de seus tesouros culturais, num conflito nuclear? Ou tenderia à neutralidade? Os asiáticos, Coréia do Sul e Japão, atrever-se-iam a desafiar o dragão chinês? Pouco provável.

Manifestações passadas de líderes chineses, a começar por Mao Tse Tung, acentuam seu destemôr pela arma nuclear, assim abrindo a porta ao seu uso contra o adversário. Esta posição parece escudada na sua mega população onde as mortes tornar-se-iam mera estatítica.. Por outro lado, a aceitação do risco de obliteração, mesmo que parcial, parece inaceitável para os Estados Unidos e seus aliados. Assim, parece que o trunfo principal pertence à Pequim, por devastador que seja.

O slogan “America First” deve ser recalibrado para ajustar-se à nova realidade geo-política do Século XXI. Também, a China de Xi Jinping é responsável pela crescente aspereza do diálogo, divergindo do conselho de Xiao Peng à China, de manter um Low Profile em sua ascensão. Ainda, e talvez o mais importante fator transformador e preocupante do Império do Meio, tenha sido a abolição da liderança a prazo determinado anterior à Xi Jingping, que hoje reina sem limite temporal..

Assim, a prudência recomenda que na sua relação com a China, aos Estados Unidos cumpre negociar e ganhar tempo. Washington deve buscar regras equitativas em seu comércio com Pequim  sem, contudo, gerar tensões indesejáveis no campo politico.  À medida que a China prospere em seu capitalismo semi estatal, tão maiores serão os benefícios obtidos em ambiente pacífico, aproximando-se gradualmente, como já acontece,  aos valores comuns ao Ocidente. 

Parece razoável concluir-se que a política externa norte-americana deve favorecer, e não confrontar, a jornada chinesa em direção ao capitalismo.  Assim adubam-se os interesses comuns. 

A pensar...