terça-feira, 14 de abril de 2015

CURTAS

OBSERVAÇÕES DE BOLSO

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Na terra dos franceses, muito se conversa sobre politica, mas de preferência dentre àqueles do mesmo campo doutrinário. Debates com o adverário ideológico são penosos, podendo levar ao rompimento de relações entre amigos. Em reuniões polidas, pisam-se em óvos, evitando melindrar este ou àquele. Quando muito, um silêncio constrangedor segue-se ao comentário imprudentemente oferecido. Trata-se, de assunto "pessoal", no restrito sentido inglês, onde a fronteira é inviolável.

Já, neste campo, o brasileiro é mais democrático, pois apesar da habitual vemência dos argumentos, raro será testemunhar-se o rompimento de laços de amizade.


Como no Brasil, a esquerda também anda desmoralizada na França. Dilma não mais comanda a preferência pública, pelo contrário, arrasta-se pelos níveis mais baixos que a estatística permite. Com Hollande, acontece o mesmo. Em ambos os casos os gastos da maquina estatal mantiveram-se excessivos, de forma a impedir o equilibrio orçamentario, enquanto os sacrificios trazidos pela alta dos impostos não oferecem a solução prometida.


Ambos enfrentam sérias desavenças no âmago de seus partidos. Curiosamente, tanto o governo PT como o Socialista Francês, confrontados com a ineficácia de suas políticas econômicas, são levados, a contra-gosto, na busca da ortodoxia econômica encontrar os últimos sopros de oxigênio que poderão evitar o desastre eleitoral nas próximas eleições.



NOVAS JOGADAS NO ORIENTE MÉDIO

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O conflito entre a Aliança Saudi-Sunita e o Campo Xiita se amplia. Do lado Sunita, a compra de mais aviões franceses, os Raffalle, pelos Emirados Árabes, está em vias de conclusão. A corrida armamentista está em progresso.  O objetivo inicial é a derrota dos Yemenitas Xiitas, contudo a desestabilização do Irã seria o objetivo final.


A entrada de duas potências nesta lissa, os Estados Unidos, mediante servições de inteligencia e treinamento para Riad e seus parceiros, e a Rússia, vendendo à Têerã seus foguetes anti-aéreos S300, de última geração, adicionam os ingrediantes para a expansão, talvez descontrolada, do conflito.


A Al Qaeda yemenita penhorada agradece.




NOVA ERA NAS AMERICAS

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A recente reunião dos estados Pan Americanos no Panamá contrastou com outras anteriores. Àquelas, polarizadas pela intransigência norte americana por uma lado, e pela indisfarçavel antipatia de muitos países latinos contra Washington, raramente terminavam de forma construtiva. Seria razoável concluir-se  que residia na relaçao Washington-Havana o pômo da discórdia continental.


Barack Obama, em passe de mágica, alterou o clima, retirando do clube dos bolivarianos e simpatizantes o seu leit motif pro-Cuba. A cordialidade explícita dos encontros Obama-Raúl colocou por terra aqueles argumentos dos esquerdistas radicais, defensores da utópica independência à outrance, que, no final das contas, se revela suicida no mundo globalizado.


A reunião recém encerrada poderá dar início a uma nova era de colaboração no hemisfério, desde que a progressão se dê com tacto e sabedoria, por ambas as partes. Tanto a retirada de Cuba da lista dos Estados terroristas, como o término das sanções econômicas serão condições sine qua non.

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