sexta-feira, 31 de maio de 2024

O Oriente Acordando

"Deixem a China dormir, pois quando ela  dspertar o Mundo vai estremecer" disse  Napoleão faz 200 anos.

Pois o dia chegou. Após uma ascenção meteórica, hoje a China é a 2a. economia do planeta, crescendo em rítmo que lhe permitirá igualar o PIB norte-americano em uma década. Ao optar por uma política de confrontação Washington empurra a China aos braços  da Russia, hoje inimiga declarada do império americano e possuidora do maior arsenal nuclear existente.


Tem-se, assim, a formação de um novo equilibrio no planeta, tanto político quanto militar. Assim,  leva as demais nações a reverem suas alianças tradicionais, seja para enfraquecê-las, seja para fortalecê-las. O quadro atual revela uma União Européia aliada à Washington, ainda que tal fidelidade poderá ser limitada pela dissídia de algum de seus membros, veja a Hungria. 

O Terceiro Mundo, tanto americano quanto africano e asiático estará em busca de maior participação nas questões internacionais. Tal polaridade resultará no realinhamento dos países de segunda linha no que tange seus interêsses eonômico e militar. A soma dos votos destes países será relevante nos "fori" internacionais, como na Assembléia Geral das Nações Unidas. Também, no âmbito do Conselho de Segurança das Nações Unidas os Etados Unidos vê sua supremacia reduzida, uma vez que Russia e China, também detentores do Poder de Veto, dele fazem parte.

Pode-se dizer que o movimento visando o reequilíbrio do Poder mundial já teve início neste ano de 2024, abrindo as portas para os reajutes internacionais que se farão imperativos. Tais mudanças causarão reações e desafios de complexa adaptação revelando ser a petrificação do status-quo-ante  não mais possível.  Para se evitar uma guerra catastrófica entre potencias  nucleares torna-se urgente e essencial  buscar-se na política ajustes penosos que reconheçam a nova realidade, assim dando à paz duradoura uma nova chance.

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Verdade e Censura



Esse Blog vem sofrendo sério problema de intervenção externa e desconhecida. A partir da publicação  em 19 de abril p.p. do primeiro Blog sobre o conflito em Gaza, os quatro artigos seguintes sobre o assunto, apesar de publicados,  foram apagados  e não mais encontrados.

Repita-se, tal anomalia só visa artigos comentando o morticínio desproporcional ora em curso  da população civíl árabe pelas forças armadas israelenses, resultando, portanto, em intervenção contrária à livre expressão de opinião. A última matéria sobre o assunto em pauta ainda constando do Blog foi publicada em 19 de abril p.p. Porém, os quatro artigos seguintes sobre o mesmo tema "prohíbido" tiveram sua publicação subreptíciamente eliminadas por "intervenção de origem desconhecida", não deixando rastro. 

Cabe, portanto, um exame rudimentar sobre a origem deste procedimento ilegal. Em sendo estas "censuras" resultado de intervenção de terceiro desconhecido conforme verificação técnica, cumpre seguir-se a rotina  investigativa: "À quem interessa?" A resposta padrão seria: "o alvo da crítica do artigo". Ora, como os artigos eliminados do Blog tratam do morticínio de civís Palestinos na faixa de Gaza pelas forças israelenses, resta apenas alguma agência israelense como autor desta censura ilegal.

Apesar deste esforço obscurantista, o povo israelense não está totalmente submerso na "visão oficial". Pelo contrário,  o texto a seguir, de autoria de veteranos do Exércitro Israelense, demonstra visão contrária ao governo Netanyahu, semelhante à opinião deste Blog. 

Segue a seguir pequeno trecho de artigo publicado pela organização acimaa citada:


By Avner Gvaryahu

Mr. Gvaryahu is the director of Breaking the Silence, an organization of veterans opposed to the occupation of Gaza and the West Bank.

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Israel’s military has brought utter devastation to the Palestinians of Gaza after the attack by Hamas on Oct. 7. But the extreme response is not only a reaction to the horrors of that day. It is also a product of the decades-long role the military has played in enforcing Israeli occupation of Palestinian territories.

The occupation has cultivated a longstanding disregard among Israeli soldiers for Palestinian lives, and similar impulses in the words and actions of commanders can be seen to lie behind the horrors of what we are witnessing today. etc..."


quarta-feira, 8 de maio de 2024

Competição Internacional

                                 

     


                                                        

A formação de dois blocos internacionais de potencial conflitante deve merecer a atenção, tanto como perigo quanto como oprtunidade.

Hoje, os Estados U|nidos e a União Européia se unem cultural, conômica e militarmente, assim dominando, de forma preponderante, o rumo do planeta. Contudo, seu caminho começa a ser contestado pela união da Rússia e China, ambas com o propósito de conter a uni-polariadade ameaçadora à seu desenvolvimento e indpendência política.

Cria-se, assim, um ambiente de crecente hostilidade, cuja intensidade parece ameaçar as relações pacíficas de interesse global.

Não há dúvida que a preferência pelo modelo democrático do primeiro Bloco seduz as nações de cultura Ocidental, dentre eles o Brasil. A posição geografia também tem forte importância, agravando ou atenuando as consequências de um potencial conflito. Estes, fatores nos aproximam mais ao Ocidente, que é nossa origem, do que ao Oriente, cujas diferenças culturais adicionam risco relevante. Porém, sob a ótica das oportunidades comerciais e econômicas, abre-se uma nova porta em direção ao Leste.

Quanto ao Brasil, sendo ele parceiro ideológico do bloco Ocidental, tem ele mantido boas relações comerciais, porém muito aquém do seu potencial, dado à barreiras tarifárias. Do outro lado do tabuleiro importantes benefícios comerciais já derivam das relações com o Bloco "asiático". O comércio brasileiro com este último vem superando, em muito, as transações com o Ocidente, o que aconselha manter e ampliar esta aproximação

Contudo, as relações entre nações não devem lastrear-se, tão sómente, no interesse comercial mas,sim, no conjunto de interesses, cultural, político, econômico e estratégico sem interferência do fator ideológico, de parte a parte. Assim sendo, a aproximação deverá seguir política que valorize suas exportações sem que fragilize a vocação brasileira de pertencimento ao entorno americano. Tais condições reforçam a longevidade dos tratados celebrados. 

Assim,  cabe à política externa brasileira manter as melhores relações com as potências envolvidas. É válida sua participação no "Bloco dos Pobres" por ser ele mais includente, quando o "Bloco dos Ricos" mantêm políticas que  privilegia barreiras tarifárias (USA) e reservas de mercado (UE) assim reduzindo  o fluxo comercial competitivo. 

Também importante, até o momento tais relações vem se mantendo sob o manto do interesse comercial, não havendo exigência por parte do Bloco China de contrapartidas político-ideológicas, neutralizando, desta forma, oposição mais robusta do Bloco USA.

Ao Brasil interessa a paz reinante e a plena liberdade no comercio internacional. Tal missão não será fácil face à dúvida quanto a perenidade de tal modelo, vista a inevitável competição comercial e ideológica que poderá contaminar ambos os Blocos, em busca da hegemonia.


quarta-feira, 1 de maio de 2024

Um Novo Oriente Médio?



Morando e estudando nos Estados Unidos por sete anos, em colégio e universidade, observei, com surpresa, o interesse limitado do corpo estudantil americano pelas  questões internacionais.

É verdade que naqueles longínquos idos não existiam o computador e, muito menos, as redes sociais. Estes instrumentos de globalização,  somente há pouco existentes, geram ativa polêmica, reação e protesto público. 

Neste momento, a rebelião em pról dos Palestinos, corretamente identificados como vítimas de cruel e injustificável massacre, abre novo capítulo na crônica universitária americana. Tal indignação não se limita a estes estudantes, mas espalha-se  mundo-a-fora contra o governo de  Netanyahu. Em sua defesa, são muitos os que capitulam tal revolta como  Anti Semitismo, não por erro de raciocínio mas sim por conveniência estratágica. Tal epíteto convém aos responsáveis pela crise humanitária ora em curso,  por oferecer ao injustificável massacre dos Palestinos esta falsa linha de defesa. 

Ora, o repúdio  ao cataclismo despejado sobre dezenas de  milhares de crianças e mulheres Palestinas nada tem de Anti-semítico. Trata-se, sim,  de repúdio civilizatório contra atos capitulados como crime pela Lei Internacional. 

No caso em questão não será admissível, na defesa de princípios morais e da lei da guerra, que os atos desumanos perpetrados tanto por Israel quanto, ainda que menor escala mas igualmente cruel, pelo Hamas, sejam tolerados. 

Também relevante ao cenário, pesa, também, a nova e formal  designação de Israel como Estado Judeu que altera o equilíbrio regional conquistado há décadas, e por criar barreiras adicionais à sua posição internacional. Do ponto de vista interno, vale a observação que tal mudança afeta a essência deste novo Estado. Assim fazendo, fragiliza o status dos não-Judeus, reduzindo-lhe direitos e identidade política, assim criando cidadãos de segunda classe com inevitável perda de significado político e, em decorrência, perda de competividade econômica.

Em profunda ironia histórica, de laico e moderno o Estado de Israel hoje abandona o movimento civilizatório do Ocidente, descarta a laicidade da Constituição para juntar-se à visão político-religiosa  de seus vizinhos Árabes e Persas. Os Textos Sagrados, como aquele citado por Netanyahu para justificar a aniquilação em Gaza dos homens, mulheres, crianças e animais, citando escritos em passado bíblico milenar, reflete o perigo de tal caminho. Ter-se-á, possivelmente, um retrocesso cultural ao reduzir-se a laicidade, fonte de iluminismo do desenvovimento mundial.

Parece a este autor que tal movimento tectônico no Oriente Médio terá consequências criando para o Ocidente nova fonte de instabilidade e angustia.