terça-feira, 18 de dezembro de 2018
Lá se vai o ano...
2018 não foi fácil para Gaia, a Mãe Terra. Sobretudo no Ocidente, a Farsa de mãos dadas à Tragédia. O sofrimento espalhou-se, venezuelanos esfomeados pela promessa do distributivismo, árabes explodidos por crenças e contra-crenças, negros sob estado de sítio no louro paraíso, africanos famintos em terra ressecada, europeus enraivecidos pelas imigrações auto-infligidas, ingleses (não são europeus) sem saber a que terra pertencer. Enfim, o Ocidente não parece ir bem.
No entanto, o Oriente parece ignorar as nuvens negras do outro hemisfério. Economias pujantes, populações enriquecendo, políticas estáveis. Será a sua vez, estará chegando àqueles olhos fendados o vislumbre dourado?
Pouco provável. Donald Trump, cada vez mais assertivo, descartando como supérfluas as realidades que o cercam, exerce o que acredita ser sua infalibilidade. Da arrogante ignorância busca ressuscitar o finado Mercantilismo como base para o enriquecimento solitário de sua pátria excepcional. Busca enriquecer empobrecendo os demais. Transforma a complexidade dos fluxos financeiros e comerciais que regem o globo, azeitados pelos estímulos diplomáticos e pelas agências multinacionais, em simples paródia aritmética.
O mundo empresarial já percebeu que vai dar ..., bem, problema. Wall Street, the City, la Bourse todos nervosos; os juros em gangorra, Big Business em dúvida.
Enquanto a trama procede, o Brasil, mais uma vez, inova! Viva a jabuticaba! O presidente-eleito, rompendo as tradições de nossa competente política externa (com exceção do breve amadorismo esquerdista onde a ideologia tomou precedência, e não os permanentes interesses do Brasil) parece seguir caminho que lembra os erros do PT, porém com sinal trocado.
O amadorismo aí está, quando confunde como hostil e inevitável o choque entre culturas quando apenas revelam um mundo em mutação e não o confronto entre as civilizações Ocidental e Oriental. Propõe o alinhamento do Brasil à uma das facções em vez de confraternizar com todos os players internacionais. Como estratégia busca, ainda, a subordinação (não tendo estatura para ser aliado) aos Estados Unidos, cujos objetivos estratégicos de manutenção de sua liderança mundial pouco têm em comum com os do Brasil. Ao optar por unir seu destino político aos arroubos de um magnata-político de duvidoso equilíbrio e jejuno em questões internacionais arrisca provocar represália daqueles países cujos interesses, até o momento, coincidem com os do Brasil.
Tem solução? Sim, tem. Jair Bolsonaro é inteligente e instruído. Nos primeiros meses de seu governo dar-se-á conta dos erros cometidos nos primeiros passos de seu mandato. Com o auxílio de seus colaboradores, sobretudo de "seus" generais livres da corrosão ético-política, poderá construir uma base sólida para reformar a Nação.
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