Enquanto nos séculos anteriores a evolução no ensino, na economia, na ciência, e nas armas ocorriam lentamente, em ritmo de progressão aritmética, hoje, impulsionado pela cibernética a progressão tornou-se geométrica.
No recém passado, a dificuldade do Estado em satisfazer as necessidades físicas e intelectuais das grandes massas populacionais, estas ignorantes e mal nutridas, tolhia o desenvolvimento econômico, Hoje, com o benefício da cibernética, o apreendizado em massa torna-se elemento de aceleração do conhecimento popular. abrindo portas antes fechadas.
Contudo, o projeto de enriquecimento do país só será factível, realista e eficaz caso a priorização dos fatores seja harmoniosa, abrangendo os interesses tanto da base da pirâmide quanto do seu cume.
Já, o Brasil, perdido dentre confusas e contraditórias ambições, mergulhado nos desvios que obscurecem as prioridades nacionais, dominado por uma cleptocracia, dificilmente se valerá dos benefícios sociais e economicos que a cibernética oferece.
Sem a viabilização econômica e social da base populacional brasileira não haverá o avanço tanto cultural quanto econômico; o país estará condenado à mediocridade. Contentar-se com a tese néo-liberal do "trickle down economy", onde o enriquecimento dos andares superiores irrigariam o crescimento da base seria um erro como demonstra nos Estados Unidos, o mais relevante dos laboratórios econômicos do planeta. Lá as classes médias, remediadas e pobres têem sua renda estagnada enquanto o PIB mantem sua ascenção, aumentando a desigualdade.
Para estimular a atração popular pelo capitalismo seria imprescindível nivelar as regras no campo fiscal (level playing field) e potencializar o ensino a baixo custo. Ganharia ela substância se houvesse uma reformulação fiscal onde o ônus recaísse, proporcionalmente, sobre as maiores fortunas, estas hoje protegidas pelos "loop-holes" (artifícios fiscais) beneficiando-se de proteção codenável.
Tal remanejamento permitiria privilegiar a educação, a saúde, o ensino, a moradia, o transporte essenciais à mobilização de todas as classes no projeto de crescimento brasileiro. A complascência para com a favelização, mental e física, do lúmpem ameaça a integridade da nação. Parece ser essencial a incorporação econômica, cada qual na sua capacidade, de todos os brasileiros. Sem fazê-lo, ter-se-á um crescente distanciamento entre as classes que compõem a demografia sócio-econômica, assim fragilizando a democracia e a nação.
A correção destas imperfeições não reside no empobrecimento das classes que compõem o topo da pirâmide. Pelo contrario, preservado o livre jogo do mercado, delas decorrem os investimentos que alimentam a prosperidade nacional. Porém, ao Estado cabe corrigir e equilibrar as situações monopolístas e privilegiadas, onde, pela sua natureza, as forças do mercado são distorcidas.
Neste sentido, a experiência europeia nos ensina que o capitalismo moderno, respeitando a economia de mercado, tembém é viável, num quadro de coordenação construtiva de todas as camadas que compõem a pirâmide econômica da Nação.
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