Em surpreendente ballet de estímulos e desestímulos, tem-se a última decisão do governo Lula em prol (conforme declarado) do Projeto de Mobilidade Verde (MOVER) envolvendo carros elétricos e proteção ambiental.
O governo está correto em regulamentar e sofisticar a aplicação de recursos em estímulo que protejam o meio ambiente. Favorece, assim, constante aumento de produtividade, abrindo mercados nacionais e internacionais, estes fortalecendo as reservas cambiais, fator essencial à ampliação e sofisticação dos meios de produção, em circulo virtuoso para nossa economia.
Um setor que merece especial atenção envolve a queda do consumo de petróleo, hoje o "bicho papão" da higidez ambiental, ao substituir a frota movida por seus derivados por uma nova equação, esta dependente de força motriz elétrica. A pluralização de fontes desta energia, que abrange o Sol, o Vento a Maré casa-se com a tecnologia de seu armazenamento que vem revelando veloz expansão de métodos e soluções.
Desta forma, já se valida esta substituição, iniciando e consolidando economias de crescente escala, onde o Brasil parece contar com forte vantagem competitiva graças à sua conformação e locação geográfica.
Assim sendo, presume-se que o esforço de reduzir a produção de automóveis movido por gasolina/diesel deveria merecer prioridade. Ledo engano. Em intrigante decisão o governo Lula recém decide financiar o projeto através um aumento de imposto sobre a importação de veículos verdes, tornando-os menos competitivos
A notícia não revela aumento de imposto (já muito elevados) para a produção de veículos movidos à derivados do petróleo, assim protegendo-os da crescente competição com os recém chegados. Será a melhor estratégia, ou não temos pressa? Ou o lobby contestador foi forte o bastante?
"Jabuticaba"(¹) amarga.
1) Só no Brasil
Um comentário:
Pedro, excelente colocação. Eu não tinha percebido que o apoio ao carro elétrico vinha com um aumento do imposto sobre o veículo.Incoerencia gritante!!!
Ignez
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