Transportado este conceito para a área internacional, dá-se o recente ataque israelense sobre a embaixada do Irã em Bahgdad causando a morte de 3 Generais iranianos. Ávida por notícias, e cumprindo com seu dever, jornais e televisões encheram as manchetes e artigos.
Em seguida, a disproporcional retaliação do Irã ao assassinato ofereceu bem-vindos motivos para criar um novo clima conflituoso tão ao gosto da mídia internacional, assim criando eficaz movimento diversionário fazendo crer que mais outra guerra estaria por acontecer.
E porque teria ocorrido, nestes dias, tal ataque comandado por Israel, uma vez que o histórico diferendo entre estes dois tradicionais inimigos estava em fase mais verbal do que letal? A resposta estaria no proverbial e perene conceito: "Vamos mudar de assunto!"
De fato, como por encanto, o massacre de 30.000 civís (incluido milhares de mulheres e crianças) em Gaza perdeu a prioridade para a mídia apesar de sua alta intensidade. Caindo em armadilha bem concatenada por Jerusalém, a imprensa abandona o Principal para cobrir o Secundário. E porque secundário? Porque são as vítimas relatadas apenas três militares iranianos. Porque a matança em Gaza continua enquanto nem no Irã nem em Israel sequer começou.
Hoje, como por encanto, a mídia pouco trata de Gaza. A avalanche de manchetes e artigos prioriza este renovado conflito, por sua vez, de baixa intensidade. Mas não, não foi "por encanto" e sim por manobra bem urdida por Netanyahu e Cia. que, constatando a indignação mundial face ao horror que castiga Gaza e o profundo dano causado à imagem de Israel, buscam novo alimento para a esfomeada imprensa internacional.
O efeito pode, hoje, ser por todos observado; parabéns, Bibi. Deu certo!
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