domingo, 26 de junho de 2022

Ucrânia, Rússia e o Planeta

                                      




A atual guerra, onde a pequena Ucrânia é invadida pela imensa Rússia, tem por efeito colateral a santificação da primeira  e a diabolização da segunda. Ambas as reações se distanciam da realidade.  

Em acesso de generosidade, a União Europeia sob dominio ja entronizado da dupla Franco-Germânica, é acometida de generosidade até então desconhecida. Seus membros, antes arredios na avaliação de novos membros se atropelam na  busca de iniciativas para  a inclusão de Kiev no comunidade europeia,  clube hoje liderado por Paris e Berlim (Londres já era...).

Convém, no entanto, aprofundar a pesquiza quanto à identidade de valores europeus de ideologia de costumes. Mas o que se sabe sobre a Ucrânia? Sabe-se que lá ocorre intensa corrupção permeada por  forte tendência radical, onde milícias extremadas prevalecem e merecem destaque.

Seu histórico não parece edificante, Quando da Segunda Guerra Mundial a Ucrânia teria cometido  notáveis perversidades contra os Judeus, em conlúio com as SS de Hitler. Ainda, a Wehrmacht nazista recebeu a adesão de divisões ucranianas na invasão da Unão Soviética. Ainda hoje, o Batalhão Azov composto por milhares de voluntários, e hoje incorporados ao Exército ucraniano, ostenta versão estilizada da Cruz Gamada de triste memória. 

Já, do lado positivo, a Ucrânia é um grande celeiro, cuja produção  complementa àquela da Europa. Em suma, é um país controverso, cuja incorporação pela União Europeia deva merecer análise e garantias de correção de rumo, assim evitando ingenuidade política.

Quanto à guerra que castiga aquele país, há fortes indícios que o conflito esteja próximo ao fim, provávelmente ao preço de relevantes concessões territóriais na região do Donbas e ao longo da costa do Mar Negro. 

Do lado russo, sua economia enfrenta forte redução nos campos comercial e industrial além da quase paralização de seu comércio e fluxo financeiro por conta das barreiras levantadas pelo Ocidente. A surprendente resiliência do exercito ucraniano também contribue para os desgaste militar-econômico russo. Para Moscou, o encerramento da guerra lhe é importante

Interessante notar que o atual conflito gera uma nova modelagem econômica, onde a China, empurrada aos braços da Rússia pela guerra comercial-política que lhe dedica os Estados Unidos, absorve relevante produçãode petroleo e outras matérias-primas, dando à Moscou o folego financeiro que lhe é vital.     

Finda a guerra, o maior obstáculo à reconciliação entre as potencias ocidentais e a Rússia poderá ser, em boa parte, a continuidade de Vladimir Putin na presidência russa. De grande estrategista tornou-se , pelo erro em invadir a Ucrânia, instrumento da degradação internacional de sua pátria.  Talvez a paz dependa de sua substituição no Kremlin.   

Tendo o armistício sucesso, justo esperar-se o fim do conflito e o retorno à mesa de negociações, inaugurando uma nova rodada de distensão política, financeira e comercial. A paz restabelecida, como será o desmonte das medidas hostís de parte a parte? Provavelmente a "volta ao normal" será de longa duração.  

 

 



                                   


 

3 comentários:

Roberto Rodrigo Octavio disse...

Comentário espetacular. Muito bom mesmo. Parabéns.

Anônimo disse...

Excelente!

Anônimo disse...

Excelente comentário.