segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Um Novo Brasil


Os Séculos passam e as sociedades se acomodam aos valores vigentes. Rarmente vê-se alteraçãos significativas na sua estrutura cultural, estabilidade esta decorrente da prevalência étnica que se verifica dentre a maioria das nações mundo afora.

Mas, não é o caso do Brasil. Desviando-se da experiência que parece dominar o planeta, tem-se no Brasil uma experiência única dentre as nações relevantes pela sua presença no quadro internacional. Constata-se que sua configuração racial, dominante e majoritária de origem europeia vê-se, após cinco Séculos, superada, abrindo espaço para uma nova maioria, esta de origem africana.  

No Brasil, com sua histórica e sábia tolerância racial herdada dos colonizadores portugueses, permitiu tamanha mudança sem que surgisse os conflitos e resistências que, em outros continentes e países, geraram reações impiedosas, mortes e rios  de sangue. Não, aqui nesta terra generosa, coube a  adaptação e a miscigenação.

Esta terá por base, sobretudo, a política, pois será ela que regerá o processo de conciliação interna, atenuando as tensões crescentes que acompanham toda mudança de Poder. A Demografia ascende um sinal de alerta, demandando a priorização da Educação dos mais modestos aos mais exaltados centros de instrução. 

Quanto mais conhecimento for oferecido às classes ascendentes tanto mais suave será a inevitável rearrumação da sociedade, tanto cultural quanto políticamente. Tal projeto torna-se prioritário, tática e estratégicamente, para a Nação.  

Também, o discurso político deve abster-se de extremado protecionismo dos privilégios consolidados e enquistados  pelo  status-quo-anti quando em busca de um novo status-mutandi. O ponto fulcral será o Legislativo, onde a mutação genética do quadro eleitoral terá reflexo na composição do Parlamento e demais Poderes,  a partir do qual ter-se-á a construção de um novo equlíbrio social gerando os direitos e deveres deste novo Brasil. 

Tal tendência parece inexorável, e qualquer tentativa para alterá-la terá por consequência a fragilização do Estado de Direito com suas perigosas consequências políticas e sociais.     

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Terá a 3a Guerra Mundial Começado?

 


Incursão Ucranina em territótio Russo
(acima da fronteira )


O observador atento ao conflito Ucrânia vs. Rússia teria boas razões para ficar preocupado, muito preocupado. A cartilha que descreve o início de uma conflagração mundial se reflete no atual quadro bélico entre Kiev e Moscou.

Incapaz de atingir seus objetivos, ou seja a derrota do exército ucrâniano, a Russia ora vê seu próprio território invadido apoderanso-se o inimigo na famosa¹ região de Kursk sem que tenha podido vencer seu inimigo. Esta brilhante e surpreendente manobra de Zelenski e seus generais estabelecendo a presença do exército ucraniano em solo russo  deixa Moscou política e militarmente vulnerável no seu âmago. Exige, assim, pronta contra-ofensiva, pois o tempo agrava o mal estar nacional.

Porém, para tal, serão exigidas novas Divisões de seu exército, muitas ja empenhadas na região do Donbass e Criméia. Assim, as reservas existente podem não ser suficiente, levando Moscou à intensificar sua política de recrutamento, agravando, ainda mais, o mal estar politico já existente. 

A gravidade que ora enfrenta Moscou, tendo o inimigo dominando parcela da "Mãe Russia", traz consigo forte conteúdo estratégico, político e emotivo exigindo a expulsão inimiga de seu território. 

Para tal, o exército russo terá que lidar, com um adversário fortalecido com recursos e armamento de última geração providos pelos Estados Unidos e parte da Europa Ocidental. Tal situação de perigo. senão de fragilidade,  possivelmente leve Putin ao uso de armas táticas nucleares. 

Neste scenário de extremo risco e face à potencial plena nuclearização do conflito,  não seria impensável ver-se o comando militar russo, em forte desacordo com o presidente Putin, optando, assim, por sua destituição e o início de negociações com os Estados Unidos para resolução do conflito.    

A ver...

1) Foi nesta região que Stalin derrotou a "ponta de lança" da invasão Nazista na Russia, iniciando sua progressão até a queda de Hitler em 1945.

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Prebendas e Emendas


                                            

A imaginação daqueles que comandam a distribuição de dinheiros em troca de benefício político, não parece ter limites. Este projeto, o do Orçamento Secreto,  criado pelo Legislativo, onde o contribuite dos sofridos impostos nada saberiam sobre os destinos de sua contribuição ao erário, encontrou entusiasta aprovação. 

Contudo, tentativas pelo Legislativo nesta direção surpreenderam-se ao encontrar justa e necessária  oposição pelo Judiciário, tanto à tése quanto à prática. 

                                           


 
Não se dando por achados, os ilustres Representantes do Povo reagiram e recuperaram seu inalienável direito de distribuir benesses em troca de benefícios políticos sem que tenha à prestar contas ao eleitorado. Perdida uma artimanha, cria-se outra... 

Com agilidade e velocidade substituiram a prática recém vedada pelo Supremo Tribunal por novo artificio: a Emenda Pix. Mantem-se, assim, a opacidade do destino final da moeda liberada e quais suas contrapartidas. Ora, a insistência por tal penumbra, em vez da necessária clareza solar,  sugere  um mercado clandestino de favores duvidosos.Novamente, a Corte Suprema decide intervir tendo por exigência a transparência dos atos públicos bem como o destino dos recursos aplicados.

Esta surpreendente sequência de atos repreensíveis pela liderança e parte relevante do  Legislativo prejudica a higidez republicana bem como a  imagem da Nação.

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

"1984" ou o conflito Ocidente-Oriente




A ficção, por vezes, supera a realidade, ao dar-lhe nova vida dantes inesperada...(¹)

As notícias que nos chegam das Americas revelam uma degradação na qualidade dos governantes das principais  nações que as compõem.

Na costa Leste da America do Sul, temos a mediocridade dos dois comandantes das forças políticas brasileiras. Lula, ainda que inteligente, tem seus horizontes encurtados por uma cultura incompleta. Simplifica sua política ao atendimento (necessário) das classes desfavorecidas, porém relegando o impulso à iniciativa privada atravèz de beneficios artificiais às empresas estatais. Desta forma reduz a eficiência da economia brasileira a troco de benefício político.

Já, Bolsonaro exibe uma penúria intelectual, incapaz de dar-lhe o impulso político que busca. Sua escolha de colaboradores não produziu os efeitos desejados graças à instabilidade de seus objetivos táticos e estratégicos, estes subordinados à contínos ajustes políticos.

Já, sua vizinha, a Argentina, parece estar ela sob o comando de um precário líder, cuja única qualidade parece ser a oposição que faz ao Peronismo dominante, sem contudo oferecer alternativa políticamente viável. Vítima de excitação febril, pretende corrigir o câncer político que há décadas domina "nuestros hermanos" com medidas draconianas e de prazo imediato, menosprezando as consequências de uma súbita mudança sobre um povo infectado por décadas de benefíios artificiais responsáveis pelos mediocres resultados de sua economia.  

Ao norte sul americano, a Venezuela se exaure sob o comando do caricato Maduro, aplicado aluno de Chávez, ambos com o demérito de desmontar a sua penosamente construida democracia. Como senão bastasse, desorgnizou-se sua outrora notável produção de petróleo, fonte do seu desenvolvimento passado. 

A costa Oeste sul-americana revela comportamento inverso, onde a boa administração parece manter-se. Destacam-se a Colombia, ora livre de suas endêmicas guerrilhas, o Chile, tendo já exorcisado líderes de mau agouro e o Perú, tranquilo em sua placidez.

Ao norte, nos Estados Unidos, tem-se um Donald (não confundir com o admirável Pato) prestes a assumir o comando da mais poderosa das nações, sem que tenha, aparentemente, as qualidades para manter as décadas de sua liderança sobre a segurança do Ocidente. Palocontrário, revela Trump sua prefer|ência pelo isolacionismo, distanciando-se das responsabilidades globais dos USA.

Já, a União Europeia, apesar da "demise" da Grã Bretanha, transformada de império de poder inigualável em pequena monarquia desamparada, mantêm ela uma boa trajetória política e econômica. De volta ao continente Europeu, vê-se ele dividido em duas partes, onde o grupo Ocidental se difere da sua banda Oriental, sendo a primeira coesa em torno de governos respeitáveis reforçados pela longa aliança com os Estados Unidos enquanto a segunda parte, a Oriental, se dispersa conforme as diferentes prioridades regionais de cada nação que a compõe.  

Do ponto de vista bélico, vê-se o continente enfraquecido pela multiplicidade de políticas nacionais e prioridades estratégicas. Ainda, um multi-nacional comando militar, sugere ineficiência em caso de conflito.

Em contraposição a este cenário Ocidental, tem-se, no Oriente² a aliança Russo-Chinesa, Confronta-se, sobretudo, com a estratégia afirmativa seguida pelos Estados Unidos. obedecendo o comportamento histórico onde o Poder preponderante não admite pacificamente a ascenção de  Poder emergente. Assim,  já se obseva crescente animosidade entre os dois  Polos da Poder,  nas respectivam iniciativas diplomáticas e econômicas, quando não militares.

Ainda, ao Leste extremo, com a fustigação norte-americana  dos interesses chineses ao exacerbar o contencioso de Taiwan, constroi-se um potencial casus belli em momento que o poder chinês ainda não se aproxima ao do norte-americano. Lembra a outrora crise USA-Cuba, resultando em potencial conflito USA-Russia, levando de roldão seus respectivos aliados.

Este aumento de temperatura bélica ocorre em momento onde  as potências Asiáticas, longe de serem potências passivas, ainda não parecem ter atingido o poder necessário para uma possível  confrontação, Parece haver, ainda, tempo para retrocesso e negociação. 



1) O conflito entre Ocidente e Oriente. Ver "1984" por George Orwell

2) Aqui considera-se a Russia como pais asiático por estar 3/4 de seu território situado na Ásia