domingo, 2 de dezembro de 2012


O desrespeito ao Cidadão

Vimos na imprensa que alguns ilustres senhores Senadores rejeitam pagar o imposto de Renda sobre seu 14º e 13º salários. Não todos, pois muitos concordaram em arcar com o ônus que é  imperativo para os cidadãos normais. Resta, contudo, a indagação  que vai mais fundo, a meu juízo. Por que cargas d’água deve um legislador receber os salário extras que não cabem ao cidadão comum. Certamente não trabalham mais do que o peão ou o bancário, o motorista ou o metalúrgico. De onde vêm a iniqüidade que permite a criação de uma casta a parte? Certamente não será da Constituição. Como pode prevalecer um sistema onde um pequeno grupo de pessoas tem o direito de outorgar-se salários, aumento destes e, ainda, outros benefícios?

Os tempos estão mudando e o clamor público,  através da mídia e das redes sociais, se fazem sentir com crescente intensidade. Não mais cabe a inércia do eleitor, do homem comum que tanto pagam e tão pouco recebem do Estado,  pois o protesto pode ser recompensado. Vale lembrar a Lei da Ficha Limpa e a recente condenação dos poderosos para acreditarmos que o País tem jeito; muito depende de nós.

As centenas de milhões de reais que se esvaem dos cofres público não encontram  justificativa  numa nação ainda subdesenvolvida, buscando educação, saúde, saneamento básico, transporte, etc... Basta, parem de aumentar impostos para compensar, dentre outros,  os excessos que vem de cima. Vamos aprender com os países poderosos, tais como a França e a Itália que recém cortaram os salários e mordomias de seus dirigentes como exemplo dignificante para uma nação que precisa crescer.

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Novamente Palestina

As alianças estão em fase de desmoralização.  No recente embate nas Nações Unídas, os Estados Unidos,   guiados pelo exclusivo interesse de Israel, só conseguiram arregimentar nove países para rejeitar a pretensão Palestina. E que países... o Canada, os Checos, as poderosas Ilhas Marshall, a nobre ilha de Palau, a exemplar Ilha Nauru, a importante Micronésia e a semi colônia do Panamá.

Já as potencias Européias  optaram pela repulsa ou pela abstenção à posição Norte Americana. Pela oposição votaram os Escandinavos, a França, a Itália, a Espanha e outros;  pela omissão e abstenção se manifestaram  países como a Alemanha, o Reino Unido e outros. Assim a Europa negou o apoio à absurda posição do “Clube do Não”.

As restantes 138 nações, levadas pelo repúdio ao permanente congelamento da esmagada Palestina, votaram pela sua inclusão nas Nações Unidas como Estado Observador. Vale notar que a rejeição à  posição americana nenhum benefício material trouxe a estes países, muito pelo contrário. Seu voto deu-se por convicção que a primazia da Lei Internacional, tão ferida no confronto Israel-Palestina,  é essencial à preservação de seus interesses permanentes.  Os cépticos dirão: e a Rússia, e a China?  De fato estes têm sua própria agenda, e na condição de super potências pouco se preocupam com a Lei Internacional.

Resumindo, a Civilização deu um passo na direção correta, por rejeitar um dos últimos vestígios de colonialismo militar. Que passará pela mente de Barack Obama, Premio Nobel da Paz? Não constata que as Nações Unidas são o fórum ideal para se chegar à Paz? Do seu lado Israel, rejeitando incomprensívelmente um momento de Paz, iniciou, sem qualquer diálogo posterior, as represálias; cortará a Palestina quase pela metade com a expansão de assentamentos e embolsará os primeiros 120 milhões de dólares devidos à Ramallah. Que outras medidas retaliatórias estarão por vir? Que reações provocará do lado Palestino?

Este não será o último capitulo de uma tragédia que se prolonga a sessenta anos.

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