segunda-feira, 11 de março de 2024

A Luz no Fim do Túnel




Com justa razão, e finda a Segunda Guerra Mundial,  o Estado Judeu de Israel e sua população Judaica  mereceu clara simpatia do mundo Christão. Nunca o Planeta Terra presenciara tamanho genocídio.Neste ímpeto solidário, com laivos de expiação de culpa face à terrível mortandade dos Judeus Europeus por Christãos, a tolerância alimentada pela culpa dos povos Ocidentais chegou ao ponto de relevar as crueldades cometidas pelos imigrantes judeus contra a população palestina que preponderava da região do nascente Estado de Israel. 

Expulsos os Palestinos de suas seculares terras e casas pelas contínuas levas de judeus imigrados, tiveram suas aldeias esvaziadas, quando não eliminadas. Por consequência,  a invasão e repressão sobre os antigos habitantes gerou repúdio contra tal invasão e apropriação, assim criando núcleos de resistência armada usando, não raro, táticas terroristas contra civís. Teve-se, assim, a consolidação de diversos grupos armados na Cisjordânia, e o Hamas em Gaza. emulando  o ocorrido durante o domínio inglês da Palestina, quando os núcleos terroristas judeus,  Stern e Irgun, investiam contra soldados e civís ingleses e árabes. 

Inevitávelmente, a população árabe deslocada refugiou-se na Cisjordânia e Gaza. Lá, sob uma nascente autoridade Palestina, criaram novas casas, vilas e cidades, ainda que sob a tutela armada do estamento israelense, tornando tais territórios em prisões a céu aberto. Invevitávelmente, tal constrangimento criaria, necessáriamente, reações violentas. 

Como exemplo, Gaza, um territóriaso de apenas 365 km², resulta no cruel encarceramento de 2,5 milhões árabes, causando insuportável densidade populacional. São 6.849 habitantes por km², o seja, 7 pessoas por cada metro quadrado. Tal concentração, hoje agravada pela falta de comida e água potável, causa insustentável condições de vida que, por sua vez,  adubam a rejeição violenta ao domínio israelense

Ainda, o bombardeio indiscriminado pela aviação israelense já causou perto de 30.000 mortes, dentres as quais dezenas de milhares de crianças e mulheres. Trata-se de Crime de Guerra que, com o tempo, chegará aos tribunais internacionais. 

Esta perspectiva  histórica permite ter-se uma visão de causa e efeito do que hoje sucede em Gaza, e o porque da presença do Hamas terrorista sobre a região, como resposta desmedida à opressão sofrida. Em resumo, hoje, o ódio é a fonte da violência dos Palestinos à Israel bem como a dos Judeus aos Palestinos.  

Torna-se evidente que tal situação não deve perdurar, é hora de ser revertida, e o ódio entre as partes em litígio substituido pelo diálogo. Tal iniciativa só pode ter início e prosperar pela parte que detêm e exerce o Poder. Sómente Israel poderá criar condições para  o arrefecimento dos ódios atravéz de medidas que transformem, de acordo com plano pré-estabelecido, em fórmula de convivência pacífica.

Tivesse Israel estimulado e financiado a melhoria da qualidade de vida dos habitantes em Gaza assim  e permitindo o seu bem estar social e econômico, os benefícios decorrentes tornariam sem sentido o recurso ao terrorismo e a emergência do Hamas, uma vez que este se alimenta da frustração popular.  Tal projeto traria relevantes ganhos humantários e políticos.

Como exemplo, a Cisjordânia serve de constatação, pois apesar de violentada por ocasionais intervenções do  Exército Israelense, concede aos palestinos amplo território com relativa liberdade, este governado pela equilibrada e prudente  Autoridade Palestina. Nela, o Hamas radical e sanguinário, não pôde prosperar. 

A transformação do status vivendi  seria a base do Estado Palestino, convivendo pacíficamente, com o Estado de Israel. À Israel convém constatar que seu imenso capital de boa vontade internacional decorrente da 2a Guerra Mundial estaria, hoje, se esgotando  A endêmica tragédia que paira sobre a região não mais conta com o apoio dos povos e das potencias mundiais. Uma crescente parcela de norte-americanos não mais apoiam o domínio israelense.

Ao observador, parece ser do interesse de Israel o abandono do modelo falido da dominação e buscar o moderno equilíbrio de vontades e poderes, dentro dos princípios delineados na Carta das Nações Unidas. Quanto à segurança, sabe-se que o estado judeu domina o desenvolvimento dos instrumentos de vigilância que permitem o abandono das táticas de repressão medievais ora usadas.  

 



Um comentário:

Anônimo disse...

Duas pequenas correções que não tiram o mérito do discurso em si: 1 km2 não tem 1 mil m2 mas 1milhao de m2 e portanto a densidade demográfica não è de 7 pessoas por m2 mas de 0,007 pessoas/m2
Segundo: Gaza recebeu centenas de milhões de US$ por ano do Qatar. Mas em vez de investirem em educação e indústrias preferiram comprar armas com esses recursos