O desrespeito ao Cidadão
Vimos na imprensa que alguns ilustres senhores Senadores
rejeitam pagar o imposto de Renda sobre seu 14º e 13º salários. Não todos, pois
muitos concordaram em arcar com o ônus que é imperativo para os cidadãos normais. Resta,
contudo, a indagação que vai mais fundo,
a meu juízo. Por que cargas d’água deve um legislador receber os salário extras
que não cabem ao cidadão comum. Certamente não trabalham mais do que o peão ou
o bancário, o motorista ou o metalúrgico. De onde vêm a iniqüidade que permite
a criação de uma casta a parte? Certamente não será da Constituição. Como pode
prevalecer um sistema onde um pequeno grupo de pessoas tem o direito de outorgar-se
salários, aumento destes e, ainda, outros benefícios?
Os tempos estão mudando e o clamor público, através da mídia e das redes sociais, se fazem
sentir com crescente intensidade. Não mais cabe a inércia do eleitor, do homem
comum que tanto pagam e tão pouco recebem do Estado, pois o protesto pode ser recompensado. Vale
lembrar a Lei da Ficha Limpa e a recente condenação dos poderosos para
acreditarmos que o País tem jeito; muito depende de nós.
As centenas de milhões de reais que se esvaem dos cofres
público não encontram justificativa numa nação ainda subdesenvolvida, buscando
educação, saúde, saneamento básico, transporte, etc... Basta, parem de aumentar
impostos para compensar, dentre outros, os
excessos que vem de cima. Vamos aprender com os países poderosos, tais como a
França e a Itália que recém cortaram os salários e mordomias de seus dirigentes
como exemplo dignificante para uma nação que precisa crescer.
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Novamente Palestina
As alianças estão em fase de desmoralização. No recente embate nas Nações Unídas, os
Estados Unidos, guiados pelo exclusivo interesse de Israel,
só conseguiram arregimentar nove países para rejeitar a pretensão Palestina. E que países... o Canada, os Checos, as
poderosas Ilhas Marshall, a nobre ilha de Palau, a exemplar Ilha Nauru, a importante Micronésia e a semi colônia do Panamá.
Já as potencias Européias optaram
pela repulsa ou pela abstenção à posição Norte Americana. Pela oposição votaram os Escandinavos, a
França, a Itália, a Espanha e outros; pela omissão e abstenção se manifestaram países como a Alemanha, o Reino Unido e outros.
Assim a Europa negou o apoio à absurda posição do “Clube do Não”.
As restantes 138 nações, levadas pelo repúdio ao permanente
congelamento da esmagada Palestina, votaram pela sua inclusão nas Nações Unidas
como Estado Observador. Vale notar que a rejeição à posição americana nenhum benefício material
trouxe a estes países, muito pelo contrário. Seu voto deu-se por convicção que
a primazia da Lei Internacional, tão ferida no confronto
Israel-Palestina, é essencial à
preservação de seus interesses permanentes. Os cépticos dirão: e a Rússia, e a China? De fato estes têm sua própria agenda, e na
condição de super potências pouco se preocupam com a Lei Internacional.
Resumindo, a Civilização deu um passo na direção correta,
por rejeitar um dos últimos vestígios de colonialismo militar. Que passará pela
mente de Barack Obama, Premio Nobel da Paz? Não constata que as Nações Unidas
são o fórum ideal para se chegar à Paz? Do seu lado Israel, rejeitando incomprensívelmente um momento de Paz, iniciou, sem qualquer diálogo posterior, as
represálias; cortará a Palestina quase pela metade com a expansão de assentamentos e
embolsará os primeiros 120 milhões de dólares devidos à Ramallah. Que outras medidas
retaliatórias estarão por vir? Que reações provocará do lado Palestino?
Este não será o último capitulo de uma tragédia que se
prolonga a sessenta anos.
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