segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Insólito

Ha poucos dias dois presidentes defenderam, no memo país e na mesma semana, através da midia televisada,  politicas  externas totalmente  opostas para os Estados Unidos. Como dois presidentes? Bem, um era o presidente americano, e o outro era presidente de Israel. Obama afirmando que a diplomacia é o melhor meio para tratar com o Iran, enquanto Bibi Natanyahu declarava aos anfitriões americanos, sentados em sua casa diante da televisão, que melhor mesmo é partir para a agressão.

Não creio que tenha havido precedente de presidente extrangeiro contestar o anfitrião, que não fosse no sigilo dos bastidores.

Algo está mudando...

sábado, 8 de setembro de 2012

As Convenções Norte Americanas

Recém escutamos os discursos dos dois candidatos Norte Americanos. O primeiro, de Mitt Romney, na Convenção Republicana, onde, de forma monocórdia e distante elencou a posição de seu partido, recorrendo à sequencia  da lógica Republicana, sem surpresas e sem arroubos, acentuando o fracasso de seu adversário. Já o candidato Barack Obama, buscou nas emoções do idealismo e da solidariedade cidadã o apoio que necessita para prolongar sua política econômica na esperança, ainda que fugaz, de reverter as modestas taxas de crescimento da economia.

Um branco e um negro disputam, pelas armas da retórica, a atenção e a preferência do eleitorado. O primeiro destituido de empatia e calor  porém lastreado  nos frios dados que fragilizam o governo Obama. Atinge ele a natural e egocêntrica objetividade do eleitor maduro, branco, partícipe ou aliado do modelo WASP. O segundo busca, na eloquência e na emoção, submergir os tímidos fatos que lastreiam sua política econômica, substituido-os pela esperança da redenção econômica, da sociedade mais solidária. Vê nos negros, nos latinos e nos jovens de todas as raças seus aliados na construção de uma sociedade humanizada, acentuando uma distribuição mais equitativa da imensa riqueza que a America sabe, e ja soube gerar.

Neste embate observamos, talvez, os primeiros passos de uma nação que reflete uma crescente alteração na sua  composição demográfica, revelando os desafios iniciais desta nova adolescência, preparando-se para quando as minorias tornarem-se igualitárias, e, eventualmente, majoritárias.