sexta-feira, 19 de maio de 2023

A Luz e o Homem

 



Em recém artigo de prestigiosa instituição internacional, o Commonwealth Fund, compara-se o consumo de drogas e as mortes resultantes dentre os países de cultura Ocidental. No estudo verifica-se a esmagadora preponderância de tal flagelo nas nações situadas nas faixas gélidas do planeta. Dos doze países com maior índice de mortes por droga por milhão de habitantes, a lista é liderada pelos Estados Unidos (277 mortes por milhão de habitantes), seguindo-se em ordem decrescente, o Reino Unido (267) , os países escandinavos (de 70 à 30). Já, na faixa temperada, a França e Portugal revelam a incidência de apenas 7 e 5..

Não parece haver dúvida sobre ter o clima forte influência sobre o comportamento humano. Enquanto nos países frios e de longos períodos de escuridão, onde o Sol mostra-se tímido quando não ausente, tem o seu clima como estímulo à atividade humana e riqueza que dela decorre. Assim demonstra, não por acaso, a superioridade econômica das nações setentrionais. Nestes países o ócio é severamente punido.

Ainda, a religião como elemento convergente, gera suas consequências sociais e econômicas. Verifica-se, também, a preponderância nos países frios da religião protestantes, onde ela, contrariamente ao catolicismo, estimula a riqueza. Nesta teologia, vide o Calvinismo, o rico reflete a recompensa de Deus, enquanto o católico vê na pobreza a imagem de Cristo, assim diferenciando a ordem dos valores e dos objetivos.

Tais fatores de tensão existencial, tanto física quanto psíquica, exercem forte influência e diferença no comportamento das populações dentre os países ocidentais do Norte e do Sul, conforme demonstra a relação acima.

Será o Catolicismo mais tolerante com a fraqueza humana? Terá a Confissão um elemento de expiação de culpa e distensão psicológica? E, ainda, seria maior o rigor da teologia protestante, onde a culpa é introspectiva, tornando-se um fardo psicológico e existencial? Seria, assim, elemento relevante na extensão do uso da droga como escapismo?

Já pelo lado tropical, o clima generoso e ensolarado perdoa a displicência, sendo que em sua terra tudo dá. Tanto o presente quanto o futuro são igualmente previsíveis e de índole generosa, pois tanto o clima quanto a fertilidade atenua os rigores da incúria. A busca do imediato prepondera, deixando o porvir para quando se apresentar. Tal visão atenua a tensão autocritica uma vez que a punição material pelo insucesso é mais branda. Contraria, porém, o conceito de influir sobre o futuro através de investimentos cujo longo prazo mais riqueza poderá trazer. Cria-se, assim, uma ensolarada conformação imediatista, condenando a sociedade à mediocridade econômica.

As fábulas de La Fontaine e Êsopo, falam do alto preço do imediatismo, porém o fazem porque tanto na França quanto na Grécia os invernos são rigorosos. Em países tropicais as fabulas tratam mais de amor, atividade ubíqua e de teor imediatista, do que temas de longo desdobramento.

Seria impetuoso dizer-se que a “joie de vivre” acompanha o Sol? Que sobreviver é mais fácil nas terras quentes? Quando tudo é mais fecundo quando a pele não é fria?

A pesquisa produzido pela Bloomberg reflete o quadro depressivo identificado pelo consumo de drogas. O conflito interno, o pessimismo para com a vida, a falta de esperança são fatores que levam à droga. Tal quadro mais reflete sobre aqueles que fracassam nos desafios dos países frios, onde a penúria do calor solar e a sombria natureza invernal potencializa as exigências pela sobrevivência física e psicológica.




quinta-feira, 4 de maio de 2023

Aos bons leitores informo que, por razão de viagem, esta Coluna terá sua divulgação temporariamente suspensa, retomando sua publicação a partir do próximo mês de Junho.

Muito agradeço sua compreensão e fidelidade.

Pedro Leitão da Cunha






segunda-feira, 17 de abril de 2023

Lula na China




Levando em conta o crescente intercambio comercial e financeiro entre o Brazil e a China, Lula agiu bem em aveludar suas relações com o gigante oriental. Hoje o comercio  brasileiro com a China supera aquele dos Estados Unidos e da União Europeia e sua tendência continua ascendente. Ainda, aumenta, gradativamente, investimentos chineses no Brazil.  Esta importante relação, contudo, não deve prejudicar as relações que o Brazil tem com os Estados Unidos e a Europa.

Dentre os assuntos abordados, a questão Russa-Ucrânia não poderia estar ausente. Este conflito causa estremo desconforto à China, causando lhe dano político internacional face sua aliança com a Russia. Além dos assuntos acima mencionados em sua conversa  com Xi Ji Ping, Lula propos sua intermediação para o cessar das hostilidades no front russo; a proposta  parece ter sido bem recebida. Sua confirmação veio através da inesperada visita ao Brasil do Chanceler russo, Sergei Lavrov, revelando a redirecionamento de Putin à um Cessar Fogo.

A Russia reconhece que esta guerra interrompeu uma tendência virtuosa com a União Europeia, tanto política quanto econômica, que teria amplo impacto na geo-política, reduzindo ou, quiçá, eliminando a secular ameaça russa  presente desde os tempos imperiais e comunista.  Com o passar do tempo, o seu preço torna-se crescente, tanto em vidas quanto  material. 

Já, a politica norte-americana, tendo por objetivo o enfraquecimento da Russia, teve amplo sucesso.  Putin não soube evitar a armadilha que Washington lhe preparara.  Ao pressionar Moscou com a cooptação de Kiev para a OTAN, optou ele, erroneamente, pela invasão do vizinho. Ao fazê-lo, jogou por terra todo o trabalho anterior de reaproximação com o Ocidente Europeu. O alto preço de tal erro político já se faz sentir na economia russa.

Contudo, com o prolongamento inesperado do conflito,  o quadro político parece mudar. Tanto  a União Europeia quanto a Rússia sentem crescente insegurança tanto politica quanto militar. A final, dir-se-á, a Ucrânia não vale os sacrifícios diretos e indiretos que o conflito causa, porém a União Europeia não aceitará a validação do precedente que a invasão representa. Em sentido contrario, Washington revela o "animus-belli", onde a continuidade da guerra lhe interessa pois enfraquece seu maior adversário  militar.

Não fora a guerra que ora tumultua o quadro geo-politico das potências, assim congelando alianças existentes no contexto Ocidente vs Oriente,  razoável supor-se que à União Europeia convém tanto uma reconfiguração de menor teor militar nas relações com Washington, como lhe interessa diversificar suas opções políticas e comerciais, isto é, ampliar sua intimidade econômica com a China bem como pacificar a Rússia. 

Neste sentido, a visita de Macron à Peking revela gradual exaustão da formula geopolítica existente até hoje. O confronto Ocidente-Oriente torna-se cada vez mais dispendioso pelas oportunidades político- econômicas perdidas com o afastamento da Rússia e da China. 

Em atitude simultânea e semelhante à de Lula, a visita do presidente Emanuel Macron à Moscou propondo uma interrupção do conflito traz um peso adicional e relevante  ao esforço de pacificação. A perdurar o conflito ora em curso, aumenta exponencialmente o perigo de sua nuclearização, com consequências imprevisíveis para a humanidade.  

 


  

terça-feira, 4 de abril de 2023

IA e Submissão




As redes sociais teem se tornado ponto de encontro que a sociedade procura para debater os mais diversos assuntos. Dentre eles se destaca a proposição de ideologias com teor violento, onde os participantes moderados se veem submersos pelas propostas violentas e iradas, transformando o que poderia ser um debate civilizado em diálogo de crescente intolerância e, até mesmo, ódio e raiva.

Surgem, agora, condições para a potencialização destas condições desagregadoras. O recente lançamento de novo produto no mundo digital, trazendo à Humanidade  os "benefícios" da Inteligência Artificial (IA), será o primeiro passo no desmonte de uma era de previsibilidade e sua evolução-involução em direção à pretensa nova etapa civilizatória..

Seu maior impacto seria sobre sua influência em direcionar ao público, anonimamente, a "realidade" na direção dos interesses, lícitos ou ilícitos, dos seus criadores. Abastecida por inesgotável estoque de fatos, palavras e conceitos, a IA oferece, a pedido de agente anônimo, a argumentação que lhe permitirá disseminá-la "urbe et orbi".

É possível prever-se que a crescente influência que hoje se observa nas redes sociais, será turbinada pela IA, tornando a opinião pública sua refém. Como exemplo, tem-se três eventos com intensa participação das redes sociais, levando milhares de pessoas à extrema violência em busca de um objetivo político. A invasão do Capitólio norte-americano pelas hordas de Trump, a invasão da Praça dos Três Poderes pela turba de Bolsonaro e a atual invasão de Paris pelos sindicatos e aderentes são claros exemplos de eficaz manipulação virtual.

Casos semelhantes terão ocorrido no passado, mas não com a rapidez e quantidade observadas nos  eventos relatados, nem com o nível de violência ora constatada. As palavras de ordem, transmitidas pela redes sociais em velocidade eletrônica, impulsionada pelos algoritmos e com alcance tentacular, atiçam e insuflam grandes segmentos da sociedade, estes infectados pela malevolência e intolerância. 

Tornam-se tais redes o veículo pelo qual a Inteligência Artificial exercerá seu pleno domínio.  Anônima, secreta e ubíqua,  a IA, capturada pelo Poder, recorrendo ao instrumento de comunicação em massa, se prestará à missão de perverter e dobrar a livre vontade. Resta saber com quais antídotos contará a Humanidade para que possa preservar seu ora cadente livre arbítrio. 

Já, no campo das relações pessoais, como saber a verdadeira autoria  de uma tese, de um texto, de uma argumentação? Tornar-se á um ser humano, guiado, sem sabê-lo, pela avalanche gerada pelo IA, expelindo sons e letras em obediência à força subliminar? Quão confiáveis serão o seu próximo amigo, amiga, funcionário, chefe, todos passiveis de contaminação? 

Porém, ainda que diante de claro e atual perigo decorrente da esperada onda de fatos e conceitos manipulados, não deve a sociedade procurar na censura a proteção dos meios de comunicação. Urgente e necessário será o desenvolvimento de meios de filtragem, identificação de origem e neutralização da IA,  para, assim, proteger o livre arbítrio que resta ao homem.


domingo, 26 de março de 2023

Mundo Assustado



Face à desastrada e malograda invasão de seu vizinho, tornou-se claro que a Russia, excluindo-se seu armamento nuclear, não mais tem o poderio convencional que lhe permita a agressividade passada. A superioridade tecnológica do armamento norte-americano, responsável pela neutralização de sua  ofensiva blindada revela o fosso tecnológico que se observa no atual conflito. Este fato impõe uma revisão das projeções geopolíticas para os próximos anos.   

Hoje, Moscou enfrenta a escolha de uma de duas opções; a primeira seria "double down" sua agressão em busca de  vitória rápida. recorrendo à arma nuclear tática e assim aproximando-se do dilema MAD (mutually assured destruction). Já, a segunda opção seria aceitar as propostas de pacificação do conflito, retornando à uma política externa mais branda, recolhendo-se à suas fronteiras e fortalecendo sua posição política no seu entorno geográfico.

No entanto,  não pode ser ignorada uma crescente vulnerabilidade de suas fronteiras meridionais face à independência das outrora repúblicas soviéticas do centro-asiático, tais como o Cazaquistão, Aserbajão e o Quirguistão.  Esta região torna-se  passível de interferência e cooptação norte-americana, seja diplomática, seja militar, com vistas à fragilizar o "under belly" da Russia. Neste caso, caberá à Moscou, não só reforçar suas relações na região, bem como  manter boas relações com a Turquia, Irã, Paquistão e India, países influentes na  Ásia Central.  

Já, a aliança com a China é necessária à sobrevivência do atual estamento russo. A complementaridade politico-militar é clara, e, trazendo-lhe Moscou o Punho Nuclear e provendo segurança mútua para a ampla fronteira que compartilham. Já, é relevante o potencial comercial entre as duas nações, pois alcança US$ 190 bilhões, sendo a Russia exportadora (US$114 bilhões) para a China, esta consumidora de matérias primas russas (vide petróleo, gaz e carvão), armamentos e outros produtos, Inversamente, a China  provê (US$ 76 bilhões) a seu vizinho ao Norte ao importar produtos manufaturados a preços competitivos bem como matérias primas (vide terras raras).  

A julgar pelos novos eventos que desfiam o equilíbrio internacional, estes tanto econômicos quanto políticos,  razoável prever-se uma reordenação geopolítica das potências dominantes. Novas alianças, ou, também, o seu desfazimento, levarão os grandes "players" à reavaliação de oportunidades e de vulnerabilidades. 

Pode se estimar que cinco centros de poder deverão se consolidar, levando em conta os polos Norte America, União Europeia, China e Russia. o Polo Petróleo, constituído pela Arábia Saudita, Irã e seus vizinhos, e o Polo Agrícola, onde o Brasil prepondera. 

Duas nações serão preponderantes, os Estados Unidos e a China, tornando-se  centros de atração das demais nações. Sem descurar da Europa, os Estados Unidos terão por prioridade o desenvolvimento da Liga das Nações de Língua Inglesa, ou seja, o Canada, a Inglaterra, a Australia e a Nova Zelândia. O amalgama para tal aliança provém da cultura e valores em comum que os une bem como a conveniência geopolítica.  Na Ásia,  ter-se-á a adesão confiável do Japão e da Coréia do Sul 

Já, a União Europeia dependerá para sua segurança do escudo militar da OTAN, o que, por sua vez, a amarra à politica norte-americana. Por outro lado, seu canal comercial com a China abre as portas para múltiplos benefícios econômicos e políticos. Ainda, o crescente comércio e investimentos no eixo Europa-China servirá para arrefecer as tensões hoje existentes. Reforçara, também, sua autonomia na medida em que menor for o perigo vindo da Russia. Neste cenário, dificilmente ter-se-á Vladimir Putin como presidente.

Enquanto os Estados Unidos exportaram para a União Europeia em 2021 um total de 555 bilhões de dólares, no memo ano as exportações chinesas para o mesmo destino totalizaram 586 bilhões de dólares. A progredir neste ritmo de crescimento do comércio EU e China, razoável estimar-se crescente convergência política na relação entre as duas potências. Da mesmo forma, com o declínio relativo do comercio europeu com os Estados Unidos, haverá diluição da influência de Washington, ainda que se mantenha ancorada no "guarda chuva" militar enquanto existir o diferendo com a  Russia.   

A União Europeia, cansada de guerra, tornar-se-á cada vez mais próspera, tendendo à uma crescente independência. À China, também,  o conflito não lhe interessa. Os dois maiores perigos a paz mundial  provém da Russia sob Putin, esta cercada na sua frente Ocidental pela OTAN, e dos Estados Unidos sob Biden, dispostos a impedir o crescimento da China a qualquer preço.


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segunda-feira, 13 de março de 2023

Varias...

I. Guerra na Ucrânia hoje revela sua antiga simpatia pela Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra Mundial, quando Kiev recrutou o equivalente à duas divisões para lutarem braço a braço com a Wehrmacht contra a Russia. Vide a Cruz de Ferro alemã estampada na frente de seu tanque. Por outro lado, compreende-se seu ódio aos russos, pois em 1932-33 Stalin, ao coletivizar a agricultura ucraniana, causou o colapso de sua agricultura a qual, por sua vez, provocou uma famína que custou a vida de milhões de seus compatriotas. 


II. De parabéns o governo Lula em sua pronta resposta à invasão do MST. Foram mandados para casa.
Ainda, o projeto fiscal a ser apresentado pelo Ministro Haddad parece ser construtivo e equilibrado. A   prever-se, um distanciamento entre Lula e a radical Gleisi Hoffman.                                                                         
III. Preparem-se para as consequências da Inteligência Artificial. O Bloomberg, em edição de 6     de      março, opina:                                                                                                                                                                   
             "Feel free, ask-me-anything tool — what fun! — is just the beginning of what is shaping up to  be an intense battle between artificial intelligence and humanity. Will we stay in control  or will they     end controlling us?                                                                                                                                   

IV.  De importância geopolítica é o reatamento de relações entre Arábia Saudita e o Irã. O ato vai muito   além de uma mera reconciliação. A mudança de rumo de Riad pode ter sido causada pela eleição de       Netanyahu e da trajetória agressiva que hoje impõe à Israel.                                                                                                                                
V. O germe da recessão reaparece nos Estados Unidos; teme-se que a recente falência de dois bancos de tamanho médio possa propagar-se no sistema bancário. Rápida foi a intervenção do Fed, protegendo os depositantes muito além dos limites do FDIC. Prevendo queda dos juros, como consequência de            potencial instabilidade de bancos, Wall Street registra alta nas bolsas. Será?                                              

VI. Renasce um Império, a aliança dos "English Speaking People". Aquele que Churchill                        magistralmente descreve em sua notável obra. Tendo por líder os Estados Unidos, a aliança abrangerá    América do Norte (Estados Unidos e Canada), a Europa  (Grã Bretanha), a Ásia (Havaí e Guam)             e  Oceania (Australia e Nova Zelândia) assim instituindo novo Império de presença global. Além  da       liderança política, Washington também comandará uma aliança militar, provendo seus membros com as armas necessárias.                                                                                                                                       
               
VII. A Europa de saia justa, Depende da segurança militar, incluindo o  guarda chuva nuclear, que os     Estados Unidos lhe presta. Já, a Velha Europa, cansada de guerra, vê na China promessa de crescente    comércio e investimentos. Um novo "boom" econômico torna-se possível, mas a hostilidade de             Washington atrapalha. A ver...                                                                                                                     
                                                                                                                            

quinta-feira, 2 de março de 2023

O Homem e a Árvore



A derrubada de árvores parecia ser coisa de Bolsonaro, em sua ânsia de escavar terras e rios em busca de ouro e outras riquezas. Porém, o MST, vislumbrando o apoio tácito ideológico do governo Lula, não hesitou em promover um deprimente espetáculo, onde dezenas de árvores recém plantadas foram derrubadas à machadadas. Este vandalismo explícito feriu o conceito, hoje prioritário, da proteção ambiental. 

Hoje, a árvore é parceira do Homem, e sua vida nos importa. 

Esta agressão, tanto do ponto de vista legal quanto ecológico, por entidade intimamente ligada ao PT,  favorece o campo político de Bolsonaro, e afasta àqueles que contra ele votaram.. Fosse este um raro desmando, a punição pelo crime cometido talvez merecesse pena branda. Mas tal não é o caso. O MST é uma organização que tem por existência a intimidade com o crime; invasão armadas, sequestros, encarceramento e mesmo mortes fazem parte de sua folha corrida. É uma organização raivosa com ânimo destrutivo, que não deve encontrar tolerância, muito menos apoio, neste mundo moderno e civilizado. A cumplicidade do MST com o partido dos  trabalhadores causa forte rejeição no eleitorado neutro.  

Não lhes basta receber terras para assentamento, pois o MST não raro exige quais as terras que desejam, pertençam ou não à outrem. Vale lembrar que a propriedade rural não se compara, do ponto de vista psicológico e emocional, com a volúvel propriedade urbana. A terra no campo é vida e sobrevivência, e vida se defende com armas. Sua violação trará sempre conflito e, não raro, mortes.  Em suma, seu conteúdo político é extraordinário, o qual, se não controlado. ternar-se-á um rastilho de pólvora.

O Brasil tem a terra como seu maior patrimônio econômico. O sucesso de  sua economia dela depende. Defendê-la daqueles que desrespeitem sua integridade torna-se questão de Segurança Nacional. A eventual complacência pelo governo Lula abre uma Caixa de Pandora. 

Cabe ao Presidente chamar a si este conflito que beira a anarquia, buscando o respeito estrito às leis.