Ninguém em sã consciêrncia poderá justificar o crime hediondo cometido pelo Hamas ao raptar e assassinar mais de milhar de jovens Israelis enquanto reunidos em festas e brincadeiras nos confins de Gaza.
Porém , ninguém poderá justificar a represália Israelense obliterando a região e cidades de Gaza, matando mais de 40.000 homens, mulheres e crianças Palestinas, onde a esmagadora maioria inocente foi sacrificada.
Com justa indignação, porém desvairada decisão, citando trecho cruel da Bíblia, escrito há milhares de anos quando o Homem ainda era bárbaro, Netanyahu enunciou: em represália mataremos todos os homens mulheres e crianças, cavalos e cachorros que habitam a região de Gaza onde o cruel crime ocorreu.
Desprezando os Séculos de maturação das regras morais e de movimento civilizatório, o líder Israelense (cujo apelido de BiBi lembra a inocência infantil) retornou à Idade das Trevas; levando consigo (provavelmente à contra-gosto) a imagem do país que comanda, assim procedendo como se fora uma competição de maldades e não uma justa punição por crime cometido.
Em ajuste contabil macabro, o preço é pago por milhares de inocente, de ambos os lados, seja Hamas, seja Israel, por cada vítima, também inocente, do crime cometido pela incapacidade de encontrar-se o caminho da tolerãncia mútua. Até hoje, de parte à parte rege a selvageria sob o império da Vingança.
A tragédia hmanitária em Gaza decorre de "punição coletiva" a exemplo dos assassinatos potencializado do masscre na cidade Tcheca de Lídice, perpretado pela Alemanha Nazista. Abandonado(1) foi o conceito de "Justa Retribuição" o que caracteriza a evolução civilizatória do conceito de Justiça. Assim, recorre-se, não à Justiça, mas ,sim, à Vingança.
E, como parte da vingança, tem-se a recente prohíbição, por Tel Aviv, da atuação da agência das Nações Unidas (a UNRWA) que traz socorro médico e alimentar à população dizimada de Gaza. Fica ela entregue à própria tragédia, buscando auxílio nos escombros dos hospitais bombardeados.
Sem dúvida, à Israel cabe o direito de defender-se e neutralizar as forças inimigas, infiltradas dentre da população civil. Tal combate, respeitando-se a imposição moral de resguardo da população civil, requer o emprego de sua tropa que, auxiliada pela sua conhecida eficiente rede de informação, identifique e elimine as fontes do terrorismo palestino.
E porque existe tal terrorismo. É ele exclusivo das forças Árabes. A resposta é: Não. Tanto Judeus quanto Árabes recorrem ao terrorismo em busca de validar seu domínio territorial.
Tal terroContudo, a atual condição geo- politica em Gaza decorre, em parte relevante, do domínio político-militar israelense sobre os três milhões de Palestinos que lá habitam há décadas, que precedem o Estado de Israel.
Contudo mais vale olhar para frente, onde novas condições sejam criadas que permitam a convivência pacífica e construtiva entre estes dois povos, hoje inimigos. A formula é hoje aceita pelas nações líderes do Ocidente como a de um reequilíbrio político entre os povos Palestino e Judeu, ao recomendar a criação de um Estado Palestino em terras hoje majoritáriamente por eles habitadas, assim oferecendo, por um lado, sua libertação política e , por outro, sua responsabilização pelos seus atos perante a comunidade internacional.
Neste Século XXI não mais se justifica tornar a relação entre estas duas Nções como se dependente fosse sua posse dos territórioa da região validada por teor religioso e não pela realidade política, assim desprezando a evolução política e demográfica ocorrida no último Século.
Para extirpar o veneno que na região ainda hoje impera, causa de conflito infindável entre Judeus e Árabes, é essencial o redesenho geográfico que permita a Paz na região. Esta será uma conquista civilizatória pelas partes envolvidas, viabilizando um futuro prospero e feliz pela esperança de Paz aos vizinhos e aos que lá habitam. Persistir no formato atual, fonte de ódio e mortes, equivale condenar à Negro Futuro aos que lá estão e nascerão.
A Comunidade Internacional não mais aceita a subserviência religiosa que até hoje tem norteado o ambiente´de ódio que até hoje pérsiste. Ainda, este tumor que infecta os espiritos e a racionalidade há de causar catástrofes em creswcente escala.
O futuro Estado Palestino, composto pelos territórios hoje preponderantemente habitados por Palestinos, ou seja, a Faixa de Gaza e a banda Oeste da Cisjordânia, (esta já concedida aos palestinos pelas Nações Unidas), seria o berço de uma nova realidade, tornando possível a concordia entre os oponentes. Para Israel, vista a insignificancia numérica de seus habitantes que lá residem, pequeno será o preço pago pela relocação de seus imigrantes ilegais na Cisjordânia, face à conquista de tão grande benefício. Em troca haveria o enserilhamento das armas, trazendo consigo a paz social, polírica, financeira e théológica.
Que o bom senso prevaleça e que as desgraças cessem.
(1) Hoje a região da Cisjordânia vem sendo sendo invadida por "imigrantes" israelenses com o apoio ostensivo do governo de Israel, tornando quase impossível sua independência como Estado Palestino..