terça-feira, 28 de novembro de 2023

Decadência



 "A equipe de investigação portuguesa foi ao Rio no início de novembro e recebeu apoio da Polícia Federal. Ao tentar fazer buscas em bairros da cidade, os portugueses souberam que não poderiam ir a certos lugares, dominados pelas facções." (O Globo)


Funcionários brasileiros do Consulado Geral de Portugal foram flagrados em atuação criminal. O assalto "branco" de malfeitores ao tornarem-se funcionários da representação portuguesa revela a extensão operacional da bandidagem bem como um anêmico sistema de seleção e controle por parte da entidade consular em questão.

A informação acima divulgada pela Polícia Federal brasileira revela uma triste imagem do Brasil, não apenas em Portugal mas, também, no sistema judicial internacional, dado a inter-relação existente entre as diversas polícias do mundo Ocidental. O fato revelado de imunidade criminal na geografia do Rio de Janeiro, onde bairros inteiros não tem acesso à Justiça e à Polícia, é degradante. 

Tanto o governo Federal quanto o Estadual não podem ignorar este fato absurdo, assim renunciando à sua razão de ser, qual seja a proteção de seus cidadãos. A permissividade, e a cumplicidade nos mais altos escalões políticos do estado do Rio de Janeiro se escancara, sem que a Sociedade possa se rebelar contra este colapso da Lei e da Ordem.

Contaminada pelos núcleos criminosos, sua atuação se expande paulatina e inexoravelmente nos bairros que constituem um notável núcleo urbano da outrora "Cidade Maravilhosa". Copacabana, Ipanema-Leblon, Gávea e outros,  cercados pelas favelas habitadas por trabalhadores honestos, porém vítimas das facções criminosas, sofrerão paulatina e inevitável infecção.    

Hoje o O Globo revela fotografias embaraçosas. A palavra está com o Governador Carlos Castro, cujo fácil trânsito em setores "sensíveis" tem os meios para reverter o que será a decadência do Rio de Janeiro.


                                                                      Milícia?

                                                                  

Quais serão as medidas corretivas a tomar? Foi mais do que uma informação, foi uma  revelação da anomia que assola o Rio, onde o acesso à Justiça pela sua população é negado. A realidade e escancarada urbi et orbi. 

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Pedro, nossos governantes são parte do problema. Nunca darão solução. E o pior é que o quadro que se apresenta para a eleição do próximo ano e desalentador. Abs