domingo, 19 de julho de 2020

Relações Internacionais

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O ministro Salles, do meio ambiente, mostrou talento ao inovar procedimento administrativo do governo; aproveita a pandemia e faz "passar a boiada". Em outras palavra, o faz enquanto não estão olhando.

Assim, enquanto se erra na Amazonia, nas relações exteriores o Chanceler Ernesto Araújo "passa as suas boiadas"... Lastreado nas teorias do pseudo filósofo Olavo de Carvalho, o diplomata adotou diversos procedimentos apesar de tendentes ao alheamento do Brasil face as demais nações cuja relevância não se pode ignorar tanto no  político quanto no econômico.

 A nova prioridade da política externa brasileira tem por lastro uma aliança integral  com os Estados Unidos da América, desprezando a inversão ora constatada nas prioridades internacionais daquele país. Não mais é aquele que, ao longo do Século XX, demonstrou a sabedoria de criar uma rede de solidariedade e responsabilidade mútua tendo por centro a Organização das Nações Unidas. Manteve suas fronteira tarifarias competitivas estreitando laços econômicos e políticos. Assim, a aliança de país como o Brasil com o gigante do Norte favorecia o diálogo multilateral, tendo por resultado o crescimento da prosperidade mundial. 

Porém, a eleição de Donald Trump, jejuno em política interna, canhestro nas relações humanas e desprovido de conhecimento internacional, iniciou nova fase na política externa norte-americana, Substituiu as décadas de cooptação e cooperação de países de visão política convergente por uma formulação neo-isolacionista. No momento, promove  o retorno da visão Mercantilista onde as relações entre países somente beneficiam o lado mais forte, onde a soma algébrica seria Zero. Ou ganha um, ou ganha o outro, negando o benefício mútuo que traz o comércio.

De  acordo com esta visão, Donald Trump optou pela contenção e reversão da expansão econômica e política chinesa,  cujo avanço implicaria em ameaça à segurança dos Estados Unidos.

Apesar da posição auto centrada de Washington, tendo por objetivo principal o isolamento da China, o Chanceler Ernesto Araújo, com o beneplácito de seu chefe, defende uma estreita aliança com os Estados Unidos. Coloca em risco, assim, os benefícios insubstituíveis que as importações chinesas trazem à agricultura brasileira, único setor que diferencia internacionalmente a nação brasileira, bem como o relevante fluxo de recursos aqui investidos.

Porém, igualmente grave, é a recente divulgação de relatório norte-americano onde a China é colocada como ameaça militar grave, abrangendo, não apenas os Estados Unidos mas, também a America Latina. Isto posto, insere-se no cenário geo-político, situação pre-conflito militar envolvendo o Brasil e suas forças armadas, e, em última análise, o seu povo. A recente entrevista de almirante Craig Faller, titular do Comando Sul  norte americano encarregado da segurança Latino Americana, destaca a importância do Brasil neste novo quadro militar, onde oficiais generais brasileiros estão sob o seu comando (...they work for me).

Não fora a aliança militar (Special non-NATO ally) ora vigente entre Brasil e Estados Unidos, tais manifestações seriam relevadas; ocorre, contudo,, que, considerando a vigente aliança militar recém celebrada, sujeita à  condições ainda desconhecidas pela opinião pública brasileira, necessário, e até mesmo impositivo se faz a plena divulgação do texto dos documentos relevantes.



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