quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Lidice

                                         

                                                         Cartaz inglês durante a 2a Guerra Mundial


Em 1942 houve um atentado fatal, nos arredores da pequena cidade de Lidice na Checoslováquia onde o interventor militar Nazista, Reinhard Heydrich, foi morto pelos rebeldes tchecos em sua luta contra a ocupação alemã.

Sobre esta matéria, diz a Enciclopédia Britânica:

"A vingança alemã causou perto de 1500 mortes em toda a Tchecoslováquia e se estendeu a parentes e amigos de resistentes e integrantes da elite do país, suspeitos de deslealdade e fatos como o de Lídice. Esta aldeia foi escolhida para o massacre de seus habitantes por ser reconhecidamente uma vila hostil aos invasores alemães e também por ser suspeita de ser ponto de reunião dos assassinos de Heydrich (que acabariam se suicidando em Praga quando estavam prestes a serem presos pela SS)."

Diferente de outros crimes de guerra que os nazistas cometiam na época e mantinham em segredo, a propaganda alemã fez questão de anunciar publicamente ao mundo os eventos de Lídice, como uma ameaça e um aviso à população cativa da Europa então ocupada pela Alemanha. A notícia causou uma onda de terror e indignação mundial, ocasião em que a propaganda britânica aproveitou o fato para alardear os crimes do III Reich e promoveu um filme sobre o genocídio (A Vila Silenciosa)."

Hoje a História se repete; Gaza arrasada com, até agora, 14.000 civis mortos dentre os quais milhares de crianças e mulheres reflete um Pathos de vingança a qualquer custo, indo além da justa retaliação militar. Israel não deve ceder à este impulso. 

Porém. o que foi feito, feito está. Os países líderes deste triste planeta devem exercer toda sua influência para preservar o cessar-fogo, interrompendo o massacre até agora ocorrido. Também, a criação do Estado Palestino subtrai o argumento pela revolta violenta, abrindo as portas à uma Paz duradoura. Por seu lado Netanyahu deve abandonar o impulso da vingança e buscar uma solução para agora e o futuro.

A perdurar o conflito, não apenas ter-se-á o acumulo de inocentes mortos mas, ainda, novos Hamas surgirão condenando ambas as partes a chorarem os mortos que o futuro trará. 

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Decadência



 "A equipe de investigação portuguesa foi ao Rio no início de novembro e recebeu apoio da Polícia Federal. Ao tentar fazer buscas em bairros da cidade, os portugueses souberam que não poderiam ir a certos lugares, dominados pelas facções." (O Globo)


Funcionários brasileiros do Consulado Geral de Portugal foram flagrados em atuação criminal. O assalto "branco" de malfeitores ao tornarem-se funcionários da representação portuguesa revela a extensão operacional da bandidagem bem como um anêmico sistema de seleção e controle por parte da entidade consular em questão.

A informação acima divulgada pela Polícia Federal brasileira revela uma triste imagem do Brasil, não apenas em Portugal mas, também, no sistema judicial internacional, dado a inter-relação existente entre as diversas polícias do mundo Ocidental. O fato revelado de imunidade criminal na geografia do Rio de Janeiro, onde bairros inteiros não tem acesso à Justiça e à Polícia, é degradante. 

Tanto o governo Federal quanto o Estadual não podem ignorar este fato absurdo, assim renunciando à sua razão de ser, qual seja a proteção de seus cidadãos. A permissividade, e a cumplicidade nos mais altos escalões políticos do estado do Rio de Janeiro se escancara, sem que a Sociedade possa se rebelar contra este colapso da Lei e da Ordem.

Contaminada pelos núcleos criminosos, sua atuação se expande paulatina e inexoravelmente nos bairros que constituem um notável núcleo urbano da outrora "Cidade Maravilhosa". Copacabana, Ipanema-Leblon, Gávea e outros,  cercados pelas favelas habitadas por trabalhadores honestos, porém vítimas das facções criminosas, sofrerão paulatina e inevitável infecção.    

Hoje o O Globo revela fotografias embaraçosas. A palavra está com o Governador Carlos Castro, cujo fácil trânsito em setores "sensíveis" tem os meios para reverter o que será a decadência do Rio de Janeiro.


                                                                      Milícia?

                                                                  

Quais serão as medidas corretivas a tomar? Foi mais do que uma informação, foi uma  revelação da anomia que assola o Rio, onde o acesso à Justiça pela sua população é negado. A realidade e escancarada urbi et orbi. 

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Quo Vadis, Argentina?

 
                

                              InfoMoney


Javier Milei é eleito presidente da Argentina e o Brasil se depara com sério desafio regional. Em seu discurso de posse Milei repetiu, histriônico,  seus slogans de campanha, assim formalizando um estado de beligerância desarmada com seu vizinho ao Norte. Aquilo que parecia astúcia eleitoral, ao identificar um desafeto para atrair solidariedade, torna-se, surpreendentemente,  política oficial. Desde espetadelas juvenis ao convidar Jair Bolsonaro à sua posse até ameaças substanciais ao fluxo econômico entre as duas Nações, o novo líder argentino revela um animus beligerandi   preocupante.

Seus rompantes simplistas propondo a extinção do Banco Central e nacionalizar empresas estatais, antes de ter o tempo para analisar suas consequências, se soma à abrupta adoção do Dólar como moeda de curso no país sem avaliar sua viabilidade e seus desdobramentos.  Importa a estabilidade da moeda, seja ela Peso ou Dólar, porém delegar ao Federal Reserve norte-americano a política monetária argentina, lá vai um grande  passo. que poderá afetar o fluxo de crédito e de investimentos. Ainda, o desmonte do Banco Central, essencial à formulação e disciplina  da  política monetária, acentuará a fragilidade da estrutura financeira do país. 

No campo externo,  a prevalecer o posicionamento da Direita extremada do novo governo, este lhe valerá obstáculos diplomáticos e comerciais dentre os principais países sul-americanos, a maioria tendente à politica de centro e centro-esquerda.  Tal problema se agrava nas relações "platenses"  com o Brasil.  

É relevante o  fluxo comercial em 2022 entre os dois países, atingindo US$ 28,5 Bilhões, tendo o Brasil obtido um superavit de US$ 2,2 bilhões. Produtos agrícolas lideram este comércio seguido de peças e veículos, onde a indústria de automóveis portenha dificilmente abrirá mão de seu mercado brasileiro, comprador de  aproximadamente 120.000 automóveis por ano. Tal desempenho recomenda a prevalência  de relações cordiais entre os dois países.

As exportações brasileiras para a Argentina nos dez primeiros meses de 2023 alcançaram US$ 14,9 bilhões, alta de 13,1% em relação ao mesmo período de 2022. Improvável que sua economia possa comprometer a estabilidade de suprimento tão relevante. 


Este trecho é parte de conteúdo que pode ser compartilhado utilizando o link https://valor.globo.com/brasil/noticia/2023/11/20/comercio-brasil-argentina-soma-us-25-bilhoes-ate-outubro-alta-de-42percent.ghtml ou as ferramentas oferecidas na página.T

Atualmente Buenos Ayres enfrenta séria crise financeira onde a inflação desmesurada prevalece. Se uma severa política anti-inflacionária seja recomendável (vide hipótese de dolarização) importante evitar medidas que venham a comprometer o vigor de sua economia. Neste sentido, a hostilidade de Milei para com o Brasil e propondo substituir a prevalência do Mercosul por uma intima relação com os Estados Unidos parece aposta de alto risco.  Resta saber até que ponto  a Argentina se afastará de sua prioridade Sul Americana...

"Les jeux ne sont pas faits" diria o "croupier" em Monte Carlo; faltam ainda muitos lances para  um prognóstico sólido. "QuoVadis, Argentina?" 

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Vizinhança Complicada




Obedecendo uma tradição bem estabelecida, a nossa vizinha Argentina se prepara para  dar-nos um susto. Tendo-a como relevante parceira comercial e como a mais importante peça no seu tabuleiro geopolítico, o Brazil se prepara para novas surpresas dos "hermanos". Ambos os pretensos candidatos  à Presidência em acirrado desafio eleitoral, seja qual for o vencedor, prometem cenários conturbados tanto no front bi-lateral quanto em seus mercados internos.     

A vitória de Sergio Massa nos trará, provavelmente, o mesmo cenário modorrento que prevalece na esteira do Peronismo. Os potenciais benefícios do Mercosul ficarão bem aquém de sua potencialidade uma vez que o desarranjo da economia Platense tolhe, não só sua própria economia mas, também, o potencial do Mercosul. A inflação galopante de 140% a.a. sob a gestão do Ministro da Economia, ora candidato,  parece condenar sua nação à repetição dos erros passados graças aos grilhões da teologia Peronista. Tal cenário é preocupante  pois um agudo desequilíbrio econômico e financeiro prenuncia

Dando razão à tais previsões, tem-se o arauto da mudança radical. O Sr. Javier Milei, oriundo das forças da decepção e da desilusão surge, como por encanto, da profunda anonimidade para projetar-se como salvador da Pátria. Tal proeza só poderia ser embasada em ideias audaciosas, senão disparatadas, de apelo messiânico. 

Sua visão econômica, tendo por lastro o abandono do Peso em favor do Dólar (experimento em processo nos diminutos Equador, Panama e El Salvador) significa, ab início, uma redução de soberania pela perda  de controle de sua política monetária, ao substituir o Banco Central pelo Federal Reserve. 

Ainda, terá por desafio a cooptação de 46 milhões de Argentinos, onde a estrema disparidade  de Renda e Poupança causará, provavelmente, fortes distorções. Conquanto o topo da pirâmide econômica poderá colher substanciais benefícios, o mesmo não ocorreria ao descer-se à sua base.

Já a visão geopolítica do candidato Milei, onde a hostilidade para com o governo brasileiro é anunciada, fácil prever-se um complexo período de adaptação do Mercosul e seus parceiros. Tal cenário promete trazer tensões políticas e comerciais aos parceiros.       

A ver...

terça-feira, 7 de novembro de 2023

Cartas Abertas





Os meandros da política Israel-Palestina são infindáveis. Além das autoridades legalmente constituídas existem diversas organizações clandestinas, de ambos os lados, que criam uma realidade desconhecida ao público porém exercem forte influência no cenário contencioso.
É opinião desta coluna que a pacificação deste conflito que perdura ha décadas só será possível com a criação de dois Estados independentes em ambiente de mútuo respeito.     
e dois jornais Israelenses revelando a nefasta tolerância de Netanyahu para com o Hamas, tendo por objetivo o enfraquecimento da Autoridade Palestina, governo legítimo endossado pelas Nações Unidas. 


Abaixo estão transcritas matérias de teor, até o momento desconhecidas. Como se observa, a cumplicidade exposta altera a narrativa ora adotada por Israel e seu Primeiro Ministro, dando ao atual cenário uma visão onde a culpa contamina todas as partes envolvidas.

Neste jogo de cartas submersas os Estados Unidos, player de indiscutível importância nos rumos a tomar, se revela ou desinformado ou cúmplice.  Veja, a seguir, as matérias de dois importantes jornais israelenses.

I.

Transcrito do The Times of Israel (em 8 de outubro 2023): 

For years, Netanyahu propped up Hamas. Now it’s blown up in our faces   "The premier’s policy of treating the terror group as a partner, at the expense of Abbas and Palestinian statehood, has resulted in wounds that will take Israel years to heal."


II.

Transcrito do jornal israelense, Haaretz, publicado em 8 de outubro 2023:
For 14 years, Netanyahu's policy was to keep Hamas in power; the pogrom of October 7, 2023, helps the Israeli prime minister preserve his own rule.

domingo, 5 de novembro de 2023

Um Novo Mundo?


O artigo de Pedro Doria no dia dois de novembro p.p. sobre as novas ferramentas cibernéticas traz ao leitor a sensação de iminente colapso comportamental do planeta, onde o "Homem" torna-se progressivamente dependente dos "gadgets" eletrônicos.  

Este processo já se identifica com nossos netos, onde a dependência do celular se torna um quase-fetiche, criando crescente dependência psicológica. Conquanto o celular  pode se tornar um manancial de informações relevantes, tal ocorre quando inserido em contexto maior elaborado pelo usuário.  Porém, a informação "solta" atendendo a curiosidade pontual pode tanto auxiliar quanto ser nociva, pois o contexto deve guiá-la para abrir portas futuras e não pequenas janelas desconexas. Assim, quanto mais conhecimento terá o jovem, maior o beneficio da informação recebida do seu celular.

Porém, para que possa entender o contexto geral do seu entorno onde a inserção da informação trará a multiplicidade de benefícios o jovem precisa ampliar sua cultura. Leitura é primordial  além do ensino acadêmico. Passar horas no aparelho, decorrentes de interesse infantil, não apenas aprofundará sua alienação quanto as realidades vitais como torná-lo-á vítima potencial de manipulação.    

Este preocupante  cenário ainda mais grave será com o despertar da ubíqua Inteligência Artificial. Esta promete potencializar o risco de intromissão intencional, onde a vontade primaria do individuo será manipulada para atender os interesses de terceiros. A criação de grandes números de IA's, cada qual com os vieses (honestos ou não) de seus criadores e manipuladores, poderá afetar todo e qualquer segmento societário de forma diferenciada, podendo trazer insegurança sistêmica.

Porém a sociedade já fez sua opção. Não mais é possível progredir sem  o desdobramento e progressão da IA. Ainda, graças ao artigo acima referido, sabemos da existência de um tal de "AI Pin" ou semelhante, o qual registra todos os momentos de sua vida, inclusive aqueles que V. preferiria esquecer. Prato cheio para seus inimigos.     

Tamanha transformação técno-social exigira tempo para a absorção popular bem como sua adaptação sócio-econômica, esta incluindo a tentativa de higienização das potencialidades negativas através de legislação específica.  Este período de transição trará à sociedade aguda incerteza e angustia pela imponderabilidade criada ao ameaçar a confiabilidade no  Passado, Presente e Futuro, sendo os três tempos sujeitos à manipulação.

Como se não bastasse, uma visão de futuro não distante nos leva a prever o ressurgimento da imagem conceitual do "Big Brother" de George Orwell. Nos dias de hoje, a sobrevivência de tal sistema seria ínfima; porém, com o advento e manipulação da Inteligência Artificial, a hipótese torna-se não só possível, mas, talvez  provável. Tendo um governo o instrumental necessário ao domínio dos canais de comunicação em massa, cria-se uma realidade alternativa, esta viabilizando a perenidade no Poder.

P.S. Considere ambíguo este artigo, parte reflexão, parte ilusão.



 

terça-feira, 31 de outubro de 2023

A Terra Santa e Seus Pecados


A parte branca representa a população Árabe ao longo dos anos.

Preliminarmente, justo dizer-se que o ataque perpetrado pelo Hamas  contra a população civil israelense merece repúdio. Atingir civis é indesculpável e só pode ser considerado como terrorismo. No foro íntimo sente-se a agressão de civis, adultos e crianças, como se pessoal fosse. Sejam eles Judeus, sejam eles Palestinos. 

Contudo, torna-se necessária à compreensão geopolítica dos eventos que levam à atual tragédia, observando com a perspectiva necessária que lhe permita a compreensão de tão longo conflito. Como consequência necessário é lembrar-se ser a faixa de Gaza uma prisão a céu aberto onde 2,5 milhões de homens, mulheres e crianças vivem enclausurados por décadas sem crime ter sido cometido. Este fato não pode ser ignorado ou minimizado. Torna-se fator relevante, se não preponderante,  na análise da evolução da violência naquela região.    

Israel, como carcereiro daquela urbe, habitada por 2,5 milhões de civis não deveria se surpreender com reações violentas dos encarcerados. 

Certamente, uma visão histórica mais ampla favorece uma compreensão do tão complexo conflito entre Palestinos e Israelenses, entre Árabes e Judeus. Porque tal persistência no ódio que separa as duas raças e as duas crenças? 

A Palestina, dominada e administrada  pela Grã Bretanha desde a derrota do Império  Otomano em 1918, era, na época, habitada majoritariamente pelos Árabes. A reversão teve seu início quando do movimento Sionista nos anos pós Primeira Guerra Mundial, dando substância ao conceito de retorno dos Judeus à região. Conquanto o Sionismo era na sua essência pacífico e de viés socialista, desenvolvendo os kibutzim em relativa harmonia À mesma época também teve início dos movimentos terroristas  judaicos, Irgun¹ e Stern². Estes cometeram inúmeros atentados e assassinatos em busca violenta da criação de um Estado Judeu. Dentre estes, destaca-se a explosão do Hotel King David ferindo e matando 91 hospedes e empregados. O responsável pelo ato terrorista, Menachen Begin, líder do Irgun, tornou-se, anos mais tarde, presidente de Israel.  

Tanto os Ingleses dominantes quanto os Árabes majoritários foram constantemente fustigados, como método necessário ao domínio judaico da Palestina. Ainda que tais tentativas à época fossem infrutíferas,  já, com o término da 2a. Guerra Mundial quando o sofrimento do povo Judeu nas mãos Nazistas foi conhecido a opinião das potencias Ocidentais reverteu³, evoluindo para a criação do Estado de Israel.

Por resultado ocorreu marcante alteração populacional na região que hoje abriga os limites do  Estado de Israel, revelando a expulsão do povo Palestino que lá preponderava a partir da Diaspora da população judaica imposta pelos Romanos no Século 6 AD. Ou seja, faziam 15 séculos que a maioria Árabe dominava a região, condição revertida pela política e pela força em menos de 54 anos (1946 a 2000).   

Apoiada pela nações Ocidentais como reação e compensação aos imensos sofrimentos da etnia Judaica durante a 2a. Guerra Mundial, a criação da nova Nação recebeu apoio quase unânime, porém com a abstenção da Grã Bretanha³. Esta, então dominante na região, previa conflitos e instabilidade face à  contestação da população Árabe já habitando a região e amplamente majoritária.

Uma vez criado o Estado de Israel, realizou-se a expulsão da maior parte dos Palestinos residentes em Israel aterrorizados por práticas de "limpeza étnica", encenando uma versão árabe da Diaspora judaica. Muitos instalaram-se na Cisjordânia vizinha. Em sentido oposto, iniciou-se crescente atividades terrorista por parte dos  Árabes. Criava-se, assim, o quadro  que perdura até os dias de hoje.

Tem-se hoje na região, uma configuração étnica altamente instável, cuja normalidade só poderá será atingida pela concessão à ambas a partes territórios de inquestionável soberania. Este conceito já fora criado pelas Nações Unidas quando da emergência de Israel. Contudo, em clara aliança, Estados Unidos e Israel impediram os esforços necessários ao cumprimento da  decisão majoritária. 

A celebração do Acordo de Oslo 2 em 1995, na presença de Bill Clinton, celebrado por Shimon Perez, Isaac Rabin e Yasser Arafat foi frustrada pelo assassinato do então Primeiro Ministro de Israel, o General Isaac Rabin, pelo extremista israelense Ygal Amin. Destituídos os Palestinos de sua esperança de autonomia, reestabeleceu-se naquelas terras a opressão e a reação, ambas entregues à violência. 

    

O quadro acima Israel revela uma condição anômala por ser o Estado Ocupante, tendo sob sua responsabilidade o bem estar de sua população. Por outro lado, tem-se a severidade da ocupação israelense onde as mortes violentas de parte a parte refletem domínio e reação. Ainda, tornando-se Israel, por sua recém aprovada constituição um Estado Judeu e não mais laico, terá por efeito pressionar as outras etnias e religiões, acentuando diferenças potencializando hostilidade. 
A interrupção deste círculo vicioso torna-se imperativo para a Paz mundial, pois um conflito hoje geograficamente  contido poderá, por seu conteúdo religioso, alastrar-se no Oriente Médio e alhures. O bom senso demanda a intervenção das grandes potências em novo esforço de paz na região. Um novo "Acordo de Oslo" se impõe, onde Israel e o Estado Palestino dar-se-iam as mãos sob o beneplácito imprescindível dos Estados Unidos.



1) (Encyclopedia Britannica) Irgun committed acts of terrorism and assassination against the British, whom it regarded as illegal occupiers, and it was also violently anti-Arab. Irgun participated in the organization of illegal immigration into Palestine after the publication of the British White Paper on Palestine (1939), which severely limited immigration. Irgun’s violent activities led to execution of many of its members by the British; in retaliation, Irgun executed British army hostages. On July 22, 1946, Irgun blew up a wing of the King David Hotel in Jerusalem, killing 91 soldiers and civilians (British, Arab, and Jewish). On April 9, 1947, a group of Irgun commandos raided the A
rab village of Deir Yassin (modern Kefar Shaʾul), killing about 100 of its inhabitants.

2)According to Yaacov Shavit, professor at the Department of Jewish History, Tel Aviv University, articles in Lehi (Stern) publications contained references to a Jewish "master race", contrasting the Jews with Arabs who were seen as a "nation of slaves".[47] Sasha Polakow-Suransky writes that "Lehi was also unabashedly racist towards Arabs. Their publications described Jews as a master race and Arabs as a slave race." Lehi (STERN) advocated mass expulsion of all Arabs from Palestine and Transjordan,[48] or even their physical annihilation.[49]

3) Porém, a Grã Bretanha, profunda conhecedora das conflitantes correntes raciais e culturais na região, optou por abster-se quando da votação nas Nações Unidas concedendo a criação do Estado de Israel.