A escolha de Hiroshima para o local da conferência dos G7 desafia a diplomacia de conciliação, enquanto lembra à Peking a disposição norte-americana do uso do poderio nuclear americano que se soma às sanções tanto políticas quanto econômicas hoje em vigor. Ainda, a escolha do Japão, invasor da China durante décadas passadas revela também mensagem ameaçadora para sediar a conferência.
Para o observador neutro, a China não demonstra agressividade geopolítica a não ser no mercado, seja como exportador e investidor, seja como importador e acolhedor de empresas Ocidentais em seu território. Seu comportamento internacional vem sendo sobretudo defensivo, contrariamente ao discurso de seus críticos.
Por outro lado sua expansão econômica é notável, abrangendo todos os continentes simultaneamente. Hoje a China exporta mais para estes mercados do que sua concorrente americana. Medido pelo valor de compra interno sua expansão econômica supera a norte-americana.
Já no que tange a geopolítica o governo chinês tem declarado que Taiwan pertence historicamente à China, tem também insistindo que a recuperação deste território seguirá um "ritmo histórico", assim acenando como projeto de longo prazo. Contudo, Peking reage às alterações do status-quo quando de investidas político-militares de Washington.
Uma fria análise desta situação leva à uma comparação do episódio Ucrânia e Rússia com o diferendo asiático. A ameaça norte-americana de cooptar Kiev para membro da OTAN levou Putin à erro colossal ao invadir a Ucrânia. Já, as crescentes ameaças de Washington, nos âmbitos comercial, político e militar podem levar Xi Jinping a cometer o mesmo erro de Putin, assim justificando a avassaladora resposta militar e política de Washington..
A se realizar tal hipótese, a inevitável vitória norte-americana levaria a China não só à derrota militar, mas, sobretudo ao desmantelamento da sua econômia. Por efeito ter-se-ia a neutralização da ameaça chinesa, seja militar, seja econômica, assim consolidando e prolongando a preponderância internacional dos Estados Unidos.
Um comentário:
Será? Mundo doido!
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