quarta-feira, 17 de julho de 2019

Representar o Brasil

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Muito tem se falado sobre a  indicação do jovem Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República, como representante do Brasil junto ao governo norte-americano.

A ser aprovado pelo Senado nacional e obtido o agrément norte-americano, o embaixador terá por interface não apenas o presidente da nação à qual estará acreditado, mas, sobretudo, com todas as demais  entidades que possam influir na operacionalidade de sua missão e nas boas relações com aquele país.

Para tal,  o Embaixador dará a orientação à, e terá a colaboração de um staff de diplomatas profissionais  de qualidade, cuja ação convergente trará sucesso à sua missão.

O jovem Bolsonaro deverá se relacionar, não primordialmente com os filhos de Donald Trump, mas sim com o Secretário de Estado e o responsável pelo Brazil Desk e, ocasionalmente, ministros e técnicos que porventura ligados à concessão de revindicações do interesse do governo brasileiro. Muito episodicamente se reunirá com Donald Trump. Ainda, terá por responsabilidade manter boas relações com os senadores e deputados influentes on the Hill, sejam eles deste ou daquele partido. Para ampliar sua capacidade de influir para o sucesso de sua missão, deverá, também, lidar com  banqueiros e  líderes empresariais e da imprensa.

Serão contatos diretos de intensa frequência bem como servirá como anfitrião em recepções sociais  oferecidas pela nossa embaixada em Massachussets Avenue e, eventualmente, em outras cidades, reunindo colegas de outros países e outras pessoas influentes formadoras de opinião favorável ao Brasil.

É claro para que para o bom desempenho de tal tarefa, ou seja o natural envolvimento que decorra de uma conversa, em inglês, é claro, que se valha de graça e cultura, complementada por familiaridade com a história política do país ao qual está acreditado.

É só isso, senhor Embaixador Bolsonaro. Nada para se preocupar, vai ser fácil. Em caso de dificuldade, convoque uma boa chapa e um saboroso hamburger.




 

2 comentários:

Eliane disse...

Seu pai era sobretudo um gentleman. Não estamos lidando com pessoas da estirpe dele. Lembro-me que ainda bem jovem cheguei a NY com algumas malas e ele, vendo minha dificuldade, logo se prontificou a ajudar. Um embaixador tem que, no mínimo, ser educado. Vivemos uma era de absurdos.

pedro leitão da cunha disse...

Obrigado pelos comentários, Eliane. É verdade, ele era um gentleman. Ainda hoje são muitos os gentlemen no Itamaraty. Penso que o jovem Eduardo tenha muito à apreender, neste e em outros tópicos.

Pedro