terça-feira, 12 de novembro de 2024

O Estupro de Gaza





Ninguém em sã consciêrncia poderá justificar o crime hediondo cometido pelo Hamas ao raptar e assassinar mais de milhar  de jovens Israelis enquanto reunidos em festas e brincadeiras nos confins  de Gaza.

Porém , ninguém poderá justificar a represália Israelense obliterando a região e cidades de Gaza, matando mais de 40.000 homens, mulheres e crianças Palestinas, onde a esmagadora maioria inocente foi sacrificada.

Com justa indignação, porém desvairada decisão, citando trecho cruel da Bíblia, escrito há milhares de anos quando o Homem ainda era bárbaro, Netanyahu enunciou: em represália mataremos todos os homens mulheres e crianças, cavalos e cachorros que habitam a região de Gaza onde o cruel crime ocorreu.

Desprezando os Séculos de maturação das regras morais e de movimento civilizatório, o líder Israelense (cujo apelido de BiBi lembra a inocência infantil) retornou à Idade das Trevas; levando consigo (provavelmente à contra-gosto) a imagem do país que comanda,  assim procedendo como se fora uma competição de maldades e não uma justa punição por crime cometido.  

Em ajuste contabil macabro, o preço é pago por milhares de inocente, de ambos os lados, seja Hamas, seja Israel, por cada vítima, também inocente, do crime cometido pela incapacidade de encontrar-se o caminho da tolerãncia mútua. Até hoje, de parte à parte rege a selvageria sob o império da Vingança.      

A tragédia hmanitária em Gaza decorre de "punição coletiva" a exemplo dos assassinatos potencializado do masscre na cidade Tcheca de Lídice, perpretado pela Alemanha Nazista. Abandonado(1) foi o conceito de "Justa Retribuição" o que caracteriza a evolução civilizatória do conceito de Justiça. Assim, recorre-se, não à Justiça, mas ,sim, à Vingança.

E, como parte da vingança,  tem-se a recente prohíbição, por Tel Aviv, da atuação da agência das Nações Unidas (a UNRWA) que traz socorro médico e alimentar à população dizimada de Gaza. Fica ela entregue à própria tragédia, buscando auxílio nos escombros dos  hospitais bombardeados.

Sem dúvida, à Israel cabe o direito de defender-se e neutralizar as forças inimigas, infiltradas dentre da população civil. Tal combate, respeitando-se a imposição moral de resguardo da população civil, requer o emprego de sua tropa que, auxiliada pela sua conhecida  eficiente rede de informação, identifique e elimine as fontes do terrorismo palestino. 

E porque existe tal terrorismo. É ele exclusivo das forças Árabes. A resposta é: Não. Tanto Judeus quanto Árabes recorrem ao terrorismo em busca de validar seu domínio territorial.

Tal terroContudo, a atual condição geo- politica em Gaza decorre, em  parte relevante, do domínio político-militar israelense sobre os três milhões de  Palestinos que lá habitam há décadas, que precedem o Estado de Israel.  

Contudo mais vale olhar para frente, onde novas condições sejam criadas que permitam a convivência pacífica e construtiva entre estes dois povos, hoje inimigos. A formula é hoje aceita pelas nações líderes do Ocidente como a de um reequilíbrio político entre  os povos Palestino e Judeu, ao recomendar a criação de um Estado Palestino em terras hoje majoritáriamente por eles habitadas, assim oferecendo, por um lado,  sua libertação política e , por outro, sua responsabilização pelos seus atos perante a comunidade internacional. 

Neste Século XXI não mais se justifica tornar a relação entre estas duas Nções como se dependente fosse sua posse dos territórioa da região validada por  teor religioso e não pela realidade política, assim desprezando a evolução política e demográfica ocorrida no último Século.

Para extirpar o veneno que na região ainda hoje impera, causa de conflito infindável entre Judeus e Árabes, é essencial o redesenho geográfico que permita a  Paz na região. Esta será uma conquista civilizatória pelas partes envolvidas, viabilizando um futuro prospero e feliz pela esperança de Paz aos vizinhos e aos que lá habitam. Persistir no formato atual, fonte de ódio e mortes, equivale condenar à Negro Futuro aos que lá estão e nascerão.

A Comunidade Internacional não mais aceita a subserviência religiosa que até hoje tem norteado o ambiente´de ódio que até hoje pérsiste. Ainda, este tumor que infecta os espiritos e a racionalidade há de causar catástrofes em creswcente escala. 

O futuro Estado Palestino, composto pelos territórios hoje preponderantemente habitados por Palestinos, ou seja, a Faixa de Gaza e a banda Oeste da Cisjordânia, (esta  já concedida aos palestinos pelas Nações Unidas), seria o berço de uma nova realidade, tornando possível a concordia entre os oponentes.  Para Israel, vista a insignificancia numérica de seus habitantes que lá residem,  pequeno será o preço pago pela relocação de seus  imigrantes ilegais na Cisjordânia, face à conquista de tão grande benefício. Em troca haveria o enserilhamento das armas, trazendo consigo a paz social, polírica, financeira  e théológica.  

Que o bom senso prevaleça e que as desgraças cessem.




 (1) Hoje a região da Cisjordânia vem sendo sendo  invadida por "imigrantes" israelenses com o apoio ostensivo do governo de  Israel, tornando quase impossível sua independência como Estado Palestino..  

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Um Novo Mundo?



Justo esperar-se por uma avalanche de dados, pensamentos, afirmações e conclusões ao instalar-se a Inteligência Artificial no nosso cotidiano. Em intensa concorrência com o conhecimento acumulado  ao longo de vidas, ter-se-á a inteligência virtual.

Sem dúvida a sabedoria acumulada nas bibliotecas, transformada em "inputs" para a nova formulação eletrônica em muito contribuirá para o desenvolvimento de pesquisas bem como elemento  potencializador do pensamento humano.

Tratar-se-a  de um notável salto na solução de enigmas até hoje insuperáveis, de novos horizontes no mundo cientifico, na longevidade graças ao aperfeiçoamento da ciência. Novo instrumental econômico será criado, e as guerras talvez sejam menos sangrentas. Será um "Brave New World"¹ onde o Homem terá crescente domínio sobre seu futuro, relegando as armadilhas e viscicitudes bem como neutralizando os perigos existenciais.

No entanto, milagres não vêem sós, uma vez que o advento da IA resulta em mudanças estruturais,  tendo por efeito a necessária   adaptação à nova configuração social. Talvez seja o início da decadência das atuais regras que regem a Humanidade? A antropologia, a genética, a psicologia revela cabalmente que sem o desafio, nem a mente nem o corpo se fortalece. Sob crescente aperfeiçoamento e uso do instrumento "AI", barreiras até então intransponíveis serão facilmente vencidas, com progressiva aumento de poder da elite dominante. 

Contudo, como se muleta fosse, parcela relevante da população, vítima de modesta educação, dela se servirá, não como instrumental para romper novas barreiras, mas, sim, relegando o desafio intelectual em prol do receituário de simplificada sobrevivência. Como consequência, a clivagem econômico-social, será acentuada a ponto de criar dois "mundos" díspares.  A ver...       

domingo, 29 de setembro de 2024

Febre Alta

 


O planeta está febril, seu quadro clínico revela sintômas de infecção nuclear...

Com a disseminação do poder Nuclear torna-se necessária a revisão das praticas seculares nas relações internacionais e a consequente diplomacia. A frase recém lançada  por Condoleeza Rice, ex ministra das relaçõe Exteriores dos Estados UNidos, ao comentar o atual relacionamento entre as potências globais, merece especial atenção:  "Great powers don’t get to just mind their own business."

Esta frase bem reflete o que tem caracterizado  o jogo entre os Poderes neste e nos Séculos passados. Contudo, parece extremamente imprudente manter-se a máxima  acima citada, pois  um novo fator, a dissminação do Poder Nuclear, não deve ser desprezada ao sugerir ajustes.

Além das atuais potências nucleares, Estados Unidos, Russia, França, Grã Bretanha Israel tem-se a emergência de novo "player", a China. Uma potância de mais de bilhão de seres já dominando  os segredos nucleares exige profunda revisão do grau de interferência entre nações  até hoje em voga.

A frase lapidar de Condoleeza melhor se aplica ao passado. Hoje, a relação das potências nos assuntos alheios passam a exigir maior sensibilidade e cautela, ao reconhecer os limites erguidos pela tecnologia.    

No campo nuclear, a superioridade norte-americana cede sua primazia à Rússia cujo arsenal parece ser equivalente. Ainda, pode se estimar que, em breve, a China também terá uma crescente  presença nuclear, aumentando, a pressão sobre Washington. Neste caso, a soma dos arsenais russo-chineses poderá levar os Estados Unidos à ação preventiva, antes que a aliança adversária atinja a plenitude  de seu poder. 

São muitos os episódios onde a história revela que a emergência de nova potência, contestando a primazia do poder reinante, gerando em progressão geométrica a tensão internacional face à sucessão de medidas defensivos e ofensivos. Lícito esperar-se a evolução desta tensão, podendo levar ao conflito mundial.     

Assim, torna-se urgente o recurso à diplomacia, reconhecendo com a devida prudência as ambições das partes, negociando um  novo equilíbrio. Dificilmente haverá a desnuclearização dos arsenais uma vez que a amplidão das populações asiáticas desequilibra a paridade de poder convencional entre Oriente e Ocidente.

A iniciativa Norte Americana, onde a cooptação da Ucrânia para a OTAN feria claramente a segurança da Russia, revelou que o "perigo russo" é  uma ilusão, como cabalmente confirma a evolução da guerra russo-ucrâniana desde que se atenha aos arsenais não nucleares.  Com a dissolução da União Soviética, o poder bélico de Moscou é uma palida imagem de seu passado. Já, seu imenso poder nuclear. não deve ser desafiado.

Assim como o Pacto de Varsóvia foi extinto voluntáriamente pelo presidente Yeltsin, não houve a contrapartida esperada do Ocidente com a dissolução da OTAN. Ainda, o relevante enfraquecimento do exército russo, revelado pelo atual conflito com a Ucrânia, acentua probabilidade de recurso extremo à solução nuclear como única forma de garantir à Russia condições de defesa. 

Não mais tem-se a estratégia russa ampliando sua expansão geográfica, o mesmo se aplicando à China. Já do lado Occidental revela-se um animus expansionista (vide acima) sob a égide de "política preventiva". Esta deve ter limite.

Do ponto de vista das armas nucleares, quanto mais fraco o adversário, mais perigoso se torna. Um novo equilíbrio de poder deve ser desenhado pelas grandes potências, atenuando a agudeza das arestas.   Este retomado diálogo traria novo alento para a pacificação do Planeta.  

A ver...

    


1. "As granndes potências não só cuidam de seus assuntos."

terça-feira, 17 de setembro de 2024

O Cérebro e a IA

 


De primordial importância, e como ímpeto civilizatório, tem-se a evolução dos meios de comunicação, evoluindo do gesto para a simples fala, seguida da invenção da escrita. Assim, tem-se a disseminação do pensamento, e hoje, uma nova etapa sob a regência da eletrônica em suas diversas formas.


À todos, com exceção daqueles manietados por extrema indigência conômica, condenados à ignorância, tem sido dadas as condições de acesso ao conhecimento acumulado pela sociedade. Cria-se assim, um “level playing field” onde ao Homem é dada a mesma oportuniade intelectual.*


Nâo deve ser esquecido, porém, que a pobreza, a má saúde, e a ocasional estreiteza mental criam condições adversas à plena igualdade de oportunidades. No entanto, se considerarmos a adoção de políticas públicas adequadas, criam-se condições para que a classe média que compõem a base da sociedade global resulte em embasamento cultural disseminado globalmente pela eletrônica na direção de uma gradual semelhança culural dentre as nações.


Aceita esta premissa, mais eficaz tornar-se-á a aplicação da Inteligência Artificial no âmago das culturas multiformes do planet. Delega-se, assim, ao computador, ainda que parcialmente, o Livre Arbitro, este essencial ao lastro cultural e psicológico do Individuo. A usurpação do poder decisório humano pelas fórmulas sintectisadas pelo Computador não poderão substituir a míriade de condições variaveis que efetam, não sómente a lógica do processo decisório humano. A “intuição”, a “premonição”, a "experiência da vida" bem como a “emoção”, elementos essenciais no processo decisório, não terão réplica eletrônica.


A conformação binária e ascética da fórmula computacional não poderá subtituir a multidude de bits e bytes e as emoções que o cérebro humano produz e contêm.


segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Redes Sociais



A ubiquidade das redes sociais torna-se cada vez mais evidente. Este instrumento de comunicação íntima e interncional abrange todos os povos e nações. Apesar de seus usuários espalharem-se pelo mundo afora, no que no Brasil  observa-se por fonte inquestionável a influência cultural norte-amricana, criadora deste novo instrumento de comunicação.  Reflete, assim, sua influência nas sociedades receptivas, gradualmente modificando suas preferências e valores  . E por boa razão, pois o número de internautas daquela região supera, em bom numero, a dos demais países e suas culturas.  

Por um lado, a internacionalizção da comunicação individual, caracterítica destas redes, expõe culturas  díspares levando-à um denominador comum, onde o diálogo quase intuitivo  se despe de sotisficação, refletindo emoções não raro primárias e conhecimentos básicos assim derrubando as respectivas  muralhas culturais. Esta miscigenação de pensamento, revela, tambem, a crescente intrusão de novos  valores oriundos das fonte mais stivas e penetrantes, influido de forma crescente sobre hábitos e valores dos destinatários de tendência mais passiva.

Tal se observa no scenário brasileiro, onde crescentes efeitos sobre sua cultura tradicional, esta de origem européia, bem mais contida do que o arroubo comportamental trazido pela fonte preponderante, ou seja, os Estados Unidos. 

No quadro abaixo observa-se a notável expansão internauta nos Estados Unidos e no Brasil, estes interagindo graças à familiaridade com os idiomas recíprocos. Já, as redes asiáticas, apesar de seus  idiomas herméticos, a todos superam graças às suas imensas populações. 


  • 1) Número de internautas p/países:

  • China                  1.032.000.000                     2021

    Índia                      824.890.000                 2022

    Estados Unidos    307.200.000                  2022

    Indonésia             196.000.000                  2020

  • Brasil                    165.300.000                 2022







segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Um Novo Brasil


Os Séculos passam e as sociedades se acomodam aos valores vigentes. Rarmente vê-se alteraçãos significativas na sua estrutura cultural, estabilidade esta decorrente da prevalência étnica que se verifica dentre a maioria das nações mundo afora.

Mas, não é o caso do Brasil. Desviando-se da experiência que parece dominar o planeta, tem-se no Brasil uma experiência única dentre as nações relevantes pela sua presença no quadro internacional. Constata-se que sua configuração racial, dominante e majoritária de origem europeia vê-se, após cinco Séculos, superada, abrindo espaço para uma nova maioria, esta de origem africana.  

No Brasil, com sua histórica e sábia tolerância racial herdada dos colonizadores portugueses, permitiu tamanha mudança sem que surgisse os conflitos e resistências que, em outros continentes e países, geraram reações impiedosas, mortes e rios  de sangue. Não, aqui nesta terra generosa, coube a  adaptação e a miscigenação.

Esta terá por base, sobretudo, a política, pois será ela que regerá o processo de conciliação interna, atenuando as tensões crescentes que acompanham toda mudança de Poder. A Demografia ascende um sinal de alerta, demandando a priorização da Educação dos mais modestos aos mais exaltados centros de instrução. 

Quanto mais conhecimento for oferecido às classes ascendentes tanto mais suave será a inevitável rearrumação da sociedade, tanto cultural quanto políticamente. Tal projeto torna-se prioritário, tática e estratégicamente, para a Nação.  

Também, o discurso político deve abster-se de extremado protecionismo dos privilégios consolidados e enquistados  pelo  status-quo-anti quando em busca de um novo status-mutandi. O ponto fulcral será o Legislativo, onde a mutação genética do quadro eleitoral terá reflexo na composição do Parlamento e demais Poderes,  a partir do qual ter-se-á a construção de um novo equlíbrio social gerando os direitos e deveres deste novo Brasil. 

Tal tendência parece inexorável, e qualquer tentativa para alterá-la terá por consequência a fragilização do Estado de Direito com suas perigosas consequências políticas e sociais.     

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Terá a 3a Guerra Mundial Começado?

 


Incursão Ucranina em territótio Russo
(acima da fronteira )


O observador atento ao conflito Ucrânia vs. Rússia teria boas razões para ficar preocupado, muito preocupado. A cartilha que descreve o início de uma conflagração mundial se reflete no atual quadro bélico entre Kiev e Moscou.

Incapaz de atingir seus objetivos, ou seja a derrota do exército ucrâniano, a Russia ora vê seu próprio território invadido apoderanso-se o inimigo na famosa¹ região de Kursk sem que tenha podido vencer seu inimigo. Esta brilhante e surpreendente manobra de Zelenski e seus generais estabelecendo a presença do exército ucraniano em solo russo  deixa Moscou política e militarmente vulnerável no seu âmago. Exige, assim, pronta contra-ofensiva, pois o tempo agrava o mal estar nacional.

Porém, para tal, serão exigidas novas Divisões de seu exército, muitas ja empenhadas na região do Donbass e Criméia. Assim, as reservas existente podem não ser suficiente, levando Moscou à intensificar sua política de recrutamento, agravando, ainda mais, o mal estar politico já existente. 

A gravidade que ora enfrenta Moscou, tendo o inimigo dominando parcela da "Mãe Russia", traz consigo forte conteúdo estratégico, político e emotivo exigindo a expulsão inimiga de seu território. 

Para tal, o exército russo terá que lidar, com um adversário fortalecido com recursos e armamento de última geração providos pelos Estados Unidos e parte da Europa Ocidental. Tal situação de perigo. senão de fragilidade,  possivelmente leve Putin ao uso de armas táticas nucleares. 

Neste scenário de extremo risco e face à potencial plena nuclearização do conflito,  não seria impensável ver-se o comando militar russo, em forte desacordo com o presidente Putin, optando, assim, por sua destituição e o início de negociações com os Estados Unidos para resolução do conflito.    

A ver...

1) Foi nesta região que Stalin derrotou a "ponta de lança" da invasão Nazista na Russia, iniciando sua progressão até a queda de Hitler em 1945.