segunda-feira, 29 de março de 2021

O castelo desaba

 



O castelo de cartas começou a desabar. No começo era uma construção de bom agouro, cheia de promessas. O Príncipe garantia!  O castelo era uma muralha contra o avanço do monstro "Esquerda". Ainda, o castelo era uma prisão para encarcerar os bandidos deste país que, em conluio com políticos, roubavam o erário, roubavam o povo trabalhador. Era o castelo uma promessa de política internacional, onde o Príncipe, abraçado ao seu irmão maior, o Donald, venceria todos os desafios que o planeta interpusesse, trazendo comércio e capital para sua maior riqueza. 

E, assim, carta após carta, toda uma esperança foi construída em torno de uma grandiosa ideia, tendo por argamassa as teses privatisantes de Milton Friedman, por um lado, e, por outro a tese  Terraplanista, onde  o centralismo nacional substituiria a globalização conspiradora, enganosa, até hoje responsável pelo atropelo do interesse nacional.  

Pano rápido! Novo cenário. Aí apareceu uma gripezinha que veio atrapalhar. Apareceu, também, umas "rachadinhas" nas paredes do castelo de cartas. O Príncipe do castelo  mudou de ideia, e ficar no trono era mais importante do que arrumar a casa. Precisou, também, de gastança. Precisava de povo feliz, alegre, sem medo para que o adorasse.  

Mas o que mais mudou foi a vida de mais de  300.000 pessoas, infectadas pelo exemplo do príncipe que não usava máscara, tomava cloroquina, adorava festanças com sicofantas, tinha medo de vacina. E a vida dessa brava gente  acabou bem antes da hora. E daí?...perguntava o Príncipe como um desgarrado Hamlet.

Por bem ou por mal,  muitos nobres deixaram o Príncipe. O da Justiça, o da Saúde, o da Petrobras, o do Banco do Brasil, o da Eletrobrás, o da Casa Militar e por aí vai...Outros foram varridos pelos ventos da indignação; o da Doença, o da Burrice, e, finalmente, o Grande Marquês dos Retrocessos Exteriores. 

E o Castelo começou a se desmanchar, a se inclinar pra cá e pra lá, volta e meia lá se ia uma, duas, dez das cartas que o sustentam. Mudança aconteceu, o Príncipe mudou. 

Hoje o Príncipe mudou de roupagem, de figura, de ambição; e tem-se um novo Senhor, travestido de comandante e que pouco comanda, que nada tem à ver com aquele que fora entronizado. Que não mais merece a lealdade por ter abandonado os que dissera defender. Por abandonar os que tinha por obrigação proteger. 

Tudo por causa de uma reeleição, por falta de compreensão. E lá se vai o castelo, já sem sustentação.

domingo, 21 de março de 2021

Fé e Superstição



Ontem esta coluna constatou que existe uma realidade paralela. Ela se manifesta, não sub-repticiamente, escondida sob camadas temporais enganadoras; pelo contrário, está evidente diante de todos que assistem televisão. 

Basta escolher um canal, como foi feito. Na tela surge um senhor, bem apessoado, inteligente e convincente que se dirige a uma audiência que habita alguma outra dimensão. No longo tempo em que discursou, falou das vicissitudes humanas, do pecado, da redenção, do trabalho honesto, da contribuição financeira, um discurso abrangente. Mas não parecia ser no Brasil.

Em interrupções planejadas, consultava seus dois assistentes, onde, cada qual a seu turno, enumerava  dezenas de "curas" resultantes, exclusivamente,  de orações. Supreendentemente, dentre esta aflições, cada qual dos assistente relatava, apenas, quatro ou cinco casos de Covid 19, estes também curados por bem assestadas rezas. 

O "ancora teológico", um pastor que se na real dimensão temporal fosse, teria dedicado algum tempo à Pandemia que assola o país, e que vitimiza tantos fiéis. Ofereceria conselhos de auto proteção ou de resguardo de parentes e  amigos. Máscara seriam mencionadas, distanciamento seria aconselhado. 

Nem uma palavra. A proteção é exclusivamente divina, nada tem de material. E os 292.000 mortos? Morreram porque eram infiéis, escolheram a proteção errada? E para o futuro imediato, alguma orientação. Claro que sim, reze mais, com mais contrição. 

Século XXI, o homem chega a Marte, as vacinas salvam milhões de seres, o microfone e a tela da televisão para que o Pastor alcance sua audiência; todos estes fatos são testemunhos da ciência. É a morte da Superstição.

Jesus não pregou  contra remédios, contra médicos, contra prudência. Toda religião deve ser respeitada, mas os homens, falíveis por natureza, que as orientam, que as representam teem por dever priorizar o bem estar espiritual e físico de seus fiéis. A Inquisição, exemplo de obscurantismo, foi, no tempo,  repudiada pela Igreja Católica. Cometera grave pecado: a soberba de tudo conhecer. 

Em busca da luz, da verdade,  Jesus Cristo, o mais humano, generoso e clemente dos Profetas, deu sua Vida como valor supremo, pois dela decorre a perpetuação do ser humano, só interrompida no Juízo Final.

quarta-feira, 17 de março de 2021

Biden e seus desafios.



Já faz mais de mês que Joe Biden assumiu as rédeas da mais poderosa nação do planeta.. Internamente, trouxe tranquilidade, colocando nos trilhos a política anti-pandêmica, reduzindo o nível da hostilidade político-ideológica, distribuindo substanciais recursos para a sofrida população, reduzindo o fosso e  dialogando em tom bi-partidário. 

Porém, na política externa, o Presidente foi buscar nas tradições do Partido Democrático o hábito  moralista e, não raro, intervencionista,  se auto-concedendo  o direito de determinar o Certo e o Errado, porém,  sob a ótica de seus interesses. Vale lembrar que ainda no Século XX  vê-se o "partido do asno laborioso"¹  liderando a participação americana em ambas as guerras mundiais bem como das guerras da Coréia, do Vietnam, do Kosovo, e várias intervenções no Oriente Médio. Não se trata de um partido pacifista. Tanto Biden quanto Obama votaram pela invasão do Iraque.  

Ainda hoje, o Partido é propenso à impor seus Valores  às outras nações.  

Na retomada do diálogo com o Irã, onde a retirada unilateral dos Estados Unidos recebe acerbas críticas de seus aliados, Joe Biden recusa reconhecer o erro e mantêm as sanções draconianas trazidas por Donald Trump. Contrariando o princípio de retorno ao status-quo-ante, impõe novas condições à Teerã, dentre as quais o desmantelamento de seu arsenal de misseis, para que  retorne ao pacto anti-nuclear. Só então, suspenderia as sanções hoje vigentes.  Olhando sob o prisma iraniano, dificilmente Teerã  irá despir-se de sua única capacidade de defesa retaliatória, assim criando um impasse que prolongará o potencial de conflito na região. 

Ainda, a dualidade de comportamento com Estados "amigos " e "inimigos", a ambivalência  é claramente visível no contraste entre tratamento entre Estados impositivos tais como a Arábia Saudita, Egito, Israel, Vietnam, por um lado e Rússia e China por outro. Os primeiros são premiados enquanto o segundo grupo sofrem os rigores moralistas. Na verdade, ambos os grupos acima mencionados mereceram, por razões variadas, o opróbio da Lei Internacional e das Nações Unidas. 

Já, a relação Washington - China merece especial atenção, Assim como nas relações pessoais, a história, seja do individuo, seja a de países tem crucial importância na disciplina de Entender para melhor negociar. Só é possível "entender" um país conhecendo-se sua história que, em última análise, forma a personalidade do seu povo e de sua elite. Sem tal exercício, o um dialogo de surdos resulta.

A compreensão do que move o interlocutor não significa subordinar-se à sua vontade; pelo contrario, facilita encontrar os canais de convergência, permitindo o "give and take" que precede o acordo desejado. Se o objetivo não é a guerra, então a paz resulta, onde, para mantê-la, as duas partes se beneficiam.

Negociar com a China sem conhecer as décadas de dominação que sofreu pelas forças europeias, japonesas e americanas, sem realizar o domínio absoluto inglês sobre Hong Kong até sua transferência para a China, sem levar em conta a subjugação pelo Japão de grande parte de seu território por décadas, torna-se fácil de entender porque a Nova China  prioriza o poder militar e a extensão de suas fronteiras defensivas. Não é questão de Certo ou Errado, a questão é entender o interlocutor.

Surpreende,  assim,  que a virulência verbal contra a China se mantenha, mesmo após a demise de Donald Trump. O recém empossado chanceler, Antony Blinken, expôs uma visão agressiva face à concorrência crescente que lhes move a China, dando à sua elocução vocabulário de conflito, alegando que seu crescimento econômico-militar ameaça a segurança dos Estados Unidos. O discurso revela  continuidade da política anterior na direção do conflito, armado ou não.

Ao observador cabe crescente preocupação, onde fica dito que o êxito de nação concorrente aos Estados Unidos  traduz-se em ameaça à sua soberania. Ora, o Capitalismo tem na Livre Concorrência a sua essência; como pode ela embasar alegação de ameaça internacional?  Será que este conceito só seria válido para Washington enquanto o concorrente lhe seja inferior?

E eis que mais um atrito internacional emerge, onde Joe Biden se deixa levar por ancora de televisão à aquiescer ao opróbrio de "Assassino" para Wladimir Putin, em diálogo referente as eleições americanas. 

Tal escolha de palavras pela chancelaria americana  perante a comunidade internacional, é de especial relevância  como formulação de política internacional por um governo que dá os primeiros passos. Mais construtivo e tranquilizador para a comunidade internacional seria iniciar, de pronto,  o esforço conciliatório, proponente de um "reset" onde as semelhanças seriam consolidadas e diferenças negociadas.  

A manter os Estados Unidos uma atuação agressiva, usando ameaça de sanção econômica como ponta de lança, menosprezando a necessidade de diálogo entre iguais, acentua-se um clima de insegurança internacional, fragilizando países e instituições.

Relevante notar-se que, ao Brasil, os conflitos acima relatados contrariam seus interesses,  políticos e econômicos, os quais recomendam uma politica externa de portas abertas, enquanto preservada a soberania nacional. A neutralidade nas suas relações é necessária ao desenvolvimento econômico e social da Nação.

Cabe ao Brasil ter com os Estados Unidos relação preferencial, não só por ser vizinho poderoso mas, também, pela convergência cultural. Mas sem automatismos, seja com que for. Pela sua extensão e conformação, o Brasil é relevante e insubjugável, o que leva países, amigos ou não, à respeitar suas posições pacíficas, no xadrez internacional.

A Nação enfrenta gigantesco desafio com 210.000.000 milhões de cidadãos,  pobres e remediados em sua maioria,  espalhados através de 8.000.000 km² com insuficiente infraestrutura. A tarefa de soerguimento é hercúlea. Conhecimento e capital são fatores primordiais para o projeto Brasil, ultimamente sujeito ao  continuo rebaixamento no rol das nações. Assim, torna-se prioritário rever, em profundidade a Política Externa brasileira para que complemente a energia internacional ao esforço nacional. 




quarta-feira, 10 de março de 2021

Lula, Bolsonaro e uma Terceira Via

 


Recém recebi manifesto do Partido Novo que revela novas guidelines repudiando os desmandos do governo Bolsonaro e, buscando na sua independência, como melhor servir o Brasil.

Tendo em vista a emergência inesperada de Luis Inácio (Lula) da Silva à arena política, onde, em discurso de hoje revela que "nada aprendeu e nada esqueceu"¹, parece à esta Coluna ser oportuno reproduzir o recente manifesto do Partido Novo, onde decide abandonar anterior dubiedade. 

Pelo contrário, o seu teor atual parece claro, preciso e correto, e coincide com a urgente necessidade de estruturar-se uma Terceira Via política, onde a pluralidade de atores e partidos será necessária. Não se trata, aqui, de adesão à este ou àquele partido, mas sim de acentuar a urgente necessidade de encontrar e mobilizar as forças políticas que permitam a inversão da atual tendência onde prevalece o radicalismo. 

Eleições parlamentares estão próximas; momento oportuno para redirecionar tanto a opinião dos segmentos relevantes quanto mobilizar o essencial suporte material. A elite pensante, financeira, empresarial chega à um momento decisivo: ou começa a inversão de tendência, ou a consolidação dos dois blocos radicais será inevitável, ambos ameaçando a economia e a liberdade.  As entidade de classe que congregam o apoio empresarial, são elementos essenciais nesta missão que visa a consolidação democrática.

Não parece fora de propósito prever-se que, chegando as eleições à um impasse eleitoral, surja o golpe de Estado como solução, esta engendrada pelas hostes situacionistas que incluiriam setores militarizados e um remanejado Judiciário.   

Recomendo a paciente atenção dos leitores para este cenário que se desdobra. Uma vez lá, não há como voltar.    

1) Talleyrand sobre os Bourbons de França.


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Diretriz Partidária DN-NOVO – ATO N° 03 DE 06 MARÇO DE 2021.

O DIRETÓRIO NACIONAL do PARTIDO NOVO - NOVO, no uso das competências que lhe conferem o art. 7º, §1º, da Lei 9.504/97 e o art. 31, incisos, III, IV, XXIV, XXV e XXVI do seu Estatuto, RESOLVE estabelecer novas Diretrizes Partidárias do NOVO, sem revogar quaisquer outras anteriores, o que o faz nos seguintes termos:

• Considerando que a atuação do Partido NOVO tem por princípios da sua fundação zelar pelo cumprimento da Constituição Federal, defender os Direitos Fundamentais nela garantidos, a Democracia e as instituições a ela inerentes, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico sustentável do nosso país e o respeito à liberdade de expressão, em defesa dos princípios republicanos de respeito à coisa pública e ao bem comum, em busca da eficiência e qualidade na gestão pública (art. 2º do Estatuto do NOVO);
• Considerando o abandono pelo Governo Federal de pautas relevantes envolvendo reformas essenciais para o cidadão e para o retorno ao crescimento sustentável do país;
• Considerando a forma de comunicação ofensiva utilizada pelo Presidente da República em várias ocasiões para com as instituições democráticas estabelecidas, entre elas o Congresso Nacional, o Poder Judiciário e o Sistema Eleitoral, acabando por estimular discursos e ações radicais contra estas instituições, tanto nas redes sociais, quanto em atos públicos;
• Considerando o abandono das políticas anticorrupção, culminando com o encerramento da Lava Jato, maior operação de combate à corrupção da história da República Federativa do Brasil, por meio de ato do Procurador-Geral escolhido para o cargo pelo Presidente da República;
• Considerando a interferência direta do Presidente da República em instituições do Estado como a Polícia Federal, na escolha direta de cargos não diretamente ligados ao Presidente, contrariando seu então Ministro da Justiça, escolhido exatamente por sua atuação no combate a corrupção, e também se omitindo sobre a acusação da participação de órgão do Governo na elaboração de material para a defesa em processos de interesse e/ou envolvimento de seus familiares, totalmente estranhos às funções que devem nortear tais atribuições;
• Considerando a atuação do Ministério das Relações Exteriores voltada a questões ideológicas, e não aos mais importantes e relevantes interesses que devem nortear o bom relacionamento entres as nações e com ênfase nos interesses econômicos e comerciais do Brasil;
• Considerando as omissões e a falta de liderança do Presidente da República que, ao longo da maior crise sanitária mundial do último século, deixou de coordenar as ações, optando por menosprezar o problema, desprezando ações de efetivo controle da pandemia, divulgando medicamento não recomendado pelas autoridades sanitárias; acabando por trocar três vezes o ministro da Saúde, até escolher aquele que, por não ter conhecimento da área de saúde e sua estrutura, deixou de criar as mínimas condições para um melhor controle e combate da pandemia, por meio de estímulos e informações à população acerca da mais adequada maneira de se realizar o controle da disseminação do vírus da Covid-19; deixando de priorizar, de maneira prévia e imediata, a compra e o planejamento da distribuição de vacinas para a população brasileira, hoje notadamente em falta, impactando na elevação da quantidade de óbitos e prolongando o período de incertezas ao postergar a retomada normal das atividades econômicas.
• Considerando a percepção do uso pelo Governo Federal de falas e ações populistas e irresponsáveis, já tão combatidas pelo NOVO quando utilizadas em governos anteriores;
• Considerando a uniformidade de posicionamento do NOVO, centrado em princípios e valores, a exemplo do seu posicionamento frente aos governos do PT, em que sempre se manifestou de forma clara e objetiva, se opondo frontalmente a atos e políticas populistas e contrárias aos interesses do eleitor e do pagador de impostos;
• Considerando que as práticas populistas e patrimonialistas do governo ao longo dos últimos dois anos em nada se diferenciam das práticas antirrepublicanas dos governos do PT, às quais o Novo sempre se opôs.


Art. 1º - O Partido NOVO posiciona-se como oposição ao atual Governo Federal, orientação esta que norteará desde já tanto nossas posições institucionais quanto nossas candidaturas para 2022. Orientando-se, fundamentalmente:

I - no disposto no Estatuto Partidário;
II - nos Princípios fundantes do Partido; e
III – nos considerandos iniciais desta Diretriz.

Parágrafo Primeiro: ressalva-se que a atuação e votação dos mandatários seguirá sendo pautada de acordo e em consonância com os princípios e valores do NOVO e a favor do Brasil, não sendo seus votos, como jamais foram, definidos pela orientação do governo em relação às matérias colocadas em pauta.

Parágrafo Segundo: a bancada federal permanecerá formalmente independente na Câmara dos Deputados, não se aliando aos partidos do bloco de oposição que, assim como o governo, também não apresentam compatibilidade com os princípios e valores do NOVO. A posição institucional do NOVO, portanto, jamais será contrária aos interesses do país, mas sim às irresponsabilidades cometidas pelo governo.

Art. 2º - O Partido NOVO também reitera, e assim orienta seus filiados, contra a realização, fomento, divulgação ou repasse de quaisquer atos ou discursos que visem a desmoralização das instituições democráticas, envolvendo quaisquer dos três poderes federais, os órgãos de Estado e o processo eleitoral.

A presente Diretriz Partidária entra em vigor na data de sua publicação.












sexta-feira, 5 de março de 2021

Bolso ou a vida?



...é uma gripezinha...

Ministério da Saúde: 550 mortes

...cloroquina...

Ministério da Saúde: 1010 mortes

...vai virar jacaré...

Ministério da Saúde: 1289 mortes

...não compro vacina chinesa...

Ministério da Saúde: 1300 mortes

...seja macho... 

Ministério da Saúde: 1450 mortes

...nem mimimi nem choro-choro

Ministério da Saúde: 1560 mortes 

...máscara é pra maricas...

Ministério da Saúde: 1699 mortes




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