sábado, 16 de fevereiro de 2019

Atravessando o Rubicão

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Seguindo o curso determinado pela área econômica e impulsionado pela enérgica voz do competente ministro Paulo Guedes e validado pelo presidente Jair Bolsonaro, o bem estar do Brasil depende da passagem da reforma da lei que rege a Previdência. É um momento seminal. O sucesso na empreitada sugere a abertura de uma segura estrada para a redenção econômica do país.  Inversamente, a mensagem lançada ao público sugere que o fracasso na passagem desta Lei Magna significará o fracasso da redenção econômica do Brasil.

Certamente o posicionamento da questão pelo governo  deve sofrer exageros, seja na projeção favorável, seja na negativa. Mas o que importa é a percepção pública do desafio, tanto dentro fronteiras, quanto nos mercados financeiros internacionais.

Ao conceder à matéria importância máxima, o governo criou expectativa de tal peso político que o fracasso parece tornar-se inaceitável.

Para que o projeto tenha chance de vencer com a maioria que lhe permita superar as exigências mínimas do quadro legislativo, é necessário mobilizar-se todas as forças políticas disponíveis em apoio ao governo Bolsonaro. Ou seja, não há voto à perder, tanto na Câmara quanto no Senado.

Isto posto, vê-se com considerável desalento, às vésperas da votação anunciada a inexistência de essencial coordenação no seio politizado da família real, digo, presidencial. Não bastasse o curioso comportamento do Senador Flávio Bolsonaro, onde sugere-se, talvez erroneamente,  acumpliciamento com elementos indesejáveis da milícia que assola o Rio de Janeiro, vê-se o comportamento do jovem Carlos Bolsonaro investindo contra o Ministro Bebianno,  peça política importante na constituição da maioria parlamentar tão desejada. Escolher este momento para acusar um político de proferir inverdades, apesar de aproximar-se da redundância, ocorreu no menos adequado dos momentos, à véspera da votação crucial.

Surpreende, ainda mais, se possível fosse, constatar-se o apoio do Presidente às acusações do filho, cuja recente linhagem aufere singular credibilidade. Aliando-se às acusações do herdeiro, Jair Bolsonaro provoca um desequilibrio político que demanda correção. Apesar do Poder Moderador, constituído pelo pelotão de generais em prol do desarmamento dos espíritos, o sangue falou mais alto. Talvez  mais alto do que o interesse nacional.

E assim, aproxima-se o primeiro grande teste, que perante Urbi et Orbi determinará a confiança dos grandes capitais na recuperação da economia nacional. Havendo vitória, pode-se esperar um aumento, inicialmente gradual e crescente no influxo de investimentos em direção ao Brasil, impulsionando sua economia e revertendo as dificuldades que afligem a população. Inversamente, a ser derrotada a magna proposta, os efeitos imediatos serão severos, afetando bolsas e câmbio e, ainda mais relevante, castrando-se as expectativas favoráveis essenciais ao crescimento da Nação.

Cabe, assim, perguntar-se: estamos presenciando as passageiras dificuldades na relação de pai e filhos, ou, inversamente, teremos a gradual instituição de mais um  poder na Nação, o da Descendência, trazendo mais uma insegurança ao processo político que há décadas aflige o país?

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